domingo, 25 de maio de 2008
QUEM BLOGA, OS MALES ESPANTA.
Blog é a contração de weblog, que ao pé da letra significa Diário de Bordo na Web. Resumindo: diário. Nunca houve tanta necessidade de expor opiniões na internet como nos últimos anos. O que antes era difícil, publicar nossas ideias em um site particular, agora ficou bem mais fácil através do blog. A ideia principal da ferramenta sempre foi esta; mas a princípio, no Brasil, ela foi muito utilizada para outros fins. Pegamos como exemplo o ano de 2001 até 2004. Adolescentes criavam blogs para contarem como foi o dia; publicarem fotos, letras de músicas e poemas. A vida pessoal era exposta por meio de pequenos textos, fotos, gifs animados, musiquinhas de fundo e etc. Afinal, aqueles jovens queriam ter um espaço para mostrar o seu dia-a-dia, publicar suas preferências musicais e seus anseios.
Depois surgiram outras modalidades de blog, entre elas o fotoblog que se resumiu depois em flog. Era um blog exclusivo para a publicação de fotos, assim como o vlog (outra modalidade) era para vídeos. O flog passou a ser mais popular em virtude da função mais prazerosa que era a de postar fotos: o auge das câmeras digitais. Até que depois surgiu o Orkut e Facebook com página de recados, publicação de fotos e uma maior interação com os outros usuários, o que fez com que as pessoas largassem os blogs aos poucos. Quando esses usuários de blogs passaram a migrar para as redes sociais, a ferramenta voltou a ter a sua utilidade de princípio bastante comum nos Estados Unidos: abordar diversos temas de acordo com o ponto de vista do autor.
O que parecia ter sido o fim do blog, deu lugar à sua função principal. Hoje vemos jornalistas, políticos, artistas, escritores, diversos profissionais e pessoas comuns aderindo ao blog com mais intensidade. Muitos ganham dinheiro com a ferramenta, fizeram do ato de escrever em blogs (blogar) uma profissão e são cobrados por uma atualização periódica. Passou a ser mais prático do que comprar um domínio e criar uma página na internet. Há blogs dos mais diversos assuntos para todos os gostos; populares ou não.
A ferramenta passou a ser muito útil para profissionais e estudantes da área de comunicação, principalmente jornalismo. É uma forma sadia e explícita de dizer "sim, eu sou formador de opinião". Nunca o blog foi tão popular entre os formadores de opinião como tem sido hoje, pelo menos no Brasil.
A navegação de blogs também evoluiu. O blog passou a fazer parte de um novo hábito de internautas. Mesmo aqueles que não possuem blogs, passaram a visitar esse tipo de página com mais frequência. Segundo o Ibope/NetRatings, quase 10 milhões de pessoas acessaram e leram blogs no Brasil, de acordo com dados de dezembro de 2007, o que representa 45% do número de internautas ativos no mês. Certamente esse número equivale a internautas buscando por informações, comportamentos e pontos de vista muitas vezes estas vindas de pessoas comuns.
O que era antes um simples diário pessoal que estava perdendo o seu espaço, o blog passou a ser uma brilhante troca de conteúdo. Encontramos desde blogs de pessoas comuns (como eu) até blogs de celebridades, onde estes interagem com seus ídolos por meio dos comentários. Até onde vai essa tendência, não se sabe; mas que hoje o blog é o paradeiro de pessoas que buscam informações e entretenimento, não há dúvida.
O blog vem ganhando cada vez mais novos adeptos e fãs, seja na escrita ou na leitura. Há casos de blogs que até viraram livros. Por isso, quer desabafar e dizer o que pensa sua sem medo de ser censurado: crie um blog. A tendência dos formadores de opinião.
Um abraço e até a próxima, blogueiro leitor.
sábado, 17 de maio de 2008
POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 04
Cof, cof, cof... Olá amigo(a). Apresento hoje mais um episódio da série Poeira Publicitária onde relembramos clássicos da propaganda diretamente do fundo do baú. Hoje eu venho falar da categoria de alimentos e bebidas. Não somente do alimento e da bebida em si, mas personagens (ou mascotes) que se tornaram inesquecíveis ao divulgar o produto. Na postagem de hoje, reuni personagens de quatro décadas que se destacaram na telinha divulgando produtos e grandes marcas. Vamos ao primeiro:
Início dos anos 70, a turma da Mônica - da qual eu sou um grande fã - conquistava seu espaço nas tirinhas de jornal antes de emplacar seus gibis e ser um ícone das histórias infantis no Brasil. A turma já possuia diversos personagens e muitos deles conhecidos até hoje como o desajeitado elefante verde Jotalhão. Antes disso, na década de 40, a Cica lançou o extrato de tomate Elefante e graças a uma tirinha de jornal que aludia ao nome do produto, o Jotalhão passou a protagonizar os comerciais da Cica com a turminha e ter presença na embalagem do atomatado até os dias de hoje. Vale lembrar que nas tirinhas, o Jotalhão era rosa e Maurício de Sousa adotou o verde para dar o melhor contraste com a cor vermelha da embalagem. Este contrato do Maurício com a Cica é o mais antigo da história da propaganda brasileira e tem duração até 2027, segundo acordo atual. Abaixo a tirinha que deu origem ao comercial acima e a presença do Jotalhão nas embalagens do Extrato de Tomate Elefante:
A próxima mascote que apresento hoje é o Bocão das gelatinas Royal:
"Abre a boca é Royal". Foi com este slogan que a gelatina passou a ser um sucesso não somente nos comerciais, mas em diversas ações de mercandising participando inclusive de filme dos Trapalhões.
A seguir, em dois comerciais em formato de série, uma outra figura que representou um produto, dessa vez para o público adulto consumidor de cerveja:
A tartaruga da Brahma se destacou nas telinhas em 2002 e seu jeito sacana e esperto foi responsável de arrancar grandes risadas do telespectador. Ainda houveram outros comerciais que continuavam a série. A propaganda não deu o mesmo prestígio que a Brahma teve no início da década de 90 com a campanha "Nº 01", mas a tartaruguinha carimbou seu nome na história da propaganda brasileira, em uma época cuja a computação gráfica em 3D passou a tomar de vez o lugar das animações em desenho.
E voltando um pouco mais no tempo, novamente na década de 80, uma mascote mobilizou o país de tal forma que caiu nos braços do povo. Refiro-me à galinha azul do Caldo Maggi:
Quem tem mais de 20 anos certamente deve lembrar do famoso bordão "O caldo nobre da Galinha Azul". Ela permaneceu na mídia durante seis anos e até hoje ilustra a embalagem dos caldos de galinha da marca da Nestlé. A presença da Galinha deu ao produto o primeiro lugar desbancando seu principal concorrente na época, os caldos Knorr que era o líder de vendas durante 26 anos. A Galinha Azul deu origem a uma série de ações promocionais com distribuição de vários prêmios. Ela virou estrela: desfilou no carnaval, atuou com grandes atores brasileiros e posou inclusive para a Playboy em poses eróticas. Imagine. Infelizmente o Youtube me decepcionou hoje e não tenho nenhum comercial para mostrar, mas em compensação mostrarei uma participação dela no programa "Viva a Noite" que lançou Gugu Liberato para a televisão. No programa, o clássico jingle que conquistou o país: "De Leste a Oeste, de Norte a Sul, a onda é a dança da Galinha Azul...".
Espero que tenha gostado do Poeira Publicitária de hoje. Um abraço e até o próximo fim de semana com mais uma postagem aqui neste singelo mundo que me cerca.
Início dos anos 70, a turma da Mônica - da qual eu sou um grande fã - conquistava seu espaço nas tirinhas de jornal antes de emplacar seus gibis e ser um ícone das histórias infantis no Brasil. A turma já possuia diversos personagens e muitos deles conhecidos até hoje como o desajeitado elefante verde Jotalhão. Antes disso, na década de 40, a Cica lançou o extrato de tomate Elefante e graças a uma tirinha de jornal que aludia ao nome do produto, o Jotalhão passou a protagonizar os comerciais da Cica com a turminha e ter presença na embalagem do atomatado até os dias de hoje. Vale lembrar que nas tirinhas, o Jotalhão era rosa e Maurício de Sousa adotou o verde para dar o melhor contraste com a cor vermelha da embalagem. Este contrato do Maurício com a Cica é o mais antigo da história da propaganda brasileira e tem duração até 2027, segundo acordo atual. Abaixo a tirinha que deu origem ao comercial acima e a presença do Jotalhão nas embalagens do Extrato de Tomate Elefante:
A próxima mascote que apresento hoje é o Bocão das gelatinas Royal:
"Abre a boca é Royal". Foi com este slogan que a gelatina passou a ser um sucesso não somente nos comerciais, mas em diversas ações de mercandising participando inclusive de filme dos Trapalhões.
A seguir, em dois comerciais em formato de série, uma outra figura que representou um produto, dessa vez para o público adulto consumidor de cerveja:
A tartaruga da Brahma se destacou nas telinhas em 2002 e seu jeito sacana e esperto foi responsável de arrancar grandes risadas do telespectador. Ainda houveram outros comerciais que continuavam a série. A propaganda não deu o mesmo prestígio que a Brahma teve no início da década de 90 com a campanha "Nº 01", mas a tartaruguinha carimbou seu nome na história da propaganda brasileira, em uma época cuja a computação gráfica em 3D passou a tomar de vez o lugar das animações em desenho.
E voltando um pouco mais no tempo, novamente na década de 80, uma mascote mobilizou o país de tal forma que caiu nos braços do povo. Refiro-me à galinha azul do Caldo Maggi:
Quem tem mais de 20 anos certamente deve lembrar do famoso bordão "O caldo nobre da Galinha Azul". Ela permaneceu na mídia durante seis anos e até hoje ilustra a embalagem dos caldos de galinha da marca da Nestlé. A presença da Galinha deu ao produto o primeiro lugar desbancando seu principal concorrente na época, os caldos Knorr que era o líder de vendas durante 26 anos. A Galinha Azul deu origem a uma série de ações promocionais com distribuição de vários prêmios. Ela virou estrela: desfilou no carnaval, atuou com grandes atores brasileiros e posou inclusive para a Playboy em poses eróticas. Imagine. Infelizmente o Youtube me decepcionou hoje e não tenho nenhum comercial para mostrar, mas em compensação mostrarei uma participação dela no programa "Viva a Noite" que lançou Gugu Liberato para a televisão. No programa, o clássico jingle que conquistou o país: "De Leste a Oeste, de Norte a Sul, a onda é a dança da Galinha Azul...".
Espero que tenha gostado do Poeira Publicitária de hoje. Um abraço e até o próximo fim de semana com mais uma postagem aqui neste singelo mundo que me cerca.
sábado, 10 de maio de 2008
O tecnostress nosso de cada dia.
Olá amigo(a) leitor(a). Você já se irritou porque o seu celular não funcionou quando mais precisou? Ou quando seu computador travou sem o arquivo estar salvo ao ponto de perder tudo? Calma, eu não vou dizer que seus problemas acabaram. Perguntei isso porque se nada disso aconteceu é porque você ainda não é vítima da nova modalidade de stress que vem crescendo proporcionalmente ao avanço tecnológico. Refiro-me ao tecnostress.
A tecnologia, segundo dizem, foi feita para facilitar a vida das pessoas (e como). Hoje as distâncias não são tão maiores; com apenas um clique resolvemos diversos assuntos, marcamos compromissos, compramos, informamo-nos... Mas resolve tudo mesmo? Zeca Martins, um publicitário que eu admiro muito, disse uma vez em uma de suas oficinas de criação, da qual eu participei, que a tecnologia veio para resolver todos os problemas que não tínhamos antes dela. Não é uma frase criada por ele, inclusive é bastante comum ouvirmos por aí, mas foi da boca dele a primeira vez que ouvi essa afirmação, após o aparelho datashow não funcionar durante a oficina. Se formos analisar, a frase faz sentido. Seu celular está sem sinal e você precisa fazer uma ligação urgente. Fica irritado, tem vontade de jogá-lo contra a parede, xinga, faz cara feia, enfim... Há uns 10 anos, quando o celular era coisa de gente fina, você não tinha esse problema. Da mesma forma que seus trabalhos de escola eram todos manuscritos e você não perdia tudo quando dava aquele problema em que o Word fecha e não salva nada. Pior que essas coisas acontecem na maioria das vezes com uma pequena ajuda de Murphy. Sim, aquele da lei.
Quanto mais a tecnologia faz parte da nossa vida, mais estamos sujeitos a essas situações desagradáveis. O pior é que ficamos dependentes dela. Passei oito meses sem ter um computador doméstico, mas isso não significou a minha separação do aparelho e de suas inúmeras funções. Porém, meu contato com a máquina é maior que com qualquer outra pessoa em virtude dele ser a minha ferramenta de trabalho e meio de comunicação com muitas pessoas que moram longe, mas que tenho uma grande afinidade. Resumindo: ficar hoje sem computador significa isolar-me do mundo e não conseguir exercer as minhas principais atividades. O que acontece é que devido ao intenso contato com a máquina, tentamos agir na mesma velocidade da mesma. Segundo o psicólogo americano Larry Rosen, a velocidade da tecnologia está alterando nosso relógio biológico. Ou seja, queremos fazer tudo na velocidade do computador. Essa correria nos causa irritação quando nos deparamos com a lentidão de um programa que não abre, uma página da internet que demora para carregar, uma chamada no celular que custa a chamar, um elevador que não chega, entre tantos outros exemplos. Queremos tudo pra já. Temos pressa porque a tecnologia nos permite fazer outras coisas em menos tempo.
A tecnologia aumentou o tempo de trabalho, pois por mais que não estejamos dentro do expediente, há um celular que toca chamando por você e há um e-mail que independente do dia e da hora tem algum assunto referente ao escritório. Até nos momentos que podem ser considerados de lazer, como ficar no parque ouvindo música em seu player portátil, você está sujeito ao stress quando na hora da melhor música, a pilha acaba e você esqueceu de comprar uma nova. Parece que este pequeno incidente é o fim do mundo. E se você considera que realmente seja o fim do mundo, certamente o tecnostress faz parte da sua vida.
Pra acrescentar a tensão, ainda tem os problemas ergonômicos em virtude de uma cadeira desconfortável e uma postura inadequada diante do computador que resultam em dores nas costas, nas mãos, nos ombros. Junta tudo isso e mais a tensão por aquele arquivo não abrir (dar o famoso pau) e a falta de memória que deixa o seu computador lento. Fúria e palavrões na certa. O motivo principal do tecnostress é justamente querermos ser tão veloz ou mais que o computador, a câmera digital, o microondas e etc. Não conseguimos mais imaginar nossa vida sem eles e achamos um absurdo como foi que conseguimos sobreviver sem eles em um passado não muito distante. Segundo Rosen, queremos ser multifuncionais também. Rwesultado: nosso organismo não aguenta e com toda essa incapacidade de tentarmos realizar múltiplas tarefas, estamos sujeitos à doenças, desgastes físicos e mentais, entre outros danos à nossa saúde.
Resolvi comentar sobre isso em virtude d'eu ter sentido, nos últimos dias, alguns sintomas dessa nova modalidade de stress. Respiração acelerada, nervosismo, tensão, palavrões constantes, vontade de dar um soco na parede... Por que tudo isso? Porque simplesmente queria as coisas mais rápidas do que elas são. O que fazer? Há várias soluções, mas as obrigações vêm primeiro. Sinto que isso está me fazendo mal para a saúde e percebo que preciso mudar alguns hábitos, entre eles voltar a ter mais contato com a natureza, ter um momento zen fazer nada (que trocadilho horrível), ver pessoas, olhar nos olhos delas... É por causa disso que no fim do dia, costumo acionar minha pasta de músicas clássicas para tranquilizar os nervos. Enquanto publico este texto, apesar de não ter acontecido nada de conturbado em minha volta, sinto ainda os sintomas do tecnostress. Algo ainda me aflige. Mas o momento em que me sinto em perfeita paz e harmonia é quando estou dormindo e, por isso, tenho muita dificuldade em levantar da cama independente de ser cedo ou tarde. Quem me conhece sabe disso.
Portanto, leitor(a), não se preocupe comigo. Prometo que mesmo não saindo da rotina, buscarei caminhos para que o tecnostress não afete a minha vida em escalas maiores. E você que está sofrendo do mesmo mal, lembre-se (junto comigo, é claro) que somos seres humanos e não máquinas. Não somos multifuncionais.
Antes de me despedir, quero mostrar este vídeo engraçado sobre o que o tecnostress é capaz de fazer quando se encontra em um estágio avançado:
Ainda bem que eu não sou assim e nem pretendo alcançar este nível.
Um abraço e até a próxima.
A tecnologia, segundo dizem, foi feita para facilitar a vida das pessoas (e como). Hoje as distâncias não são tão maiores; com apenas um clique resolvemos diversos assuntos, marcamos compromissos, compramos, informamo-nos... Mas resolve tudo mesmo? Zeca Martins, um publicitário que eu admiro muito, disse uma vez em uma de suas oficinas de criação, da qual eu participei, que a tecnologia veio para resolver todos os problemas que não tínhamos antes dela. Não é uma frase criada por ele, inclusive é bastante comum ouvirmos por aí, mas foi da boca dele a primeira vez que ouvi essa afirmação, após o aparelho datashow não funcionar durante a oficina. Se formos analisar, a frase faz sentido. Seu celular está sem sinal e você precisa fazer uma ligação urgente. Fica irritado, tem vontade de jogá-lo contra a parede, xinga, faz cara feia, enfim... Há uns 10 anos, quando o celular era coisa de gente fina, você não tinha esse problema. Da mesma forma que seus trabalhos de escola eram todos manuscritos e você não perdia tudo quando dava aquele problema em que o Word fecha e não salva nada. Pior que essas coisas acontecem na maioria das vezes com uma pequena ajuda de Murphy. Sim, aquele da lei.
Quanto mais a tecnologia faz parte da nossa vida, mais estamos sujeitos a essas situações desagradáveis. O pior é que ficamos dependentes dela. Passei oito meses sem ter um computador doméstico, mas isso não significou a minha separação do aparelho e de suas inúmeras funções. Porém, meu contato com a máquina é maior que com qualquer outra pessoa em virtude dele ser a minha ferramenta de trabalho e meio de comunicação com muitas pessoas que moram longe, mas que tenho uma grande afinidade. Resumindo: ficar hoje sem computador significa isolar-me do mundo e não conseguir exercer as minhas principais atividades. O que acontece é que devido ao intenso contato com a máquina, tentamos agir na mesma velocidade da mesma. Segundo o psicólogo americano Larry Rosen, a velocidade da tecnologia está alterando nosso relógio biológico. Ou seja, queremos fazer tudo na velocidade do computador. Essa correria nos causa irritação quando nos deparamos com a lentidão de um programa que não abre, uma página da internet que demora para carregar, uma chamada no celular que custa a chamar, um elevador que não chega, entre tantos outros exemplos. Queremos tudo pra já. Temos pressa porque a tecnologia nos permite fazer outras coisas em menos tempo.
A tecnologia aumentou o tempo de trabalho, pois por mais que não estejamos dentro do expediente, há um celular que toca chamando por você e há um e-mail que independente do dia e da hora tem algum assunto referente ao escritório. Até nos momentos que podem ser considerados de lazer, como ficar no parque ouvindo música em seu player portátil, você está sujeito ao stress quando na hora da melhor música, a pilha acaba e você esqueceu de comprar uma nova. Parece que este pequeno incidente é o fim do mundo. E se você considera que realmente seja o fim do mundo, certamente o tecnostress faz parte da sua vida.
Pra acrescentar a tensão, ainda tem os problemas ergonômicos em virtude de uma cadeira desconfortável e uma postura inadequada diante do computador que resultam em dores nas costas, nas mãos, nos ombros. Junta tudo isso e mais a tensão por aquele arquivo não abrir (dar o famoso pau) e a falta de memória que deixa o seu computador lento. Fúria e palavrões na certa. O motivo principal do tecnostress é justamente querermos ser tão veloz ou mais que o computador, a câmera digital, o microondas e etc. Não conseguimos mais imaginar nossa vida sem eles e achamos um absurdo como foi que conseguimos sobreviver sem eles em um passado não muito distante. Segundo Rosen, queremos ser multifuncionais também. Rwesultado: nosso organismo não aguenta e com toda essa incapacidade de tentarmos realizar múltiplas tarefas, estamos sujeitos à doenças, desgastes físicos e mentais, entre outros danos à nossa saúde.
Resolvi comentar sobre isso em virtude d'eu ter sentido, nos últimos dias, alguns sintomas dessa nova modalidade de stress. Respiração acelerada, nervosismo, tensão, palavrões constantes, vontade de dar um soco na parede... Por que tudo isso? Porque simplesmente queria as coisas mais rápidas do que elas são. O que fazer? Há várias soluções, mas as obrigações vêm primeiro. Sinto que isso está me fazendo mal para a saúde e percebo que preciso mudar alguns hábitos, entre eles voltar a ter mais contato com a natureza, ter um momento zen fazer nada (que trocadilho horrível), ver pessoas, olhar nos olhos delas... É por causa disso que no fim do dia, costumo acionar minha pasta de músicas clássicas para tranquilizar os nervos. Enquanto publico este texto, apesar de não ter acontecido nada de conturbado em minha volta, sinto ainda os sintomas do tecnostress. Algo ainda me aflige. Mas o momento em que me sinto em perfeita paz e harmonia é quando estou dormindo e, por isso, tenho muita dificuldade em levantar da cama independente de ser cedo ou tarde. Quem me conhece sabe disso.
Portanto, leitor(a), não se preocupe comigo. Prometo que mesmo não saindo da rotina, buscarei caminhos para que o tecnostress não afete a minha vida em escalas maiores. E você que está sofrendo do mesmo mal, lembre-se (junto comigo, é claro) que somos seres humanos e não máquinas. Não somos multifuncionais.
Antes de me despedir, quero mostrar este vídeo engraçado sobre o que o tecnostress é capaz de fazer quando se encontra em um estágio avançado:
Ainda bem que eu não sou assim e nem pretendo alcançar este nível.
Um abraço e até a próxima.
sábado, 3 de maio de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 08
Olá, amigo(a) leitor(a) deste blog. Trago hoje mais um episódio da série Memória 80/90, espaço este onde você relembra a sua infância e juventude. No epísódio de hoje relembrarei alguns brinquedos que fizeram sucesso na época. Certa vez citei aqui o Playmobil, que foi meu companheiro de inúmeras tardes. Desta vez trago alguns exemplos de brinquedos que nunca brinquei e tive pouco acesso a eles.
Começo por este:
O Pense Bem era uma espécie de computador produzido pela Tec Toy. Sua função era estimular o aprendizado. O brinquedo acompanhava alguns livros que depois podiam ser vendidos separadamente conforme fossem lançadas novas edições. Confesso que fiquei sabendo disso enquanto pesquisava para publicar aqui. Com o funcionamento a base de pilhas, a criançada aprendia diversos temas, tabuada, brincava com joguinhos, enfim, divertiam-se aprendendo e brincando. O Pense Bem foi considerado o melhor brinquedo do ano de 1988. Porém, seu valor era alto, o que impediu algumas crianças de o terem. Inclusive eu. O meu único contato com o brinquedo era de longe nas lojas e pela tv sendo sorteado nos programas infantis do SBT e seus respectivos quadros como a "Porta dos Desesperados" do Sérgio Malandro. Mas isso fica para outro Memória 80/90.
O próximo eu tive:
O Papa Ficha da Estrela era nada mais, nada menos que um caça-níqueis de brinquedo. O proósito era terminar com o maior número de fichas possíveis. Porém, quando ele "papava" suas fichas, era um decepção. Brinquei por muito tempo com ele, até que meu irmão nasceu e criança pequena não perde a oportunidade de destruir. Começaram a sumir as fichas até que o brinquedo se transformou em uma velha carcaça jogada no lixo.
E para encerrar, mais um brinquedo de sucesso, mas que eu também não tive:
O Pogobol foi lançado pela estrela no natal de 1987 e vendeu 800.000 unidades. Foi relançado entre 1995 e 1996 mas depois disso não foi mais fabricado no Brasil. E para que servia? Simplesmente para pular. As crianças iam para vários lugares pulando no brinquedo. Pular de Pogobol chegou a ser até modalidade em olimpíadas escolares.
Bom, em breve postarei mais brinquedos inesquecíveis dos anos 80 e 90. Você teve um Pense Bem, Papa Ficha ou Pogobol? Seu comentário e sua lembrança serão bem-vindos.
Um abraço.
Começo por este:
O Pense Bem era uma espécie de computador produzido pela Tec Toy. Sua função era estimular o aprendizado. O brinquedo acompanhava alguns livros que depois podiam ser vendidos separadamente conforme fossem lançadas novas edições. Confesso que fiquei sabendo disso enquanto pesquisava para publicar aqui. Com o funcionamento a base de pilhas, a criançada aprendia diversos temas, tabuada, brincava com joguinhos, enfim, divertiam-se aprendendo e brincando. O Pense Bem foi considerado o melhor brinquedo do ano de 1988. Porém, seu valor era alto, o que impediu algumas crianças de o terem. Inclusive eu. O meu único contato com o brinquedo era de longe nas lojas e pela tv sendo sorteado nos programas infantis do SBT e seus respectivos quadros como a "Porta dos Desesperados" do Sérgio Malandro. Mas isso fica para outro Memória 80/90.
O próximo eu tive:
O Papa Ficha da Estrela era nada mais, nada menos que um caça-níqueis de brinquedo. O proósito era terminar com o maior número de fichas possíveis. Porém, quando ele "papava" suas fichas, era um decepção. Brinquei por muito tempo com ele, até que meu irmão nasceu e criança pequena não perde a oportunidade de destruir. Começaram a sumir as fichas até que o brinquedo se transformou em uma velha carcaça jogada no lixo.
E para encerrar, mais um brinquedo de sucesso, mas que eu também não tive:
O Pogobol foi lançado pela estrela no natal de 1987 e vendeu 800.000 unidades. Foi relançado entre 1995 e 1996 mas depois disso não foi mais fabricado no Brasil. E para que servia? Simplesmente para pular. As crianças iam para vários lugares pulando no brinquedo. Pular de Pogobol chegou a ser até modalidade em olimpíadas escolares.
Bom, em breve postarei mais brinquedos inesquecíveis dos anos 80 e 90. Você teve um Pense Bem, Papa Ficha ou Pogobol? Seu comentário e sua lembrança serão bem-vindos.
Um abraço.
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