Desde pequeno sou fascinado por tudo referente à Ufologia. Confesso que entendo menos do que gostaria sobre o assunto, mas nada me impede de ter uma certa curiosidade no que diz respeito ao tema. Um documentário, uma reportagem ou até mesmo uma foto ou vídeo suspeito. Acontece que percebo que a tecnologia, ao invés de ser aliada desse tipo de estudo, passou a ser a grande vilã.
Hoje, com a proliferação de softwares como editores de vídeo, imagens e áudio - acessíveis de forma prática e com manuseios 100% domésticos - tem se tornado cada vez mais difícil dar credibilidade a qualquer novo "furo" e "descoberta" de Ufologia.
Antes, quando esse tipo de tecnologia não era tão acessível por pessoas comuns, era mais fácil acreditar que tal foto era real, que o vídeo era verídico. Quando me refiro às pessoas comuns, quero dizer que quem poderia cometer esse tipo de fraude só poderiam ser fotógrafos profissionais, produtores de televisão e, mais, com equipamentos que somente esses tipos de profissionais teriam acesso. Ao contrário de hoje, que adolescentes podem simplesmente simular uma invasão alienígena de dentro do seu próprio quarto. Resumindo: os avanços tecnológicos avacalharam a Ufologia, tornando-a motivo de piada.
Apesar de todos esses contras, ainda me mantenho curioso e atento a novos fatos sobre o assunto. Não é possível afirmar que não exista vida em outra parte do Universo, fora a Terra. Seria um tremendo de um egoísmo acreditar que só neste planeta azul em que vivemos pode existir vida. E a vida inteligente? Alvo de estudos há muitos anos pelos ufólogos? Bom, outro dia eu li algo que responde perfeitamente esta pergunta. A frase dizia mais ou menos assim: "A maior prova de existência de vida inteligente fora da Terra, é o fato deles nunca terem feito contatoconosco."
Faz sentido...
Pra encerrar este texto, nada como um dos diversos vídeos que dividem as opiniões dos ufólogos. Seria um OVNI ou um simples balão pontudo?
Olá. O Poeira Publicitária de hoje destaca uma das técnicas bastante utilizadas na Publicidade: a de utilizar famosos na divulgação de um produto ou serviço. Enfim, uma marca nas mãos de uma celebridade.
Pudemos perceber, aos longos dos anos, a mudança do perfil das sandálias Havaianas. Deixaram de ser sandálias de mercearia e passaram a ser sandálias de grife, conhecidas e respeitadas mundialmente. Boa parte dessa mudança se deu ao fato de associá-la às celebridades, atrizes e atores famosos. Daí pra frente foi só dar continuidade no trabalho de logística, ponto-de-venda e valorização da marca. Mas antes mesmo desse status todo, ela já associava a sua marca a rostos conhecidos da televisão. O pioneiro dessa empreitada das Havaianas foi o Chico Anysio, como podemos ver no vídeo abaixo.
Mas foi no início dos anos 90 que a Havaianas conquistou o seu status TOP e passou a ser vista como um calçado moderno, fino e para todos os gostos, graças a constantes campanhas com celebridades que até hoje ilustram as campanhas do produto.
Na primeira metade da década de 60, um famoso casal da TV brasileira, era o protagonista da extinta rede de lojas Ducal, especializada em roupas masculinas. Já nessa época, era percebida a importância dos famosos na Publicidade, coisa que dava muito certo nos Estados Unidos. O casal: Tarcício Meira e Glória Menezes.
Bom, agora tem uns que realmente chamam mais atenção pela bizarrice do que qualquer outra coisa, e só o Youtube pode nos proporcionar esses momentos de humor.
Comercial do casal do momento para a imobiliária carioca Francisco Xavier. Dizem as más línguas que depois desse romance ela se tornou a Rainha dos Baixinhos. É o que dizem por aí. Eu não acho nada.
Olá a todos. Chega o momento de relembrarmos mais alguns clássicos que marcaram a infância de muita gente. O primeiro é este, que estava há tempos na fila:
Quem já não se desesperou e torceu para que a criança escolhesse a porta certa? A porta que teria dezenas de brinquedos e que você sonhava em ter também. Quando não, alguém vestido de macaco para assustar. Assim era a "Porta dos Desesperados", um dos quadros do programa infantil apresentado pelo elétrico Sérgio Malandro. Um quadro que divertia e animava não somente os participantes, mas a molecada que assistia em casa. Se fosse nos tempos de hoje, certamente iriam tirar o programa do ar por alegarem que o quadro provoca nervosismo, ansiedade e taquicardia nas crianças. Sinceramente, hoje andam com muita frescura.
Esta aqui poucos lembram:
Mas eu lembro muito bem. KIKO - com "k" mesmo - foi um programa exibido na Tv Bandeirantes em 1991. Sim, era o mesmo personagem da Turma do Chaves mas em sua, digamos, carreira solo. A TV Bandeirantes exibiu três séries: uma em que ele morava em um prédio, outra em que ele era um humilde vendedor de Jornais e por fim a que ele era um funcionário de um hotel. Esta aparentava um Kiko mais adulto. As três séries foram exibidas uma após a outra. Eu particularmente gostei mais da primeira, pois era a que se aproximava mais do personagem da turma do Chaves. Inclusive o vídeo que ilustra este texto é da de um episódio completo desta série. Assisti à todas elas e achava bastante engraçado. Na época eu tinha meus oito, nove anos.
Duas cenas marcantes (a da primeira série) foi quando ele permitiu que ladrões limpassem o apartamento dele achando que os delinquentes fossem pessoas boas. Quando seus pais voltavam (sim, ele morava com os pais) quase tiveram um treco. A outra cena era quando ele estava na cozinha seguindo uma receita e os ingredientes estavam todos na geladeira. A receita sugeria que ele mexesse todos os ítens. Foi quando ele teve a "brilhante" ideia de sacudir a geladeira. Por questões de direitos autorais entre Televisa e SBT, a Bandeirantes não pôde mais transmitir a série. Nunca teve reprise. Quem pôde ver, teve sorte. Ah, só lembrando que a carreira solo do personagem fazia parte de um conjunto de séries de muito sucesso no México chamada "Ah! Que Kiko".
É isso aí. Bons tempos que não voltam mais. Até a próxima.
Antes e dar início ao texto de hoje, transcrevo aqui o que diz a nossa Constituição a respeito da Liberdade de Expressão:
(...) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Tudo muito bonito, empolgante, mas nada disso funciona. Desde as “Diretas Já” que ouvimos pessoas se queixarem de que não têm a liberdade de direito para se expressarem. Hoje, com a explosão dos blogs e ferramentas como twitter, controlar isso tem se tornado uma tarefa mais difícil. Não impossível, aliás, caso sintam-se ofendidos com a verdade, basta entrar com a tal ação judicial e retirar do ar. Entra novamente o bloqueio na liberdade de expressão.
Nossa liberdade é bloqueada em todos os lugares. Na família, na escola, na igreja, no trabalho, na intimidade. Por favor, não confundam liberdade de expressão com falta de respeito. Acredito que cada um deve preservar os limites dos outros. Dar créditos ao próximo para que este exponha suas opiniões. O que não pode existir é o impedimento da divulgação de ideias.
A exposição de conceitos, analogias e diferentes pontos de vista enriquece o conhecimento e nos proporciona diferentes ângulos de compreensão. Estar fadado a exclusivamente um único raciocínio nos remete à cegueira e à manipulação dos "donos da verdade". É assim quando denunciamos um político corrupto e este responde com ameaças, quandos nos tiram o direito de ir e vir. Quando se criam leis que, ao invés de fortalecer a liberdade, impede-nos de agir ou de exercer um ofício ou uma atividade.
Vale lembrar da lei paranaense (no Governo Requião) que proibia a utilização de palavras estrangeiras na Publicidade no estado e que graças ao bom senso da justiça, considerou a tal lei inconstitucional. Mas o que vemos de inconstitucionalidade por aí, não está no gibi. Ainda falta muito para o país perder o conceito ditador sobre os ideais dos cidadãos. E pode ser que antes que acabe essa ditadura, a mesma volte exilando brasileiros formadores de opinião e, com o perdão da palavra, baixando o cacete no direito de se expressar.
Estamos no Século XXI.
Que possamos nos modernizar cada vez mais. Não adianta bater o pé no chão. A globalização chegou. Deixem-nos expressar e exercer nossas atividades.
Olá a todos. O Poeira Publicitária deste mês relembra comerciais antigos do tempo em que as cores da TV se resumiam em preto e branco. Bom para observarmos como era feita a Publicidade naquela época. Vejamos três comerciais clássicos com esta característica:
O Leite Sol tornou-se o preferido da criançada no início da década de 60 em virtude deste comercial. Nada como uma animação e um jingle animado para fazer com que a campanha fosse um sucesso e também a preferência das donas de casa em cada ida ao supermercado.
Toddy dá inteligência! Que apelo, hein? Provavelmente este apelo não seria permitido nos dias de hoje. Ou sim, vai saber. Hoje a preocupação com a Publicidade enganosa está mais evidente. O CONAR marca em cima. O que sabemos é que o Toddy é o principal concorrente do Nescau e há décadas disputa espaço na mesa dos consumidores de achocolatados em pó.
O casal Gotinha Esso foi a mascote da empresa nos anos 50. Foram criados vários VTs para divulgar os produtos Esso. O casal se tornou bastante popular com o comercial sendo transmitido no horário nobre da TV brasileira. Até hoje o casal é lembrado e deixou para sempre a sua marca na memória da Publicidade brasileira.
Olá. Dando início a postagem, falarei de 3 séries que marcaram a minha infância e de muita gente que passa por aqui. Uma americana, uma japonesa e outra brasileira.
A primeira:
A Extraterrestre (Out of This World) foi uma série transmitida pelo SBT no fim da década de 80. Sua personagem principal era uma adolescente cujo pai era um extraterrestre e, por isso, ela tinha alguns poderes. O poder que mais me encantava era o de parar o tempo com a união dos dedos indicadores. Até hoje, em situações em que o meu tempo é escasso, tenho vontade de ter esse poder. É quando lembro desta série.
Jiraya foi uma série exibida na extinta TV Manchete também no fim dos anos 80. Alguns anos depois, teve uma exibição ainda na fase inicial da Rede TV no fim dos anos 90. Embalou a infância de muita gente que estava no auge do Jaspion e Changeman, outras duas séries japonesas de muito sucesso por aqui.
A série Mundo da Lua foi exibida pela Rede Globo e TV Cultura - com mais frequência nesta - no início dos anos 90, mais precisamente em 1991. Lucas Silva e Silva, a grande estrela, era o garoto que realizava todos os seus sonhos através do seu gravador. Era uma espécie de diário. Para reforçar o elenco, estavam Antônio Fagundes e Gianfrancesco Guarnieri. Aqui, você pode assistir a um dos episódios da série. Eu não perdia nenhum. A série ainda é transmitida pela TV Cultura em épocas alternadas.
Olá, amigo(a) leitor(a). O tema de hoje do Poeira Publicitária é conscientização. Sabe aquelas propagandas em que o propósito é conscientizar as pessoas a ajudarem alguém ou deixarem de fazer algo maléfico? Pois é. Mostro hoje dois comerciais que marcaram época e que até hoje permanecem vivos na lembrança de muitas pessoas.
Criado pela Agência DPZ em 1980, o filme "Morte do Orelhão" contribuiu para que diminuisse o número de ataques por vândalos aos telefones públicos de São Paulo. O vídeo foi premiado. Infelizmente o vandalismo é um dos graves problemas das grandes cidades e, em muitos casos, é cometido por jovens mimados de classes média e alta.
Próximo:
Nos anos 90, a agência DM9DDB desenvolveu gratuitamente este belíssimo filme para um grupo de pais de crianças portadoras da Síndrome de Down. O vídeo encantou os brasileiros e ganhou diversos prêmios internacionais. Para acrescentar: foi em virtude deste comercial que a banda Radiohead tornou-se conhecida no Brasil.
Para encerrar, posto mais um vídeo que não tem tanta poeira assim; mas eu não poderia deixar de fora e aproveitar o embalo do tema de hoje:
Desenvolvido pela Y&R, o vídeo para a Santa Casa conscientiza as pessoas a serem doadoras de órgãos. E o resultado foi satisfatório. Em apenas três meses de veiculação da campanha, a Santa Casa aumentou a captação de órgãos em 30%.
Campanhas das categorias citadas na postagem de hoje são bastante comuns no exterior. E, além do mais, muitas delas são chocantes ao extremo. Em breve postarei aqui algumas campanhas internacionais com temas de conscientização. Os publicitários gringos não têm piedade quando se trata desse assunto.
Olá. Trago no Memória 80/90 de hoje mais uma série de desenhos animados que fizeram parte da infância de muitos leitores deste blog. Vamos relembrar juntos, então.
O Pole Position foi um desenho que surgiu no auge dos videogames. Com o sucesso que os games estavam conquistando no início dos anos 80 (ver última edição no Memória 80/90), a tendência foi que alguns desses games também se tornassem desenhos animados. O Pole Position foi nessa onda, após ter sua popularidade em alta no Atari. O sucesso do desneho nos Estados Unidos não durou muito tempo em meio à crise dos videogames, mas no Brasil fez parte da grade infantil do SBT e hoje nos traz muitas lembranças.
O desenho foi originado da série que fez grande sucesso nos anos 80. A diferença da série para o desenho é que Punky Brewster, a garotinha abandonada pelos pais, tinha um amigo que vivia do outro lado de um arco-íris: o Glover. Todos os seus amigos da série participam do desenho; inclusive o Henry (Arthur Bicudo), seu pai adotivo. Particularmente eu gostava mais do desenho.
Ah, esse eu gostava muito. Os Fantasmas foi um desenho que deu continuidade à série Trio Calafrio produzido por atores reais na década de 70. O desenho foi exibido pelo SBT entre os anos de 1988 e 1993. Era meio que confundido com o desenho do filme Caça-Fantasmas que foi lançado na mesma época. Os heróis Jake, Eddie e o gorila Tracie se metiam em várias confusões combatendo os mais diversos violões e, é claro, fantasmas.
Ah, a nossa velha infância. Um abraço e até a próxima.
Em 1996, as escolas da rede estadual do Estado de São Paulo ficaram proibidas de reprovarem seus alunos. O argumento? Diminuir a evasão escolar. Depois, outros Estados resolveram fazer o mesmo. Talvez para o sistema educacional aparecer bonito anos depois em estatísticas ilusórias de desempenho da educação brasileira - em se tratando de aprovação, é claro. Só sei que nunca fui a favor desse projeto.
Já paguei por ter sido vagabundo (isso mesmo) durante um ano letivo no ensino fundamental. Fiz a 5ª série novamente porque tinha preguiça de estudar, só levava as coisas na brincadeira. Isso foi em 1994, após ter completado 12 anos de idade. Eu já havia perdido um ano por ter entrado com atraso na escola e a situação se agravou mais ainda. Apesar de ter aprendido a ler praticamente sozinho aos cinco anos por meio de gibis, tive meus momentos precoces e também tardios.
Mas nada foi tão traumatizante e ao mesmo tempo motivador do que ter que repetir o ano. Aprendi muitas lições com isso. Não estou querendo dizer que ter repetido o ano foi um mérito pra mim. Pra ser sincero, tenho até vergonha disso. Mais vergonha ainda senti dos professores da época, que me consideravam um aluno exemplar. Após isso também não fui o primeiro da classe e nem era o considerado santo. Comportamento normal.
Agora, por causa de uma tal de progressão continuada, os alunos não podem mais reprovar. Tadinhos deles. Vai atrasá-los na escola se reprovarem. Resultado disso: o analfabetismo funcional. O que se vê de gente escrevendo errado com o ensino médio completo não é brincadeira. E isso se estende para o curso superior. Isso quando esse aluno se preocupa em cursar uma universidade.
Há teóricos, pedagogos e pais que aprovam o sistema. Utilizam vários argumentos em defesa. Mas os argumentos de quem é contra ainda são maiores. E por incrível que pareça, tem até mãe querendo acabar com isso com o argumento de que o filho não aprende nada e sai da escola mais burro. Culpa dos professores? Em parte sim. Mas sou a favor da frase que diz que a escola é o aluno quem faz. E isso ganha mais força ainda no ensino superior.
Contudo, fico feliz em saber que tem alguns lugares que já perceberam que isso é a maior besteira e estão fazendo de tudo pra voltarem a ser como era antes. A cidade de Várzea Paulista , no interior de São Paulo, acabou com a progressão continuada. Ou seja, se não alcançou a média está reprovado. E ponto final. É no mínimo o correto.
Olá a todos! Depois de um texto cheio de saudades, onde relembrei os meus bons tempos do Ensino Médio, publico hoje a primeira edição do Poeira Publicitária de 2009. E para uma volta em grande estilo, a edição de hoje mostra mais uma vez os comerciais antigos que são os meus preferidos: os de automóveis.
Não sei se em 1978 todos amavam esse carro da mesma forma que hoje muitos nem cogitam em tê-lo (usado, é claro). Mas, como sugeriu o comercial, ele talvez tenha sido mesmo o mais amado do Brasil. O carro foi lançado na década de 70 e o seu nome é uma homenagem à capital federal, que na época era símbolo de cidade jovem e moderna; características estas que associaram ao veículo. Resumindo: um dia Brasília já foi carrão.
Na década de 80 a Ford lançou a Pampa, derivada do Corcel II. Em cada novo lançamento, o automóvel se fazia presente na mídia. O comercial acima é de 1984 e serviu para o lançamento da Pampa 4x4, que na época era o único veículo pick-up derivado de um carro de passeio com tração nas quatro rodas. O sucesso da Pampa foi tão grande que até hoje - para muitas pessoas - ela é sinômimo de pick-up.
E para encerrar:
O Palio foi lançado em 1996. Depois surgiram os outros veículos da linha Palio como o Strada (1998), Siena (1997) e o Weekend (fim de 1996). No começo, o Palio era somente mais um carro no meu ponto de vista. Mas depois desse comercial de lançamento do Weekend, eu passei a olhar a família Palio com outros olhos. E acredito que não foi somente eu, mas muitos se encantaram com esse comercial que se tornou inesquecível. A procura não foi somente pelo Weekend. Toda a linha Palio explodiu em vendas. Isso foi o princípio do sucesso da Fiat nos anos 2000. Ninguém mais via aquela fabricante italiana que se instalou no Brasil nos anos 70, com ar de desconfiança. A Fiat estava consolidada definitivamente. Enfim, os peixinhos do Fiat Palio ficaram para sempre na memória da Propaganda brasileira.
Há dez anos, os primeiros dias de 1999 foram marcados pela ansiedade de encontrar um novo mundo. Um mundo diferente daquilo que antes eu vivia. E eu tinha a completa certeza de que teria uma mudança total em minha vida. Seriam novos hábitos, novos comportamentos, novas pessoas das quais eu iria dividir momentos inesquecíveis.
Essa ansiedade foi interrompida por um trágico problema familiar que durou por alguns meses e que a mão de Deus (literalmente) contribuiu para que tudo voltasse aos poucos à normalidade. Problema este que hoje só quero esquecer.
Agora, o que não quero esquecer foram os momentos incríveis e marcantes que paralelamente a esse infeliz ocorrido me acalmaram e por muito tempo depois me fizeram crer que estava dando um novo passo em minha vida.
Entre paredes de concreto cercadas do mais intenso verde, descobri que os ensinamentos da vida estavam nas coisas simples, na união, nos sorrisos, na música, no abraço do próximo.
Tratava-se de uma segunda-feira nublada com ameaças de chuva, típica de época do ano na cidade de Manaus-AM. Dezenas de jovens entre 13 e 17 anos encontravam-se concentrados e ao mesmo tempo dispersos, meio desconfiados, olhando um para o outro, sem saber que aquele desconhecido ao lado até o momento, iria se tornar o seu amigo do peito, o seu irmão e que você seria capaz de defendê-lo a todo custo.
Após um sinal com som de sirene, todos se dirigiram ao espaço de alguns metros quadrados que seria o abrigo cultural daqueles 40 jovens que depois foram se somando a outros e formando assim uma família. Esse mesmo sentimento do novo era sentido nos outros três espaços, que também foram preenchidos por mais 40 jovens cada um.
Aos poucos aqueles rostos que antes eram estranhos, foram se conhecendo, se descobrindo e cada cantinho daquele novo lugar era explorado, pois seria lá a segunda casa de todas aquelas pessoas.
Eu fazia parte desse cenário. Um ambiente onde era bonito ver diferentes classes sociais se juntando sem se importar pelo o que um tinha e o outro não. A amizade e o carinho pelo próximo falavam mais alto. As indiferenças eram defendidas pela camaradagem, mesmo que fossem em um salto ao vento para defender um amigo em apuros. As rodas de violão; a aproximação com a música; os mestres que se mostravam ao mesmo tempo amigos e atenciosos; os servidores que mesmo com caras de mau só queriam o nosso bem; os estudos em grupo; as festas temáticas; as rodadas de sorvete na estação de ônibus; as gincanas onde cada metro quadrado daquele que citei, disputavam um com o outro de forma sadia e divertida; as brincadeiras, algumas de mau gosto, é claro, mas que tinham apenas um objetivo: arrancar um sorriso no rosto de cada um.
Para a maioria, se passava mais tempo naquele lugar do que em suas próprias casas. Era o berço cultural, o berço da amizade, o berço da emoção. Embalados por um clima de harmonia e felicidade (tristezas também), esses jovens puderam conviver durante três anos um prazer para ser levado para toda a vida. Alguns ficaram no meio do caminho, outros se foram para outros lugares, mas cada um deixou sua marca, a sua lembrança, a sua paz.
E no último dia, já em 2001, quando o silêncio e o vazio praticamente tomavam conta daquele lugar, poucos ainda faziam questão de estarem ali. Olhando e guardando na memória cada pedacinho, fazendo uma espécie de retrospectiva - na mente - de todos os momentos ali vividos durante aqueles três anos. Algumas lágrimas caíram de alguns olhos, umedecendo a face que tanto sorriu. Era uma lágrima que dizia que encerrava ali uma etapa da vida que não voltaria, mas que o aprendizado e a formação estavam concluídos. Não somente uma formação escolar, mas uma formação pessoal, de vida, de caráter. Muitos entraram ali meninos e meninas e saíram homens e mulheres, mesmo que ainda como se fosse um bebê aprendendo a andar.
No ano seguinte, nada daquilo existia. Não haviam mais os velhos rostos, as paredes, as reuniões, as responsabilidades... O caminho agora era outro. Novas responsabilidades estavam surgindo. Contudo, nada fez separar e acabar com aquela amizade. Nunca foi possível reunir todos juntos outra vez. Mas, o certo é que a essência continuou viva e perdura até hoje, apesar da responsabilidade e da distância que, por muitas vezes, afasta em um cotidiano aqueles meninos de outrora.
A lembrança ainda existe. Dez anos se passaram e quando esses homens se reencontram, eles voltam a ser aqueles mesmos meninos que brincavam, se uniam e cresciam em um ambiente chamado UnED.
É com orgulho que posto a primeira edição do Memória 80/90 do ano. O de hoje foi inspirado em uma conversa que tive durante a semana passada sobre tecnologia e o rumo chegou aos games. Vamos a eles, então.
Falou em símbolo de tecnologia dos anos 80, falou em Atari. O vídeo game revolucionário, a sensação da garotada (de alto poder aquisitivo dos pais, é claro). O aparelho Atari 2600 (principal da empresa) chegou ao Brasil em 1983 e foi uma febre. Muitos de seus jogos são conhecidos até hoje. O console foi o pioneiro na venda de jogos separadamente por meio de cartuchos. A empresa fabricante lucrou tanto com a venda do game que a ganância subiu à cabeça de seus proprietários. Resultado: muitos funcionários, programadores e colaboradores que eram os maiores responsáveis pelo sucesso do jogo decidiram sair da empresa e se tornarem concorrentes. A concorrência aumentou e isso foi despencando as vendas da Atari. A qualidade dos jogos da concorrência era sem dúvidas superior. Além do mais, meio que obrigaram um dos melhores programadores a produzir um jogo em tempo recorde (a méda era de 5 meses) para chegar ao mercado no natal de 1983. O jogo foi um desastre e isso só contribuiu para a falência da empresa. Apesar disso, nada tirou o símbolo saudosista anos 80 do Atari 2600. Ah, qual era o jogo? E.T. the Extraterrestrial.
Por sua vez, o Odyssey, video game lançado pela Philips em 1981 (1983 no Brasil), foi um forte concorrente no auge do Atari. Seu formato parecido com os microcomputadores da época, por possuírem um teclado embutido, foi o grande diferencial. Mesmo não tendo o mesma popularidade do Atari, o console foi líder de vendas na Europa e popularizou no Brasil o famoso jogo Pac Man, conhecido por nós por Come-Come.
O início dos anos 90 foi marcado pelo sucesso do console Mega Drive de 16 bits, fabricado pela Sega. Seu jogo mais famoso era do personagem Sonic, um ouriço azul que salvava os animais de seu planeta. No Brasil, foi comercializado pela Tec Toy, fabricante de brinquedos eletrônicos. O Mega Drive colocou em definitivo no fundo do baú os outros games de 8 bits dos anos 80.
Para competir com o Sonic, eis que surge o Mario com o Super Nintendo - ou SNES- no ano de 1992, que foi o console mais popular dos anos 90, fazendo da Nintendo a líder do segmmento, chegando a vender mais de 50 milhões de modelos em todo o mundo. (O meu ainda está guardado em uma caixa). Todo esse sucesso contribuiu para que o video game se popularizasse com dezenas de opções de jogos de 16 bits até o ano de 1997 quando deixou de ser fabricado, dando espaço para os games de 32 e 64 bits. Mas até hoje, os jogos do Super Nintendo são muito queridos e procurados.
A tecnologia sempre nos surpreende. Um abraço e até a próxima.
Olá. Todos sabem que a partir de agora serão adotadas algumas mudanças na Língua Portuguesa a fim de unificá-la entre os países que falam este idioma. Bom, não será exigido pra agora e temos até 31 de dezembro de 2012 para nos adaptarmos. O problema é a confusão que isso vai gerar na sala de aula. A Língua Portuguesa é complexa, difícil de entender em alguma regras. Afinal, são tantas regras que você acaba tendo uma dúvida de supresa em algum momento do dia.
Acredito que a Língua Portuguesa quando bem falada e escrita dá até gosto de saber que vale a pena todo o esforço para aprender (não decorar) todas aquelas regrinhas. Mas, imagine uma criança que acabou de sair do primário e que vai cursar a segunda metade do Ensino Fundamental com essas novas regras. Ela aprendeu "lingüiça" ao invés "linguiça". Tudo bem, eu particularmente, já havia aposentado o trema há muito tempo pelo fato dele ser facultativo. Acontece que essa bendita criança aprendeu que o trema servia para identificar as palavras onde o "u" era pronunciado. Agora qual argumento vão falar para o guri que a linguiça que ele come deve ter o "u" pronunciado? "Ah, professora. 'preguiça' não tem que falar o 'u', por que eu tenho que falar em 'linguiça'?". Estou vendo que essa criança crescerá traumatizada.
E não é exagero. Hoje, há muitos profissionais que trabalham diretamente com redação e que escrevem absurdos em seus trabalhos. Refiro-me àqueles que têm a escrita como sua ferramenta principal de trabalho. Tem muitos docentes em ativdade que não se preocupam em escrever e falar um Português correto, sendo que eles nem têm idéia de que são um exemplo para jovens sedentos de aprendizado. E qual o motivo de um cidadão desse pecar com o Português? Certamente porque ele achou um saco estudar todas aquelas regrinhas. Confesso que eu, que sou bastante rigoroso no quesito gramática, nunca tive paciência para estudar as regras do Hífen. Este, por sinal, tem uma lista enorme de alterações com a reforma. Nunca fui bom com ele e sempre que preciso usá-lo, tenho que recorrer à Gramática. A propósito, acabo de lembrar que a minha está desatualizada e boa parte do que tem nela não serve mais. E lá vamos nós mais uma vez.
Outra coisa: como que vai colocar na cabeça do povo que o certo agora é "mandachuva" ao invés de "manda-chuva"? "Mêu fio, eu nem sabia que tinha tracinho. Escrevinhava tudo separado". É outro desafio que deverá ser encarado pela nova Ortografia: as características culturais. Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-oeste possuem seu linguajar próprio. A linguagem verbal é bastante diferenciada. Tem o fator geração também. Há ainda idosos que escrevem "êste" porque eles aprenderam assim. Da mesma forma que há crianças que vão custar a compreender na escola qual palavra terá o "u" pronunciado ou não. Sem contar que em Portugal o negócio também está pegando. Como será unificada uma língua que é tão diferente em dois países? Outro dia mesmo, em um ponto de ônibus, um senhor português puxou papo comigo. Confesso que dos 10 minutos de tempo que dei atenção a ele, não entendi nem a metade do que ele disse. É daí que se reforça aquela velha história da Língua Brasileira.
Antes que pense mal de mim, eu não estou reclamando. É até muito bonita a ideia (estranho não acentuar esta palavra) de deixar todos os países que falam a Língua Portuguesa escreverem e falarem igualzinho. Até entendo o argumento de fortalecer o idioma no mundo; mas, cá pra nós, isso vai ser complicado demais. Vai dar muito nó na cabeça das pessoas.
Pra finalizar, algumas das novas regras feriram e magoaram bastante aqueles que têm o prazer de escrever um Português correto. Diga-me se não era um prazer acentuar a palavra "para", quando ela se referia a um verbo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Agora não podemos mais.
Tudo bem. Você para para agradar a reforma. (Hunf!¬¬)