domingo, 22 de junho de 2008

POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 05

Olá amigo(a) leitor(a). Este espaço completou um ano na última semana e uma das grandes criações deste blog é este quadro que relembra grandes clássicos da Propaganda Brasileira. E hoje eu venho aqui falar de jingles. Ah, os jingles. Quando um comercial lança uma musiquinha que não sai da sua cabeça, não tem jeito. É sucesso e retorno da marca na certa. No último episódio, eu apresentei o do Caldo Nobre da Galinha Azul. Trago hoje mais alguns exemplos de jingles que marcaram alguns comerciais e que até hoje são inesquecíveis na lembrança de uma marca. Mas antes, darei uma pequena definição de jingle: Trata-se simplesmente de uma mensagen publicitária cantada, que é bastante utilizada no rádio mas com um recall eficiente na TV.

Eis o primeiro:


O comercial foi ao ar em 1991. Foram lançados dois filmes: este da pipoca e outro da pizza, cada um com o seu respectivo jingle. Mas foi o da pipoca que mais pegou e proporcionou um maior recall. A Coca-Cola já havia feito uma ação na década de 50 nos EUA onde por meio de mensagens subliminares sugeriam que os frequentadores de cinema comessem pipocas acompanhadas do famoso refrigerante. Se foi pensado nisso, eu não sei, mas a estratégia do Guaraná Antarctica foi de tirar o seu concorrente (Guaraná Taí da Coca-Cola) do meio do caminho sugerindo o acompanhamento do guaraná. Resultado: o comercial tornou-se um dos que entraram para a galeria dos inesquecíveis e de quebra ainda ganhou vários prêmios. Confesso que ao ver o comercial, tenho mais vontade de comer pipoca do que beber Guaraná.

Próximo:


O Bamerindus não existe mais. Depois de ter entrado em dificuldades em 1994, o HSBC e o Banco Central assumiram as partes boas e ruins respectivamente. Mas, não podemos negar que o comercial deste banco marcou uma época tudo graças ao seu jingle. Este foi criado ainda no início da década de 70, mas sua revitalização vinte anos depois - na interpretação do grupo "Os Três do Rio" - foi fundamental para a lembrança da marca. A campanha mostrou uma série de filmes onde eram caracterizadas várias situações sempre com o famoso jingle. Agora você pode me perguntar: Alex, se a campanha fez tanto sucesso, por que o banco praticamente faliu? E eu respondo: se não souber administrar o sucesso, ele se tornará um fracasso. A propaganda fez a parte dela.

E para encerrar, um clássico dos anos 70:



O jingle acompanhado da animação foi responsável pelo sucesso das groselhas vitaminadas Milani a partir do ano de 1978 e durou por mais de dez anos na boca da criançada, pois o refresco era voltado para o público infantil. A interjeição "iahu!" representou por muitos anos a sensação de comemorar e vibrar com algo. "Iahu!!! Ganhei o prêmio!" Até que em 1994 nasceu uma poderosa empresa americana de serviços de internet cujo nome soava de forma idêntica à famosa interjeição da Milani, o que acabou de vez com a brincadeira e fez com que "iahu!" se tornasse uma expressão tão ultrapassada quanto chamar uma mulher de broto ou gatinha (sim, esta eu considero do fundo do baú). O nome da empresa eu nem preciso falar, né? A Milani continua suas atividades normais, mas sem estar presente na mídia.

Esse é um assunto com vários exemplos que podem ser expostos, mas deixarei para uma próxima oportunidade.

Um abraço e até a próxima.

sábado, 14 de junho de 2008

ANIMAIS RACIONAIS? NEM TANTO.





Observando o comportamento humano, percebo o quanto somos irracionais diante dos outros animais. Tudo bem, filósofos de plantão, podem me queimar na fogueira por essa afirmação. Resultados de pesquisas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts dizem que a maioria de nossas ações é guiada pelos instintos e não pela razão. Cerca de 80% de nossas ações são automáticas, instinto puro. Ou seja, apenas 20% delas são guiadas por aquilo que os filósofos chamam de razão. Será mesmo que o homem possui o livre arbítrio resultando em sua realização? Ele realmente escolhe o que quer de forma racional? Esses 20% restantes de consciência são capazes de suprir os 80% de instinto em suas ações?

São perguntas que podem gerar milhares de respostas. Às vezes acho que esses 20% de consciência é que fazem do homem, o animal mais desprovido de inteligência. Talvez se fóssemos 100% instinto como os outros animais, seríamos e viveríamos num mundo bastante melhor. Observem as formigas. O modo como elas conduzem uma comunidade com suas devidas regras (cumpridas à risca), a divisão hierárquica (podemos chamar assim), entre outros fatores que atribuímos a elas. Não somente as formigas, mas também diversas outras espécies de animais. Cada um com um propósito natural e estando sujeitos à cadeia alimentar, esta muito rude por sinal.

Se analisarmos desde o momento em que nascemos, percebemos o quanto somos inferiores perante os outros animais. Um bebê não consegue sobreviver sozinho no mundo. Ele precisa do meio para crescer e viver até alcançar sua independência. Se é que ele alcança. Isso porque o ser humano é eminentemente social. Para o homem, é difícil aceitar a ideia de que um dia poderemos ser inferior. Afinal, desafiar o todo-poderoso ser humano chega ser uma audácia enorme. O homem certamente desenvolveu uma sociedade e a habilidade manual para diversas tarefas em virtude desses 20% de consciência. Esse percentual permite tomar decisões baseando-se em análises e argumentos, mas quem garante que a princípio (o antes de tudo) o homem não toma sua decisão pelo instinto? É claro que sim. A primeira decisão a ser tomada é sempre a impulsiva. É necessário um intervalo de tempo satisfatório para que ele tome outra decisão baseada em situações e ambientes que o favoreçam ou não. É nesta hora que a razão fala mais alto. Agora, se esta é a melhor decisão, aí é outra coisa.

Se fóssemos 100% instinto, provavelmente eu não estaria escrevendo aqui, porque o homem não teria desenvolvido a tecnologia suficiente para criar essa ferramenta chamada blog, entre outras. Começo a desconfiar que de nada vale os 20% de razão que nós temos direito, uma vez que poucas vezes sabemos usá-las. Alguns não se dão o trabalho de usá-la e outros passam praticamente a vida inteira buscando um sentido para essa razão. Enquanto isso, os instintos trabalham o tempo todo. E mais, esses instintos trabalham lado a lado com o funcionamento do organismo e nossas necessidades vitais. Para que serve a razão, então? Para escolhermos a salada ao invés doo pernil assado, sabendo que adoramos carne de porco, mas por algum motivo ela nos faz mal? A vontade de comer o tal pernil é real e ela se faz presente, porque antes de pensar em comer a salada, somos carnívoros. O instinto nos permite a isso.

Casamos com pessoas erradas porque acreditamos que ela nos farão felizes de alguma forma e preencherá um certo vazio ou carência. Mas o nosso instinto às vezes nos dá a vontade de desejarmos outra pessoa, mas que a razão não nos deixar aproximar. Às vezes até deixamos de ficar com a pessoa certa, em virtude dessa tal "razão". Tomamos decisões que às vezes nos fazem fugir da ética e da moral porque elas podem trazer benefícios ou alguma felicidade plena. Posso citar aqui diversas situações em que a razão toma o lugar do instinto, mas este não deixa de prevalecer na ação humana.

Seria então a razão, burra? Por vezes, chego a acreditar que os loucos, desprovidos de juízos, são os verdadeiros normais diante da sociedade. A tal razão é a responsável por esse mundo auto-destrutível que está se formando. O homem vem desenvolvendo suas pesquisas para benefício próprio, deixando de lado aquilo que é o motivo maior de sua sobrevivência: a sociedade. Até mesmo os que se consideram egocêntricos, não conseguem viver sozinhos. É necessário que haja alguém, um meio para o seu bem-estar. Sendo assim, o homem destrói por meio da (ir)racionalidade, a sua sobrevivência. Ou seja, de nada vale pensar, analisar e discutir o sentido das coisas. A razão propriamente dita deveria ser os instintos pelos quais os animais agem. Não desmerecendo a doutrina divina, pois valorizo muito isto, posso dizer que faltou muito pouco para sermos realmente perfeitos. Digamos que apenas 20%.

Um abraço e até a próxima.

domingo, 1 de junho de 2008

MEMÓRIA 80/90 - Nº 09

Como vai amigo(a) leitor(a)? Vamos relembrar a nossa infância? No episódio de hoje da série MEMÓRIA 80/90 apresento o tema de abertura de alguns desenhos que fizeram parte das nossas manhãs ou tardes na telinha da TV. Eis os primeiros:






He-Man e She-Ra eram dois irmãos gêmeos, heróis, onde cada um tinha sua série animada. O primeiro voltado para o público infantil masculino e o segundo para o feminino. A série do He-Man foi lançada em 1983 e até 1985 foram ao ar 130 episódios divididos en duas temporadas. Em 1985 surge a série da She-Ra com 93 episódios. Ambos tinham o propósito de defender seus planetas dos vilões. O maior vilão do He-Man era o Esqueleto, enquanto o da She-Ra era o Hordak. Os heróis tinham seus aliados na luta contra o mal. Ao lado de He-man estavam a Feiticeira, o Mentor e o Gorpo, além de outros aliados. Ao lado da She-Ra havia a presença da Esperança da Luz, Madame Riso e Corujito. Muitos outros personagens aliados também faziam parte do enredo. Os dois desenhos foram exibidos pela Globo na década de 80 e início dos anos 90.

O próximo:


A Nossa Turma era um desenho com uma grande lição social onde personagens de raças diferentes conviviam em harmonia compartilhando alegrias e tristezas. Montgomery (o alce), Vilma (a ovelhinha), Dotty (a cadelinha), Zipper (o gatinho), Bingo (o castor) e Márcia (a ursinha) viviam em um trailer que era bastante cobiçado pelo vilão Catchum Crocodilo e seu comparsa atrapalhado, Leni. Cada personagem possuía sua característica própra que simpatizava àqueles que assistiam. O desenhO era exibido pelo SBT e a trilha de abertura é um dos mais conhecidos temas de animação mundial.

Continuando:


Este era um dos meus preferidos. O desenho Muppet Babies foi uma adaptação da série homônima de grande sucesso nos Estados Unidos na década de 70. Na série, os personagens eram adultos enquanto a sua adaptação em desenho animado mostrava a infância deles. Eles viviam em um berçário onde aprontavam as mais diversas confusões tudo através da imaginação. Alguns desenhos adotaram a mesma idéia anos depois como O Fantástico Mundo de Bobby e o Doug. Quem não lembra da porquinha Piggy, do sapinho Caco e do atrapalhado Gonzo? Sem contar a babá Nanny que nunca mostrava o rosto. Quantas aventuras não participamos junto deles?

E para encerrar:


Sara e o seu Cavalo de Fogo. Juntos, eles viviam muitas aventuras contra a terrível bruxa Diabolyn (olha o nome). A bruxa queria a todo custo ser a nova rainha do reino Darshan que tinha como trono merecido a jovem Sara. As aventuras realmente prendiam a atenção daqueles que assistiam sempre esperando um fim nada bom para a bruxa.

Certamente os temas de abertura fizeram você lembrar de momentos maravilhosos da sua infância. É isso que sempre procuro quando posto um MEMÓRIA 80/90 aqui no blog. Em breve apresentarei mais temas de desenhos animados. Espero ter arrancado um sorriso do seu rosto, amigo(a) leitor(a). Um abraço e até a próxima.