domingo, 7 de setembro de 2008

UM DIA A LEITURA CHEGA LÁ

Olá amigo que visita este blog. Como vai? Sabia que você é um privilegiado que se destaca no meio de muitos? Isso mesmo. Se você entrou nesta página é porque certamente faz parte de um pequeno e ilustre percentual dos brasileiros que possuem o hábito da leitura.



Na última grande pesquisa que revelou o hábito da leitura no país, mostrou que o brasileiro lê em média 1,8 livro por ano. Chega a ser um número relativamente muito baixo comparando-se com a França (média de 7) e a nossa vizinha Colômbia (média de 2,4). São diversos os fatores que possibilitam isso como por exemplo: poucas bibliotecas espalhadas no país, baixa renda da população e também o analfabetismo que, apesar de estar dimunuindo, ainda é um grande responsável por essa média tão baixa de leitura.

Porém, quando eu analiso o hábito da leitura das pessoas, não levo em consideração apenas a leitura dos livros. Não parei ainda para analisar qual é a minha média de leitura por ano. Mas, se eu levar em consideração outros impressos, posso ajudar a engordar mais esse percentual no que diz respeito à leitura no Brasil. Falo isso porque certamente há pessoas que se parecem comigo no seguinte aspecto: lê até placa de automóveis. Sou do tipo de pessoa que não pode ver um monte de letra junto que já pára para ler. Não me peça para pintar o rodapé de uma parede, porque certamente levarei o dobro do tempo por estar lendo os jornais que forram o chão para não sujá-lo de tinta.

O hábito de ler, ao meu ver, encontra-se presente e em atuação nas mais diversas plataformas da leitura além dos livros. Refiro-me às revistas (de todos os gêneros), jornais, placas, manuais, cartas, anúncios... Enfim, onde tiver palavra escrita. Isso porque há pessoas que não têm o hábito de ler nem sob essas condições. E o que é pior, muitos jovens fazem parte desse time. Jovens que tem preguiça até de ler tópicos de comunidades do Orkut das quais eles participam.



Nunca é demais dizer que o hábito da leitura desenvolve o indivíduo de diversas formas. Ler desenvolve também uma escrita e um vocabulário enriquecido. Certamente o cidadão que escreveu a placa acima, não lê e não escreve nem lista de compras. Mas ele faz parte da lista dos não-analfabetos. Por mais que o nosso tempo seja escasso, há sempre um horário em que uma boa leitura é bem-vinda. A propósito, costumo dizer que tiro o chapéu para um poeta inglês chamado John Harington. Isso porque ele inventou o que eu considero a melhor sala de leitura do mundo: o vaso sanitário. Isso me faz lembrar de um redator publicitário que certa vez disse que a companhia perfeita dele na hora de ir ao banheiro fazer o nº 02 é o dicionário. Ele entra em apuros e sai com o vocabulário mais rico. O negócio é esse. Ler onde for, nem que sejam algumas míseras páginas por dia. Isso faz uma diferença enorme.

Agora ler o quê? O que você quiser. Apenas leia. Não sou muito fã de livros de ficção, apesar de admirar alguns. Prefiro os didáticos. Mas não abra mão de uma leitura mais leve também como gibis, por exemplo. Estes, por sinal, devo muito a eles, pois foi por meio das obras de Maurício de Sousa que tive meu primeiro contato com a leitura. Até hoje eu os leio. As crianças devem ser apresentadas aos livros ainda cedo, pois elas serão os adultos formadores de opinião (ou não) de amanhã.

Mas será que é de interesse de um governo, uma população formadora de opinião? Prefiro não acreditar na impossibilidade de haver esse interesse.

Parabéns por ter chegado até este último parágrafo mesmo que este texto não acrescente em nada na sua vida. Contudo, fico satisfeito pelo interesse em ler estas modestas linhas e agradeço pela atenção. Até a próxima postagem.

2 comentários:

Seile Manuele Corrêa disse...

Admito que adorei a postagem desta semana. E preciso concordar que, neste anos, enquanto você engorda as estatísticas, eu as emagreço...
Mas só uma pessoa que tem ou já teve o hábito da leitura sabe o quanto ela faz falta e, embora não tenha lido muitos livros em 2008, fica lá dentro, aquele espaço vago, como que "faltando umas letrinhas" para complementar o dia.
Infelizmente, a realidade da maioria das pessoas em nosso país não é essa. E precisamos admitir, horrorosamente, que o dono da plaqunha é considerado "Alfabetizado" em nossas estatísticas...
Mas questiono-me, muitas vezes, quanto o que leva alguém a não gostar da leitura, e minhas dúvidas me levam até à turma de 7° série onde fui apresentada aos livros de autores como "Machado de Assis" e por aí vai. Não desmerecendo obras que, por sinal, são marcas da história de nosso país, porém, cansativas demais para um pré adolescente que deveria ser incentivado a ler livros que, verdadeiramente, prendessem a sua atenção.
Talvez, faltou a possibilidade de decisão de escolha, respeitando o gosto de cada um...
Com isso perde-se, para muitos, o gosto que já não existia e a expectativa que nem sequer chegou a ser ofertada...
Aos que superam, a rotina de ler até jornais que forram pisos... hehehe... aos mais fracos, perdoar,fazer o quê... Herrar é Umano!!!

Crica Fonseca disse...

Olá,
Tudo bem?
Entrei no seu blog porque estava olhando algumas comunidades no orkut.
O tema que vc levanta neste post é fundamental. E está muito bem argumentado! A educação e o gosto pela leitura são de berço... Muitas vezes os pais não sabem ou não dão valor a isso. A criança antes de escrever pode imaginar. Podemos usar as figuras entes das próprias palavras. Depois paixona-se pelo prazer da comunicação. Mas nossa cultura familiar no Brasil não está preocupada com isso ou não tem dinheiro para oferecer estímulos aos mais novos. Como segundo, talvez ainda pior, temos um governo que não oferece uma educação escolar de qualidade! Fico triste por ver o grande número de analfabetos no meu país. Durante algum tempo fui professora de Inglês e percebi que é menos importante ainda se falar outra língua...
Triste, né? O que podemos fazer para mudar isso?
Apareça no meu blog também, ok?
Bom final de semana!
Crica