domingo, 28 de setembro de 2008

POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 08

É com enorme prazer que tiro a poeira do baú e resgato hoje inesquecíveis comerciais da Propaganda brasileira. Inesquecíveis porque até hoje eles estão presentes no dia-a-dia das pessoas. Os slogans e os bordôes se tornaram tão populares que muitos falam involuntariamente sem ao menos saber que um dia pertenceu a um comercial. Ponto para a marca anunciada.

Eis o primeiro:


"Não é assim uma Brastemp". Após a campanha, isso passou a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas. Em tudo o que não era considerado perfeito, mandavam logo essa memorável frase. "Troquei meu carro por outro mais novo. Não é assim uma Brastemp, mas dá pra andar com ele". O interessante dessa frase é a propaganda involuntária do produto, que acaba sendo uma sacada que eu acho incrível na comunicação publicitária.



Quem nunca ouviu a frase "Bonita Camisa Fernandinho" de alguém se referindo à sua roupa nova, um dia vai ouvir. Pode ser camisa, calça, boné, jaqueta e dependendo da intimidade, até roupas de baixo. Eu disse roupas de baixo? Nossa! Isso foi tão, tão Século XIX...

E para encerrar, um clássico que cedo ou tarde entraria aqui no Poeira Publicitária:

"O primeiro a gente nunca esquece". Beijo, amor, emprego, carro, enfim... Criado por Washington Olivetto, este comercial e seu bordão cairam na boca do povo em todo o país. Apesar de ser voltado para o público feminino, o comercial conquistou a simpatia e o carinho de milhares de telespectadores que se envolveram com a ingenuidade da menina. A peça conquistou diversos prêmios e recentemente o publicitário criador da campanha lançou um livro - cujo título é o bordão - para contar os bastidores do comercial e toda sua repercussão até os dias atuais.

Posso citar outros grandes exemplos, mas prefiro não me alongar. É bom relembrar com você a memória da Propaganda brasileira.

Um abraço e até a próxima postagem.

domingo, 21 de setembro de 2008

E a sua saúde, como vai?



Olá amigo(a), visitante deste blog. Recentemente, fui ao posto de saúde tomar a vacina contra a Rubéola e, com isso, ajudar a diminuir o número de faltosos da campanha de vacinação. Confesso que o ambiente médico/hospitalar não me agrada. O cheiro, a sensação estranha de mau-estar, da insalubridade como um todo. Talvez seja por isso que muitos evitam esse tipo de lugar. Não me refiro somente a hospitais e postos de saúde. Uma simples clínica é capaz de se tornar aversão para muita gente. E é justamente disso que falo hoje aqui no blog.

Não gosto de assistir às reportagens sobre medicina. Sou possuído por uma espécie de tique nervoso que começa nos dedos dos pés (parecem que eles enrolam pra baixo), e vai subindo até parecer que estou ficando inteiro do avesso. É uma sensação horrível. Também sinto isso quando falam sobre doença perto de mim. Principalmente as malignas. Certamente é uma área da qual eu nunca me atreveria a estudar. Mas por que estou falando disso?

Observo o quanto o ser humano é desleixado com a sua saúde. Não sou hipócrita e por isso digo que me enquadro nessa observação. Outro dia tiraram sarro de mim simplesmente porque disse que uma vez por ano faço exames de rotina para ver se está tudo em ordem comigo. O famoso check-up (vulgo checape). Justificaram a tirada de sarro explicando os problemas do serviço de saúde brasileiro, sendo que este não é capaz de atender toda vez que alguém quisesse fazer um exame de rotina. Tudo blá-blá que entrou por um ouvido e saiu por outro.

O ser humano se preocupa mais com a “saúde” do automóvel do que a dele próprio. Se o carro começou a ratear, este é levado na hora para a oficina. Um simples sinal de diferença no barulho do motor é sinal de preocupação. Gasta-se 200, 300, 500 reais ou mais em cada ida na oficina toda vez que o carro apresenta um comportamento diferente. Por outro lado, o indivíduo acha um absurdo pagar 40 reais em uma consulta médica para saber como anda o funcionamento do seu corpo.

E não é só o automóvel não. Tomamos as mais rígidas precauções de segurança com nossos computadores. Instalamos neles anti-virus, anti-spyware, anti-adware, anti-o-escambau e por aí vai. Só nos falta colocar camisinha no cabo de rede. Tudo para não infectar nossos computadores com esses arquivos maliciosos. O problema é que determinado anti-vírus não consegue barrar a entrada de todos esses arquivos. Uns barram, outros não. Enfim, ficamos um bom tempo dedicados a uma limpeza de disco, uma instalação de programas que eliminam esses intrusos e, quando não tem mais jeito, a solução é formatar.

Mas e você? Se não tiver mais jeito vão te formatar? Até tem algo parecido: uma cirurgia de emergência. Mas digamos que isso seja a desfragmentação de disco de um computador. Com você não tem jeito. Um simples mal-estar poder ter graves consequências. Se seu carro ou o seu computador parar não será o mesmo que o seu corpo parar. Aí não tem oficina e não tem formatação que dê jeito. Se você toma as devidas precauções com seu automóvel antes de viajar, fazendo revisão geral porque se esquecer então do corpo? Qual a vantagem de no meio da viagem o seu carro continuar funcionando e você parar?

Mais uma vez reforço: eu me enquadro nesse desagradável time que não se importa com a saúde, pois confesso que não sou digno de dar exemplo aqui no blog. Apenas tive vontade de me expressar sobre o quanto damos importância para a “saúde” de coisas materiais e não damos a mínima para a nossa. Tudo bem, tudo faz mal. Tudo mesmo, pois determinado alimento causa isso, mas previne aquilo. Vai saber o que é bom de verdade. A própria medicina se contradiz várias vezes e não sabemos para onde ir. Aí junta tudo com o ambiente desagradável de hospital que faz com que as pessoas evitem. "Não estou doente, por que devo procurar um médico?". Espero que não procuremos por um tarde demais.

Um forte abraço e principalmente muita SAÚDE para você, leitor(a).

Até a próxima postagem.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MEMÓRIA 80/90 - Nº 12

Olá. Convido você a viajarmos no tempo e desfrutarmos juntos dos bons momentos que embalaram a nossa infância e adolescência. Falo hoje de programas humorísticos. Sim, os humorísticos de verdade. Para matarmos a saudade, não irei mostrar quadros dos programas, mas sim as inesquecíveis aberturas de alguns deles. Chegou a hora de voltarmos ao passado.




Quem não se lembra desse quarteto? Esta foi uma das aberturas do programa "Os Trapalhões". Inesquecível por sinal. Apesar de todos os problemas internos que os trapalhões passaram como brigas e desentendimentos, eles fizeram sua história na TV, no cinema, no circo. Chega a ser uma maldade não reprisar os programas antigos e forçarem a barra com programas humorísticos sem a menor graça. Ainda bem que existe o Youtube. Tá cheio de quadros do programa lá.



Se teve um humorista que eu lamentei muito a sua morte, este foi Ronald Golias. Isso porque não houve um preparo emocional para a sua partida. (Como se a morte avisasse). Admiro a arte do improviso e, fazer humor dessa forma, ele sabia muito bem. A Escolinha do Golias foi ao ar de 1990 a 1997 tendo três temporadas e voltaram a reprisá-la em 2007.



Um abraço.

domingo, 7 de setembro de 2008

UM DIA A LEITURA CHEGA LÁ

Olá amigo que visita este blog. Como vai? Sabia que você é um privilegiado que se destaca no meio de muitos? Isso mesmo. Se você entrou nesta página é porque certamente faz parte de um pequeno e ilustre percentual dos brasileiros que possuem o hábito da leitura.



Na última grande pesquisa que revelou o hábito da leitura no país, mostrou que o brasileiro lê em média 1,8 livro por ano. Chega a ser um número relativamente muito baixo comparando-se com a França (média de 7) e a nossa vizinha Colômbia (média de 2,4). São diversos os fatores que possibilitam isso como por exemplo: poucas bibliotecas espalhadas no país, baixa renda da população e também o analfabetismo que, apesar de estar dimunuindo, ainda é um grande responsável por essa média tão baixa de leitura.

Porém, quando eu analiso o hábito da leitura das pessoas, não levo em consideração apenas a leitura dos livros. Não parei ainda para analisar qual é a minha média de leitura por ano. Mas, se eu levar em consideração outros impressos, posso ajudar a engordar mais esse percentual no que diz respeito à leitura no Brasil. Falo isso porque certamente há pessoas que se parecem comigo no seguinte aspecto: lê até placa de automóveis. Sou do tipo de pessoa que não pode ver um monte de letra junto que já pára para ler. Não me peça para pintar o rodapé de uma parede, porque certamente levarei o dobro do tempo por estar lendo os jornais que forram o chão para não sujá-lo de tinta.

O hábito de ler, ao meu ver, encontra-se presente e em atuação nas mais diversas plataformas da leitura além dos livros. Refiro-me às revistas (de todos os gêneros), jornais, placas, manuais, cartas, anúncios... Enfim, onde tiver palavra escrita. Isso porque há pessoas que não têm o hábito de ler nem sob essas condições. E o que é pior, muitos jovens fazem parte desse time. Jovens que tem preguiça até de ler tópicos de comunidades do Orkut das quais eles participam.



Nunca é demais dizer que o hábito da leitura desenvolve o indivíduo de diversas formas. Ler desenvolve também uma escrita e um vocabulário enriquecido. Certamente o cidadão que escreveu a placa acima, não lê e não escreve nem lista de compras. Mas ele faz parte da lista dos não-analfabetos. Por mais que o nosso tempo seja escasso, há sempre um horário em que uma boa leitura é bem-vinda. A propósito, costumo dizer que tiro o chapéu para um poeta inglês chamado John Harington. Isso porque ele inventou o que eu considero a melhor sala de leitura do mundo: o vaso sanitário. Isso me faz lembrar de um redator publicitário que certa vez disse que a companhia perfeita dele na hora de ir ao banheiro fazer o nº 02 é o dicionário. Ele entra em apuros e sai com o vocabulário mais rico. O negócio é esse. Ler onde for, nem que sejam algumas míseras páginas por dia. Isso faz uma diferença enorme.

Agora ler o quê? O que você quiser. Apenas leia. Não sou muito fã de livros de ficção, apesar de admirar alguns. Prefiro os didáticos. Mas não abra mão de uma leitura mais leve também como gibis, por exemplo. Estes, por sinal, devo muito a eles, pois foi por meio das obras de Maurício de Sousa que tive meu primeiro contato com a leitura. Até hoje eu os leio. As crianças devem ser apresentadas aos livros ainda cedo, pois elas serão os adultos formadores de opinião (ou não) de amanhã.

Mas será que é de interesse de um governo, uma população formadora de opinião? Prefiro não acreditar na impossibilidade de haver esse interesse.

Parabéns por ter chegado até este último parágrafo mesmo que este texto não acrescente em nada na sua vida. Contudo, fico satisfeito pelo interesse em ler estas modestas linhas e agradeço pela atenção. Até a próxima postagem.