domingo, 31 de agosto de 2008

POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 07

Olá amigos. Trago hoje mais um episódio desta série que relembra antigos comerciais da propaganda brasileira. E neste episódio apresento mais uma vez comerciais de automóveis, que é o meu segmento favorito em se tratando de comerciais antigos. Tratam-se de comerciais de automóveis que ganharam o título de "Carro do Ano". Apesar de eu não ser fanático por automobilismo e o meu carro preferido ser um semi-popular, confesso que sou fascinado por esse tipo de comercial.

Tire a poeira e vamos juntos desfrutar da memória da propaganda brasileira.



Este foi o primeiro comercial do Opala no ano de 1968. Antes deste comercial, houveram alguns teasers com famosos da época que anunciavam a chegada de um novo carro. Quatro anos depois, o Opala foi eleito o carro do ano.



Em 1982, foi a vez do Voyage papar o prêmio. O Voyage foi um sedan do Gol produzido até 1996. Alguns deles se chamam "Fox", mas é que estes foram exportados para os EUA e como já havia um outro Voyage rodando por lá...



E já que é pra falar em carro do ano, não poderia deixar de citar aquele que foi eleito por dois anos consecutivos (1987 e 1988): o Monza. Este carro não é mais produzido e sua apoesentadoria se deu no ano de 1996 com o lançamento da segunda geração do Vectra.

Agora eu volto um pouco mais no tempo:



O que chama a atenção deste comercial do Passat, eleito o carro do ano em 1975, é o fato da simplicidade dele. Não foi necessário uma superprodução, atores com cahês milionários, efeitos especiais... Enfim, nada disso. Essa é uma das diversas provas que temos para mostrar que um comercial às vezes não precisa de uma grande verba. Basta ter uma boa idéia. Ainda pretendo mostrar exemplos de comerciais como estes aqui no blog.

Tenha uma excelente semana e até a próxima postagem. Um abraço.

domingo, 24 de agosto de 2008

E LÁ SE FOI A OLIMPÍADA



Olá, amigo(a) leitor(a). Neste domingo terminaram as Olímpiadas sediadas em Pequim, na China. Além de toda a festa do esporte, podemos dizer também que foi uma das olimpíadas mais falsárias no quesito "maquiagem", o que mostra que hoje em dia há muito pouco profissionalismo e muita fachada para esconder as imperfeições internas e caprichar na superficialidade. Isso em qualquer aspecto.

Fatos como a tal menina que foi dublada na festa de abertura e que ganhou fama ao invés da verdadeira dona da voz ou a imagem dos fogos que vimos pela TV ser produzida totalmente por computador são alguns dos exemplos da maquiagem que a China usou para a sua olimpíada ser a melhor de todos os tempos. Em se tratando de estrutura física, não podemos negar que ela deu um show; porém, muita coisa ficou a desejar. Não me refiro às medalhas que o Brasil não ganhou - isso irei citar depois -, mas sim toda uma bola de ferro presa aos pés dos turistas, da imprensa e dos atletas.

Tudo bem, houve a preocupação em educar a população para não cuspir no chão, não fazer perguntas indiscretas aos turistas (se estes entenderem, é claro), não soltar pum na rua, diminuir a poluição, entre outras coisas para se tornarem boas anfitriãs. Mas a tal permissão para estrangeiros utilizarem a internet sem intervenção não aconteceu, muitos eram proibidos de acessar certos lugares e etc. Era um "pode-não-pode" que ilustrava diariamente as páginas dos noticiários e os telejornais.

Falando em telejornais, observei durante o período olímpico o quanto pareceu que o Brasil parou. É como se nada estivesse acontecendo no país. Isso porque mais de 50% do horário do telejornal era dedicado às olimpíadas. O restante era dividido em previsão do tempo, guerra entre Rússia e Georgia e algumas pequenas manchetes sobre assuntos cotidianos, além da agenda do presidente. Em virtude disso, eu recorria para os sites de notícias que dividem as matérias por categorias. Alguma coisa estava acontecendo no país e eu tinha que saber.

Já nossos atletas, segundo algumas das mais diversas piadinhas da internet, aproveitaram o verão chinês para pegar um bronze. Os esportes e os atletas que menos esperávamos e torcíamos foram os que trouxeram o ouro para o Brasil. Quer dizer, para o Brasil não. Alí tinha mais um compromisso pessoal em conquistar a medalha do que qualquer outra coisa. A medalha serviu para esses atletas como um "cale a boca e respeite o meu trabalho" a fim de superar alguma espécie de trauma ou crítica sofrida em outros tempos. O ouro veio coincidentemente de três esportes oriundos da elite, constituído por atletas que foram treinar no exterior. Esportes elitizados são mais propícios a trazerem medalha para o Brasil, em virtude dos mesmos não precisarem de um incentivo por parte de governo, instituições de ensino e etc. Vem de berço e da família que pode financiar um treinamento de primeiro nível. Se os Estados Unidos conquistaram 110 medalhas ao todo nessa olimpíada não foi à toa. O incentivo vem desde a escola, passando pela universidade. Resumindo: não adianta reclamar que os atletas brasileiros trazem poucas medalhas. Inclusive, o 23º lugar no quadro de medalhas até que ficou de bom tamanho.

De qualquer forma, parabéns aos atletas que conquistaram medalhas, principalmente aos de ouro. Estes não foram tanto aborrecidos pela imprensa (exceto o vôlei feminino) e puderam trabalhar sossegados. Certamente a Jade Barbosa adoraria ter conseguido esse sossego para trazer umas medalhas também. Mas, coitada da menina. Não a deixaram trabalhar em paz. Transformaram a guria em estrela sem ao menos ela nos trazer medalha. Tem muita gente que acha que o Pan é igual Olimpíadas. Gente, o Pan é constituído em sua maioria por países cujos incentivos, dos quais citei, não existem. Ou seja, não dá pra comparar.

Um abraço e até a próxima.

domingo, 17 de agosto de 2008

MEMÓRIA 80/90 - Nº 11

Olá amigo(a) leitor. Chegou a hora de despertarmos a nossa infância e adolescência(referindo-me àqueles que tem mais de 20 anos de idade). Estou aqui novamente para relembrar de alguns brinquedos que marcaram essas duas décadas. E como não quero desmerecer as moças que visitam este blog, não irei falar apenas de brinquedos de meninos. Boa lembrança!



A Estrela S/A lançou no Brasil o Comandos em Ação (G.I. Joe) em 1984. O brinquedo, cujos personagens eram bonecos articulados que ilustravam uma situação de batalha, foi a febre da época até o fim de sua produção no Brasil em 1995. Os bonecos possuiam acessórios como arminhas, capacetes e veículos que encantavam a garotada. E não era pra menos, pois as embalagens, o variado número de acessórios, além do slogan "Colecionadores de Aventura" despertavam o interesse nos garotos de tal forma que a marca "Comandos em Ação" foi popularizada em desenhos animados, quadrinhos e jogos. Esses brinquedos sobrevivem até hoje na memória de muitos adultos saudosistas. Os mesmos ainda são fabricados e vendidos nos Estados Unidos.



Essa aí de cima é a Fofolete. Brinquedo lançado pela Trol no fim dos anos 70 e que fez muito sucesso na década seguinte. Tratava-se de uma bonequinha que vinha em uma embalagem que parecia uma caixa de fósforos. Bonequinha mesmo, pois não media mais que 8 centímetros. As meninas adoravam colecionar. Minha mãe tem uma até hoje, que inclusive está pendurada em uma penteadeira da casa. Hoje as Fofoletes são fabricadas pela Estrela S/A, porém são bem diferentes das que foram lançadas pela Trol há 30 anos.



E para encerrar, este fenômeno do início dos anos 90: o "Meu Primeiro Gradiente". Sucesso entre meninos e meninas que gostavam de cantar e gravar suas vozes nas antigas fitas K7. Era o brinquedo que fazia parte da fase que antecedia a pré-adolescência onde as crianças despertavam o prazer em ouvir música. Na época, muitos produtos similares importados disputavam o mercado com o brinquedo da Gradiente. Alguns dos diversos modelos importados que copiaram a idéia possuiam alguns elementos a mais que imitavam o som de instrumentos musicais e também de animais. A criançada ouvia suas músics preferidas e mostrava seus dons artísticos. Era uma verdadeira festa.

Nota: Na edição de nº 03 do Memória 80/90 falei dos bonecos Playmobil. Até aquela postagem eles não eram mais produzidos no Brasil. Contudo, este ano os mesmos passaram a ser produzidos pela Sunny Brinquedos e inclusive há algumas campanhas publicitárias para lançarem as novas linhas.

Espero que tenha gostado da postagem de hoje re relembrado momentos inesquecíveis da sua infância. Um abraço e até a próxima postagem.

domingo, 3 de agosto de 2008

QUE "BONITO" É...

Olá, amigo(a) leitor(a). Falo hoje de um tema que certamente é o mais comentado no país. Mais que política, religião, música ou qualquer outro assunto. Refiro-me ao futebol.



Tenho um time do coração, assisto aos jogos dele (não religiosamente), acompanho a rodada dos principais campeonatos de futebol (nos noticiários), sei de cabeça todos os campeões brasileiros e conheço algumas curiosidades do meio. Sou fanático? Não me considero. Já desliguei a TV, para desfrutar da companhia de alguém, justamente na hora de uma decisão de campeonato nacional onde jogavam o meu time e o seu maior rival; não brigo e nem arrumo confusão com pessoas pelo fato delas torcerem por outros clubes; não penso no meu clube 24 horas por dia e nem faço dele uma razão para o meu viver. Sou um péssimo torcedor por causa disso, então? Creio que não.

Não vou dizer que nunca fiz essas coisas. Já fiz sim. E muito. Mas, isso há muito tempo. Ainda era um pré-adolescente ainda entrando na puberdade. Toda segunda-feira, após a rodada do fim de semana, era aquela confusão: “Meu time é melhor que o seu”, “Seu time não está com nada”, “Roubaram para o seu time ganhar” e o papo ia se desenrolando até que chegava na mãe, nos socos e nos pontapés. Foi quando passei a conviver com outros tipos de amizades, viver em novos ambientes e passar a me importar com outras coisas mais importantes que percebi o quanto eu agia como um verdadeiro retardado. E olha que eu era apenas um moleque naquela época.

O que acontece é que esse fanatismo todo passa a fazer parte da vida da pessoa. Ela se esquece do lado humano e esquece também daquilo que é o principal motivo da sua paixão: o futebol. Antes de escrever aqui no blog, andei visitando as comunidades do Orkut das quais eu participo cujo tema é futebol. Sou ativo, de forma razoável, em algumas delas, principalmente a do clube que torço. Observei o comportamento das pessoas, a forma de como os clubes são debatidos, mas percebi que a atração principal de todo esse “espetáculo” é a ofensa ao time alheio, ao torcedor contrário. Percebe-se que é mais divertido ofender o torcedor contrário do que vibrar com a vitória do seu clube.

A diversão não está em reunir os amigos e prestigiar uma boa partida de futebol. A diversão está em reunir os amigos (que torcem para o mesmo time de preferência) e encontrar um cidadão andando na rua com a camisa do rival para então cercá-lo e espancá-lo. Ou senão, criar uma situação para que a pancadaria se estabeleça. É daí que nascem as chamadas torcidas organizadas que, em minha opinião, possuem o mesmo caráter que uma quadrilha formada por bandidos. Ou seja, não tem utilidade alguma pra sociedade. Há tempos não vou a um estádio. A última vez que fui, lembro-me que cheguei a me divertir bastante. Era o mesmo clássico (porém, outro jogo) onde jogam o meu time o seu maior rival. Meu time ganhou. Mas antes, durante e depois tudo ocorreu na mais perfeita paz, pelo menos próximo de mim. Mas, e se naquele dia acontecesse algo de trágico? Um desses bandidos que se dizem torcedores arrumassem confusão e afetassem pessoas inocentes? Nem sempre a sorte está ao nosso favor. Há um estádio próximo de casa e já tive vontade várias vezes de ir lá prestigiar o time local apenas como lazer e diversão, mas é uma vontade passageira sem muito tesão.

Você pode me julgar, dizendo: “Ah, Alex. É a paixão nacional. Torcedor brasileiro é assim mesmo, fervoroso”. Tudo bem, mas será que nossos jogadores são apaixonados assim também? Hoje os nossos melhores craques vão embora para o exterior ainda de fraldas e quando voltam já estão no fim de carreira. A seleção brasileira não tem um ser vivo que jogue nos gramados brasileiros. Não há mais aquele amor pela bandeira do Brasil por parte dos nossos jogadores. Os que estão lá, não querem mais voltar. Não é pra menos, pois apesar de haver violência e torcedores fanáticos lá também, há a ordem pública e estes indivíduos são severamente punidos.



Se Pelé jogasse nos dias de hoje, ele nunca iria ser o melhor jogador de todos os tempos e talvez não tivesse feito tanta história pelo Santos. Poderia ser sim um craque, mas jogando em algum clube da Europa - como o Chelsea por exemplo - não com o mesmo prestígio e é claro com mais massa muscular. Digo isso porque os craques que hoje se destacam, de uma hora pra outra perdem o prestígio e passam a ser simplesmente mais um. As constantes trocas de clubes, negociações, escândalos e contusões desgastam o atleta.

Moral da história: os melhores jogadores estão no exterior, não se veste mais a camisa amarela com empolgação e o que sobra de “diversão” é a pancadaria nos estádios, nas ruas, e as rixas entre torcidas como se fosse um duelo medieval, onde gladiadores se matam e se ferem por causa de um escudo, um emblema e uma bandeira que não enche a barriga desses infelizes.

Sou torcedor, admiro o futebol-arte, às vezes me pego vendo vídeos sobre futebol no Youtube, não perco os gols da rodada, mas tudo isso porque admiro o esporte. Contudo, sem aquela tal paixão fervorosa que me faz subir a adrenalina a tal ponto de sair arranjando confusão em prol do escudo do meu time. Ganhou, ganhou. Perdeu, perdeu. É campeão ou não é, parabéns ou sinto muito. Essa tal paixão doentia é a maior responsável pelo número de confusões, brigas e mortes nos estádios e também fora deles. O time que torço possui tantos títulos e história quanto seus adversários e por isso acima de tudo deve haver respeito na prática do esporte. O vencedor ou derrotado é definido durante a partida dos dois times dentro das quatro linhas e nas regras do jogo. Disputar o jogo fora disso é outra coisa, além do futebol. Muitas das vezes é vandalismo cometido por gente de cérebro e consciência pouco privilegiada. Que aprendamos a valorizar o esporte, torcer e vibrar, mas com responsabilidade e sem agir como um completo idiota de mente pequena.

Para encerrar este longo desabafo, deixo aqui um vídeo que encontrei no Youtube e que ilustra mais ou menos o que eu disse aqui. Não sei quem é o autor do vídeo, mas achei interessante as imagens e os pontos destacados que é a irracionalidade presente em um grupo de marginais disfarçados de torcedores.



Se você observar na página do vídeo, no Youtube, perceberá os comentários dos animais abaixo dele. Um mais retardado que o outro.

Não repare na forma polêmica de eu me expressar, mas é a minha opinião. Tenha uma ótima semana e até a próxima. Agora irei assistir aos gols do fim de semana e ver o que rolou dentro das quatro linhas na prática do esporte que é o que mais importa.

Um abraço.