domingo, 19 de outubro de 2008

MEMÓRIA 80/90 - Nº 13

Olá. Chegou o momento de relembrarmos os anos 80 e 90. É a hora de voltarmos no tempo e eu o convido para esta viagem que o Mundo Rocha pode proporcionar a você. Domingo é o dia de descansar e recuperar as energias para a semana que começa. Tem aquelas pessoas que preferem dar um passeio, outras dormirem e tem aquelas que se esbaldam na frente da TV com a programação que, para muitos, já está mais que batida. Claro que os programas de domingo deixam a desejar, mas relembro hoje algumas aberturas antigas de programas tradicionais desse dia da semana. Alguns ainda existem, outros não.

Vamos ao primeiro:


Esse cara está há mais de 1.000 domingos invadindo as casas dos brasileiros com seu programa de auditório. Dono de um jeito único de apresentar, o programa Domingão do Faustão já passou por muitos altos e baixos. Há quem o deteste, mas certamente há quem o adore. Afinal, são quase 20 anos de programa no ar. A abertura acima foi a primeira que o programa teve, cuja estréia se deu em março de 1989.

Continuando o domingo:


Há mais de 30 anos, o Fantástico é o programa jornalístico que resume as notícias da semana.Para muitos, após o "boa noite" de despedida dos apresentadores, é o sinal de que o domingo acabou pra valer e que já é hora de se recolher para encarar a segunda-feira no dia seguinte. Realmente dá aquela sensação de que o fim de semana acabou de vez. Essa abertura marcou os domingos de muitos brasileiros.



Hoje o Fantástico tem essa impressão de fim de domingo; mas por muito tempo durante os anos 90, quem encerrava a noite era mesmo o programa Topa Tudo Por Dinheiro do Sílvio Santos. E quem mais tem cara de Domingo, além do Sílvio Santos? Hoje ele tenta imitar o programa em alguns quadros de sua programação de domingo.

O meu domingo também acabou e desejo a você uma ótima semana.

Abraços.

sábado, 11 de outubro de 2008

Que país é este?



Olá amigo(a) leitor(a). Há três semanas, a seguinte manchete ilustrou a capa de um jornal dos EUA: “Presidente Evo Morales, do Brasil, tenta conter violência". Sabemos que não é de hoje que os americanos e demais países do primeiro mundo desconhecem ou conhecem muito pouco dessa nação chamada Brasil.

Brasil, um extenso território onde não há ruas, somente florestas onde as pessoas andam semi-nuas, as mulheres se prostituem, a violência é incontrolável (se bem que...), há macacos e cobras dividindo o mesmo espaço das pessoas... Sem contar que a Amazônia não faz parte desse território. Um episódio dos Simpsons ilustrou muito bem esse ponto de vista.

Acontece que quando a mídia expõe demais um fato, este acaba se tornando característica. Se lá fora as pessoas acham que só andamos pelados, tem um carnaval aí para evidenciar isso. Vale lembrar um fato ocorrido no Rock in Rio III, em 2001, quando a polícia prendeu o baixista da banda Queens of the Stone Age após ele subir ao palco completamente nu. Após ser detido, o músico argumentou: “"Todo mundo aparece nu na televisão aqui na época do carnaval; achei que não tinha problema."

Tudo bem, assim como os americanos não sabem bulhufas do que é o Brasil e tem impressões erradas ou precipitadas de nós, certamente temos impressões erradas deles também ou sabemos muito pouco.

Mas o que eu vim falar aqui não foi dessa impressão errada e pouco conhecimento no que diz respeito à Brasil por parte dos estrangeiros, mas sim do que NÓS pouco conhecemos do país em que vivemos.

Sabemos muito bem que a enorme extensão territorial de um país como o Brasil resulta em diferentes culturas. É como se fossem vários outros países dentro do Brasil. Isso acontece em virtude das diferentes colonizações que tivemos durante esses mais de 500anos. Existe isso dentro de um único Estado, imagine dentro de mais de 8 bilhões de Km².

O fato é que muitos de nós desconhecemos ou pouco nos importamos em saber informações de outros lugares do Brasil. Observei que o Sul e o Sudeste brasileiro, assim como boa parte do Nordeste, têm uma visão totalmente diferente do Norte do país. Este, por sua, vez resume Sul e Sudeste apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, talvez por causa do futebol. E Brasília, a capital federal? Onde fica no meio disso tudo. Talvez fique no meio disso tudo...

Fui testemunha de um grande choque cultural ao sair do Amazonas para morar no Paraná. Cultura totalmente diferente, hábitos rotineiros que aos poucos fui tomando parte para o meu cotidiano. Já tinha sofrido um choque parecido quando fui ao Rio Grande do Sul. Sair de um extremo ao outro do país é uma experiência fascinante. Por mais que no norte do país existam cidades que são verdadeiras selvas de pedra como Manaus e Belém, a visão que as outras partes do país têm de lá são somente florestas e índios. E mais: deparei-me com uma situação nova para mim. Já ouvi diversas vezes comentários se referindo à Manaus como uma cidade do Nordeste.

No começo até pensava que se tratava de uma brincadeira, fruto da enorme migração de nordestinos para o Norte do país, mas depois percebi que era mesmo verdade: tem gente que não sabe onde fica o Amazonas; qual é a capital de Rondônia; acham que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são a mesma coisa e por aí vai. O meu maior desejo é conhecer um pouquinho de cada Estado brasileiro, nem que se resuma apenas na capital. Admiro a diversidade cultural, os traços físicos e os sotaques que cada povo possui. Além é claro de me orgulhar em dizer com exatidão onde fica determinado lugar. É o mínimo para não cometer gafes por aí.

Por isso, volto à manchete que introduziu o texto de hoje. Quem somos nós para criticar os americanos que não sabem qual é a nossa capital ou o nome do nosso presidente se mal conhecemos o nosso próprio país? Deixo aqui a minha dica. Conheça mais um pouco o Brasil, nem que seja por fotografias e textos em livros, revistas ou sites da internet. Garanto a você que será uma excelente viagem.

Um forte abraço e até a próxima.