segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MEMÓRIA 80/90 - Nº 17

Olá a todos. Chega o momento de relembrarmos mais alguns clássicos que marcaram a infância de muita gente. O primeiro é este, que estava há tempos na fila:



Quem já não se desesperou e torceu para que a criança escolhesse a porta certa? A porta que teria dezenas de brinquedos e que você sonhava em ter também. Quando não, alguém vestido de macaco para assustar. Assim era a "Porta dos Desesperados", um dos quadros do programa infantil apresentado pelo elétrico Sérgio Malandro. Um quadro que divertia e animava não somente os participantes, mas a molecada que assistia em casa. Se fosse nos tempos de hoje, certamente iriam tirar o programa do ar por alegarem que o quadro provoca nervosismo, ansiedade e taquicardia nas crianças. Sinceramente, hoje andam com muita frescura.

Esta aqui poucos lembram:



Mas eu lembro muito bem. KIKO - com "k" mesmo - foi um programa exibido na Tv Bandeirantes em 1991. Sim, era o mesmo personagem da Turma do Chaves mas em sua, digamos, carreira solo. A TV Bandeirantes exibiu três séries: uma em que ele morava em um prédio, outra em que ele era um humilde vendedor de Jornais e por fim a que ele era um funcionário de um hotel. Esta aparentava um Kiko mais adulto. As três séries foram exibidas uma após a outra. Eu particularmente gostei mais da primeira, pois era a que se aproximava mais do personagem da turma do Chaves. Inclusive o vídeo que ilustra este texto é da de um episódio completo desta série. Assisti à todas elas e achava bastante engraçado. Na época eu tinha meus oito, nove anos.

Duas cenas marcantes (a da primeira série) foi quando ele permitiu que ladrões limpassem o apartamento dele achando que os delinquentes fossem pessoas boas. Quando seus pais voltavam (sim, ele morava com os pais) quase tiveram um treco. A outra cena era quando ele estava na cozinha seguindo uma receita e os ingredientes estavam todos na geladeira. A receita sugeria que ele mexesse todos os ítens. Foi quando ele teve a "brilhante" ideia de sacudir a geladeira. Por questões de direitos autorais entre Televisa e SBT, a Bandeirantes não pôde mais transmitir a série. Nunca teve reprise. Quem pôde ver, teve sorte. Ah, só lembrando que a carreira solo do personagem fazia parte de um conjunto de séries de muito sucesso no México chamada "Ah! Que Kiko".

É isso aí. Bons tempos que não voltam mais. Até a próxima.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ESSA TAL LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Antes e dar início ao texto de hoje, transcrevo aqui o que diz a nossa Constituição a respeito da Liberdade de Expressão:

(...) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença
Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.


Tudo muito bonito, empolgante, mas nada disso funciona. Desde as “Diretas Já” que ouvimos pessoas se queixarem de que não têm a liberdade de direito para se expressarem. Hoje, com a explosão dos blogs e ferramentas como twitter, controlar isso tem se tornado uma tarefa mais difícil. Não impossível, aliás, caso sintam-se ofendidos com a verdade, basta entrar com a tal ação judicial e retirar do ar. Entra novamente o bloqueio na liberdade de expressão.

Nossa liberdade é bloqueada em todos os lugares. Na família, na escola, na igreja, no trabalho, na intimidade. Por favor, não confundam liberdade de expressão com falta de respeito. Acredito que cada um deve preservar os limites dos outros. Dar créditos ao próximo para que este exponha suas opiniões. O que não pode existir é o impedimento da divulgação de ideias.
A exposição de conceitos, analogias e diferentes pontos de vista enriquece o conhecimento e nos proporciona diferentes ângulos de compreensão. Estar fadado a exclusivamente um único raciocínio nos remete à cegueira e à manipulação dos "donos da verdade". É assim quando denunciamos um político corrupto e este responde com ameaças, quandos nos tiram o direito de ir e vir. Quando se criam leis que, ao invés de fortalecer a liberdade, impede-nos de agir ou de exercer um ofício ou uma atividade.


Vale lembrar da lei paranaense (no Governo Requião) que proibia a utilização de palavras estrangeiras na Publicidade no estado e que graças ao bom senso da justiça, considerou a tal lei inconstitucional. Mas o que vemos de inconstitucionalidade por aí, não está no gibi. Ainda falta muito para o país perder o conceito ditador sobre os ideais dos cidadãos. E pode ser que antes que acabe essa ditadura, a mesma volte exilando brasileiros formadores de opinião e, com o perdão da palavra, baixando o cacete no direito de se expressar.
Estamos no Século XXI.

Que possamos nos modernizar cada vez mais. Não adianta bater o pé no chão. A globalização chegou. Deixem-nos expressar e exercer nossas atividades.