Olá, amigo(a) leitor(a). Neste domingo terminaram as Olímpiadas sediadas em Pequim, na China. Além de toda a festa do esporte, podemos dizer também que foi uma das olimpíadas mais falsárias no quesito "maquiagem", o que mostra que hoje em dia há muito pouco profissionalismo e muita fachada para esconder as imperfeições internas e caprichar na superficialidade. Isso em qualquer aspecto.
Fatos como a tal menina que foi dublada na festa de abertura e que ganhou fama ao invés da verdadeira dona da voz ou a imagem dos fogos que vimos pela TV ser produzida totalmente por computador são alguns dos exemplos da maquiagem que a China usou para a sua olimpíada ser a melhor de todos os tempos. Em se tratando de estrutura física, não podemos negar que ela deu um show; porém, muita coisa ficou a desejar. Não me refiro às medalhas que o Brasil não ganhou - isso irei citar depois -, mas sim toda uma bola de ferro presa aos pés dos turistas, da imprensa e dos atletas.
Tudo bem, houve a preocupação em educar a população para não cuspir no chão, não fazer perguntas indiscretas aos turistas (se estes entenderem, é claro), não soltar pum na rua, diminuir a poluição, entre outras coisas para se tornarem boas anfitriãs. Mas a tal permissão para estrangeiros utilizarem a internet sem intervenção não aconteceu, muitos eram proibidos de acessar certos lugares e etc. Era um "pode-não-pode" que ilustrava diariamente as páginas dos noticiários e os telejornais.
Falando em telejornais, observei durante o período olímpico o quanto pareceu que o Brasil parou. É como se nada estivesse acontecendo no país. Isso porque mais de 50% do horário do telejornal era dedicado às olimpíadas. O restante era dividido em previsão do tempo, guerra entre Rússia e Georgia e algumas pequenas manchetes sobre assuntos cotidianos, além da agenda do presidente. Em virtude disso, eu recorria para os sites de notícias que dividem as matérias por categorias. Alguma coisa estava acontecendo no país e eu tinha que saber.
Já nossos atletas, segundo algumas das mais diversas piadinhas da internet, aproveitaram o verão chinês para pegar um bronze. Os esportes e os atletas que menos esperávamos e torcíamos foram os que trouxeram o ouro para o Brasil. Quer dizer, para o Brasil não. Alí tinha mais um compromisso pessoal em conquistar a medalha do que qualquer outra coisa. A medalha serviu para esses atletas como um "cale a boca e respeite o meu trabalho" a fim de superar alguma espécie de trauma ou crítica sofrida em outros tempos. O ouro veio coincidentemente de três esportes oriundos da elite, constituído por atletas que foram treinar no exterior. Esportes elitizados são mais propícios a trazerem medalha para o Brasil, em virtude dos mesmos não precisarem de um incentivo por parte de governo, instituições de ensino e etc. Vem de berço e da família que pode financiar um treinamento de primeiro nível. Se os Estados Unidos conquistaram 110 medalhas ao todo nessa olimpíada não foi à toa. O incentivo vem desde a escola, passando pela universidade. Resumindo: não adianta reclamar que os atletas brasileiros trazem poucas medalhas. Inclusive, o 23º lugar no quadro de medalhas até que ficou de bom tamanho.
De qualquer forma, parabéns aos atletas que conquistaram medalhas, principalmente aos de ouro. Estes não foram tanto aborrecidos pela imprensa (exceto o vôlei feminino) e puderam trabalhar sossegados. Certamente a Jade Barbosa adoraria ter conseguido esse sossego para trazer umas medalhas também. Mas, coitada da menina. Não a deixaram trabalhar em paz. Transformaram a guria em estrela sem ao menos ela nos trazer medalha. Tem muita gente que acha que o Pan é igual Olimpíadas. Gente, o Pan é constituído em sua maioria por países cujos incentivos, dos quais citei, não existem. Ou seja, não dá pra comparar.
Um abraço e até a próxima.
Fatos como a tal menina que foi dublada na festa de abertura e que ganhou fama ao invés da verdadeira dona da voz ou a imagem dos fogos que vimos pela TV ser produzida totalmente por computador são alguns dos exemplos da maquiagem que a China usou para a sua olimpíada ser a melhor de todos os tempos. Em se tratando de estrutura física, não podemos negar que ela deu um show; porém, muita coisa ficou a desejar. Não me refiro às medalhas que o Brasil não ganhou - isso irei citar depois -, mas sim toda uma bola de ferro presa aos pés dos turistas, da imprensa e dos atletas.
Tudo bem, houve a preocupação em educar a população para não cuspir no chão, não fazer perguntas indiscretas aos turistas (se estes entenderem, é claro), não soltar pum na rua, diminuir a poluição, entre outras coisas para se tornarem boas anfitriãs. Mas a tal permissão para estrangeiros utilizarem a internet sem intervenção não aconteceu, muitos eram proibidos de acessar certos lugares e etc. Era um "pode-não-pode" que ilustrava diariamente as páginas dos noticiários e os telejornais.
Falando em telejornais, observei durante o período olímpico o quanto pareceu que o Brasil parou. É como se nada estivesse acontecendo no país. Isso porque mais de 50% do horário do telejornal era dedicado às olimpíadas. O restante era dividido em previsão do tempo, guerra entre Rússia e Georgia e algumas pequenas manchetes sobre assuntos cotidianos, além da agenda do presidente. Em virtude disso, eu recorria para os sites de notícias que dividem as matérias por categorias. Alguma coisa estava acontecendo no país e eu tinha que saber.
Já nossos atletas, segundo algumas das mais diversas piadinhas da internet, aproveitaram o verão chinês para pegar um bronze. Os esportes e os atletas que menos esperávamos e torcíamos foram os que trouxeram o ouro para o Brasil. Quer dizer, para o Brasil não. Alí tinha mais um compromisso pessoal em conquistar a medalha do que qualquer outra coisa. A medalha serviu para esses atletas como um "cale a boca e respeite o meu trabalho" a fim de superar alguma espécie de trauma ou crítica sofrida em outros tempos. O ouro veio coincidentemente de três esportes oriundos da elite, constituído por atletas que foram treinar no exterior. Esportes elitizados são mais propícios a trazerem medalha para o Brasil, em virtude dos mesmos não precisarem de um incentivo por parte de governo, instituições de ensino e etc. Vem de berço e da família que pode financiar um treinamento de primeiro nível. Se os Estados Unidos conquistaram 110 medalhas ao todo nessa olimpíada não foi à toa. O incentivo vem desde a escola, passando pela universidade. Resumindo: não adianta reclamar que os atletas brasileiros trazem poucas medalhas. Inclusive, o 23º lugar no quadro de medalhas até que ficou de bom tamanho.
De qualquer forma, parabéns aos atletas que conquistaram medalhas, principalmente aos de ouro. Estes não foram tanto aborrecidos pela imprensa (exceto o vôlei feminino) e puderam trabalhar sossegados. Certamente a Jade Barbosa adoraria ter conseguido esse sossego para trazer umas medalhas também. Mas, coitada da menina. Não a deixaram trabalhar em paz. Transformaram a guria em estrela sem ao menos ela nos trazer medalha. Tem muita gente que acha que o Pan é igual Olimpíadas. Gente, o Pan é constituído em sua maioria por países cujos incentivos, dos quais citei, não existem. Ou seja, não dá pra comparar.
Um abraço e até a próxima.
3 comentários:
A olimpíadas são, hoje em dia, a mais grandiosa celebração da hipocrisia.
Países não estão lá para socializar, muito menos para confraternizar, longe disso. Lá tudo é competição, e não estou falando dos esportes.
Lá estão os imperadores romanos presenciando o circo, e jogando pães para a multidão faminta.
A diferença, é que enquanto olhamos as pessoas se digladiando dentro das arenas, os leões fazem a festa do lado de fora.
E onde estão as autoridades? Estão dentro da arena, pois no contexto atual, não passam de platéia.
Saudades do tempo em que os jogos olímpicos eram realizados para homenagear os deuses do olimpo.
Zeus deve estar se revirando em seu trono.
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"Saudades do tempo em que os jogos olímpicos eram realizados para homenagear os deuses do olimpo."
Agora estou me questionando a idade deste rapaz...
E foi em muito boa hora, né. Já estava "inchando las pelotas"...
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