Olá. Como estamos entrando na semana do natal, apresento hoje no Poeira Publicitária alguns clássicos de campanhas para esta época do ano. Eis o primeiro:
Comerciais de natal são sempre assim: acompanhados de um jingle memorável. O comercial acima pertenceu à década de 60 e teve um dos jingles mais conhecidos da Varig. Além do mais, o fato de ter sido um desenho animado e possuir um jingle inesquecível; o comercial fez muito sucesso com a garotada.
O próximo:
A Coca-Cola sempre associou muito bem o seu produto ao natal. O Papai Noel é um exemplo disso. Fora os caminhões iluminados fazendo a festa nas cidades numa ação de Marketing incrível.
Para encerrar, eu não poderia deixar de fora este comercial:
O banco quebrou em 1995, mas uma coisa boa que ele deixou foi este comercial que, por muitos anos, marcou o natal durante os intervalos comerciais. Existiram outras versões, mas o jingle está na memória de muita gente.
Desejo a todos um feliz natal e um 2009 repleto de coisas boas. Não esqueçam do verdadeiro motivo desta festa: o menino Jesus.
O Mundo Rocha volta oficialmente em Janeiro. Até lá.
domingo, 21 de dezembro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 13
Olá. Chegou o momento de relembrarmos os anos 80 e 90. É a hora de voltarmos no tempo e eu o convido para esta viagem que o Mundo Rocha pode proporcionar a você. Domingo é o dia de descansar e recuperar as energias para a semana que começa. Tem aquelas pessoas que preferem dar um passeio, outras dormirem e tem aquelas que se esbaldam na frente da TV com a programação que, para muitos, já está mais que batida. Claro que os programas de domingo deixam a desejar, mas relembro hoje algumas aberturas antigas de programas tradicionais desse dia da semana. Alguns ainda existem, outros não.
Vamos ao primeiro:
Esse cara está há mais de 1.000 domingos invadindo as casas dos brasileiros com seu programa de auditório. Dono de um jeito único de apresentar, o programa Domingão do Faustão já passou por muitos altos e baixos. Há quem o deteste, mas certamente há quem o adore. Afinal, são quase 20 anos de programa no ar. A abertura acima foi a primeira que o programa teve, cuja estréia se deu em março de 1989.
Continuando o domingo:
Há mais de 30 anos, o Fantástico é o programa jornalístico que resume as notícias da semana.Para muitos, após o "boa noite" de despedida dos apresentadores, é o sinal de que o domingo acabou pra valer e que já é hora de se recolher para encarar a segunda-feira no dia seguinte. Realmente dá aquela sensação de que o fim de semana acabou de vez. Essa abertura marcou os domingos de muitos brasileiros.
Hoje o Fantástico tem essa impressão de fim de domingo; mas por muito tempo durante os anos 90, quem encerrava a noite era mesmo o programa Topa Tudo Por Dinheiro do Sílvio Santos. E quem mais tem cara de Domingo, além do Sílvio Santos? Hoje ele tenta imitar o programa em alguns quadros de sua programação de domingo.
O meu domingo também acabou e desejo a você uma ótima semana.
Abraços.
Vamos ao primeiro:
Esse cara está há mais de 1.000 domingos invadindo as casas dos brasileiros com seu programa de auditório. Dono de um jeito único de apresentar, o programa Domingão do Faustão já passou por muitos altos e baixos. Há quem o deteste, mas certamente há quem o adore. Afinal, são quase 20 anos de programa no ar. A abertura acima foi a primeira que o programa teve, cuja estréia se deu em março de 1989.
Continuando o domingo:
Há mais de 30 anos, o Fantástico é o programa jornalístico que resume as notícias da semana.Para muitos, após o "boa noite" de despedida dos apresentadores, é o sinal de que o domingo acabou pra valer e que já é hora de se recolher para encarar a segunda-feira no dia seguinte. Realmente dá aquela sensação de que o fim de semana acabou de vez. Essa abertura marcou os domingos de muitos brasileiros.
Hoje o Fantástico tem essa impressão de fim de domingo; mas por muito tempo durante os anos 90, quem encerrava a noite era mesmo o programa Topa Tudo Por Dinheiro do Sílvio Santos. E quem mais tem cara de Domingo, além do Sílvio Santos? Hoje ele tenta imitar o programa em alguns quadros de sua programação de domingo.
O meu domingo também acabou e desejo a você uma ótima semana.
Abraços.
sábado, 11 de outubro de 2008
Que país é este?
Olá amigo(a) leitor(a). Há três semanas, a seguinte manchete ilustrou a capa de um jornal dos EUA: “Presidente Evo Morales, do Brasil, tenta conter violência". Sabemos que não é de hoje que os americanos e demais países do primeiro mundo desconhecem ou conhecem muito pouco dessa nação chamada Brasil.
Brasil, um extenso território onde não há ruas, somente florestas onde as pessoas andam semi-nuas, as mulheres se prostituem, a violência é incontrolável (se bem que...), há macacos e cobras dividindo o mesmo espaço das pessoas... Sem contar que a Amazônia não faz parte desse território. Um episódio dos Simpsons ilustrou muito bem esse ponto de vista.
Acontece que quando a mídia expõe demais um fato, este acaba se tornando característica. Se lá fora as pessoas acham que só andamos pelados, tem um carnaval aí para evidenciar isso. Vale lembrar um fato ocorrido no Rock in Rio III, em 2001, quando a polícia prendeu o baixista da banda Queens of the Stone Age após ele subir ao palco completamente nu. Após ser detido, o músico argumentou: “"Todo mundo aparece nu na televisão aqui na época do carnaval; achei que não tinha problema."
Tudo bem, assim como os americanos não sabem bulhufas do que é o Brasil e tem impressões erradas ou precipitadas de nós, certamente temos impressões erradas deles também ou sabemos muito pouco.
Mas o que eu vim falar aqui não foi dessa impressão errada e pouco conhecimento no que diz respeito à Brasil por parte dos estrangeiros, mas sim do que NÓS pouco conhecemos do país em que vivemos.
Sabemos muito bem que a enorme extensão territorial de um país como o Brasil resulta em diferentes culturas. É como se fossem vários outros países dentro do Brasil. Isso acontece em virtude das diferentes colonizações que tivemos durante esses mais de 500anos. Existe isso dentro de um único Estado, imagine dentro de mais de 8 bilhões de Km².
O fato é que muitos de nós desconhecemos ou pouco nos importamos em saber informações de outros lugares do Brasil. Observei que o Sul e o Sudeste brasileiro, assim como boa parte do Nordeste, têm uma visão totalmente diferente do Norte do país. Este, por sua, vez resume Sul e Sudeste apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, talvez por causa do futebol. E Brasília, a capital federal? Onde fica no meio disso tudo. Talvez fique no meio disso tudo...
Fui testemunha de um grande choque cultural ao sair do Amazonas para morar no Paraná. Cultura totalmente diferente, hábitos rotineiros que aos poucos fui tomando parte para o meu cotidiano. Já tinha sofrido um choque parecido quando fui ao Rio Grande do Sul. Sair de um extremo ao outro do país é uma experiência fascinante. Por mais que no norte do país existam cidades que são verdadeiras selvas de pedra como Manaus e Belém, a visão que as outras partes do país têm de lá são somente florestas e índios. E mais: deparei-me com uma situação nova para mim. Já ouvi diversas vezes comentários se referindo à Manaus como uma cidade do Nordeste.
No começo até pensava que se tratava de uma brincadeira, fruto da enorme migração de nordestinos para o Norte do país, mas depois percebi que era mesmo verdade: tem gente que não sabe onde fica o Amazonas; qual é a capital de Rondônia; acham que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são a mesma coisa e por aí vai. O meu maior desejo é conhecer um pouquinho de cada Estado brasileiro, nem que se resuma apenas na capital. Admiro a diversidade cultural, os traços físicos e os sotaques que cada povo possui. Além é claro de me orgulhar em dizer com exatidão onde fica determinado lugar. É o mínimo para não cometer gafes por aí.
Por isso, volto à manchete que introduziu o texto de hoje. Quem somos nós para criticar os americanos que não sabem qual é a nossa capital ou o nome do nosso presidente se mal conhecemos o nosso próprio país? Deixo aqui a minha dica. Conheça mais um pouco o Brasil, nem que seja por fotografias e textos em livros, revistas ou sites da internet. Garanto a você que será uma excelente viagem.
Um forte abraço e até a próxima.
domingo, 28 de setembro de 2008
POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 08
É com enorme prazer que tiro a poeira do baú e resgato hoje inesquecíveis comerciais da Propaganda brasileira. Inesquecíveis porque até hoje eles estão presentes no dia-a-dia das pessoas. Os slogans e os bordôes se tornaram tão populares que muitos falam involuntariamente sem ao menos saber que um dia pertenceu a um comercial. Ponto para a marca anunciada.
Eis o primeiro:
"Não é assim uma Brastemp". Após a campanha, isso passou a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas. Em tudo o que não era considerado perfeito, mandavam logo essa memorável frase. "Troquei meu carro por outro mais novo. Não é assim uma Brastemp, mas dá pra andar com ele". O interessante dessa frase é a propaganda involuntária do produto, que acaba sendo uma sacada que eu acho incrível na comunicação publicitária.
Quem nunca ouviu a frase "Bonita Camisa Fernandinho" de alguém se referindo à sua roupa nova, um dia vai ouvir. Pode ser camisa, calça, boné, jaqueta e dependendo da intimidade, até roupas de baixo. Eu disse roupas de baixo? Nossa! Isso foi tão, tão Século XIX...
E para encerrar, um clássico que cedo ou tarde entraria aqui no Poeira Publicitária:
"O primeiro a gente nunca esquece". Beijo, amor, emprego, carro, enfim... Criado por Washington Olivetto, este comercial e seu bordão cairam na boca do povo em todo o país. Apesar de ser voltado para o público feminino, o comercial conquistou a simpatia e o carinho de milhares de telespectadores que se envolveram com a ingenuidade da menina. A peça conquistou diversos prêmios e recentemente o publicitário criador da campanha lançou um livro - cujo título é o bordão - para contar os bastidores do comercial e toda sua repercussão até os dias atuais.
Posso citar outros grandes exemplos, mas prefiro não me alongar. É bom relembrar com você a memória da Propaganda brasileira.
Um abraço e até a próxima postagem.
Eis o primeiro:
"Não é assim uma Brastemp". Após a campanha, isso passou a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas. Em tudo o que não era considerado perfeito, mandavam logo essa memorável frase. "Troquei meu carro por outro mais novo. Não é assim uma Brastemp, mas dá pra andar com ele". O interessante dessa frase é a propaganda involuntária do produto, que acaba sendo uma sacada que eu acho incrível na comunicação publicitária.
Quem nunca ouviu a frase "Bonita Camisa Fernandinho" de alguém se referindo à sua roupa nova, um dia vai ouvir. Pode ser camisa, calça, boné, jaqueta e dependendo da intimidade, até roupas de baixo. Eu disse roupas de baixo? Nossa! Isso foi tão, tão Século XIX...
E para encerrar, um clássico que cedo ou tarde entraria aqui no Poeira Publicitária:
"O primeiro a gente nunca esquece". Beijo, amor, emprego, carro, enfim... Criado por Washington Olivetto, este comercial e seu bordão cairam na boca do povo em todo o país. Apesar de ser voltado para o público feminino, o comercial conquistou a simpatia e o carinho de milhares de telespectadores que se envolveram com a ingenuidade da menina. A peça conquistou diversos prêmios e recentemente o publicitário criador da campanha lançou um livro - cujo título é o bordão - para contar os bastidores do comercial e toda sua repercussão até os dias atuais.
Posso citar outros grandes exemplos, mas prefiro não me alongar. É bom relembrar com você a memória da Propaganda brasileira.
Um abraço e até a próxima postagem.
domingo, 21 de setembro de 2008
E a sua saúde, como vai?
Olá amigo(a), visitante deste blog. Recentemente, fui ao posto de saúde tomar a vacina contra a Rubéola e, com isso, ajudar a diminuir o número de faltosos da campanha de vacinação. Confesso que o ambiente médico/hospitalar não me agrada. O cheiro, a sensação estranha de mau-estar, da insalubridade como um todo. Talvez seja por isso que muitos evitam esse tipo de lugar. Não me refiro somente a hospitais e postos de saúde. Uma simples clínica é capaz de se tornar aversão para muita gente. E é justamente disso que falo hoje aqui no blog.
Não gosto de assistir às reportagens sobre medicina. Sou possuído por uma espécie de tique nervoso que começa nos dedos dos pés (parecem que eles enrolam pra baixo), e vai subindo até parecer que estou ficando inteiro do avesso. É uma sensação horrível. Também sinto isso quando falam sobre doença perto de mim. Principalmente as malignas. Certamente é uma área da qual eu nunca me atreveria a estudar. Mas por que estou falando disso?
Observo o quanto o ser humano é desleixado com a sua saúde. Não sou hipócrita e por isso digo que me enquadro nessa observação. Outro dia tiraram sarro de mim simplesmente porque disse que uma vez por ano faço exames de rotina para ver se está tudo em ordem comigo. O famoso check-up (vulgo checape). Justificaram a tirada de sarro explicando os problemas do serviço de saúde brasileiro, sendo que este não é capaz de atender toda vez que alguém quisesse fazer um exame de rotina. Tudo blá-blá que entrou por um ouvido e saiu por outro.
O ser humano se preocupa mais com a “saúde” do automóvel do que a dele próprio. Se o carro começou a ratear, este é levado na hora para a oficina. Um simples sinal de diferença no barulho do motor é sinal de preocupação. Gasta-se 200, 300, 500 reais ou mais em cada ida na oficina toda vez que o carro apresenta um comportamento diferente. Por outro lado, o indivíduo acha um absurdo pagar 40 reais em uma consulta médica para saber como anda o funcionamento do seu corpo.
E não é só o automóvel não. Tomamos as mais rígidas precauções de segurança com nossos computadores. Instalamos neles anti-virus, anti-spyware, anti-adware, anti-o-escambau e por aí vai. Só nos falta colocar camisinha no cabo de rede. Tudo para não infectar nossos computadores com esses arquivos maliciosos. O problema é que determinado anti-vírus não consegue barrar a entrada de todos esses arquivos. Uns barram, outros não. Enfim, ficamos um bom tempo dedicados a uma limpeza de disco, uma instalação de programas que eliminam esses intrusos e, quando não tem mais jeito, a solução é formatar.
Mas e você? Se não tiver mais jeito vão te formatar? Até tem algo parecido: uma cirurgia de emergência. Mas digamos que isso seja a desfragmentação de disco de um computador. Com você não tem jeito. Um simples mal-estar poder ter graves consequências. Se seu carro ou o seu computador parar não será o mesmo que o seu corpo parar. Aí não tem oficina e não tem formatação que dê jeito. Se você toma as devidas precauções com seu automóvel antes de viajar, fazendo revisão geral porque se esquecer então do corpo? Qual a vantagem de no meio da viagem o seu carro continuar funcionando e você parar?
Mais uma vez reforço: eu me enquadro nesse desagradável time que não se importa com a saúde, pois confesso que não sou digno de dar exemplo aqui no blog. Apenas tive vontade de me expressar sobre o quanto damos importância para a “saúde” de coisas materiais e não damos a mínima para a nossa. Tudo bem, tudo faz mal. Tudo mesmo, pois determinado alimento causa isso, mas previne aquilo. Vai saber o que é bom de verdade. A própria medicina se contradiz várias vezes e não sabemos para onde ir. Aí junta tudo com o ambiente desagradável de hospital que faz com que as pessoas evitem. "Não estou doente, por que devo procurar um médico?". Espero que não procuremos por um tarde demais.
Um forte abraço e principalmente muita SAÚDE para você, leitor(a).
Até a próxima postagem.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 12
Olá. Convido você a viajarmos no tempo e desfrutarmos juntos dos bons momentos que embalaram a nossa infância e adolescência. Falo hoje de programas humorísticos. Sim, os humorísticos de verdade. Para matarmos a saudade, não irei mostrar quadros dos programas, mas sim as inesquecíveis aberturas de alguns deles. Chegou a hora de voltarmos ao passado.
Quem não se lembra desse quarteto? Esta foi uma das aberturas do programa "Os Trapalhões". Inesquecível por sinal. Apesar de todos os problemas internos que os trapalhões passaram como brigas e desentendimentos, eles fizeram sua história na TV, no cinema, no circo. Chega a ser uma maldade não reprisar os programas antigos e forçarem a barra com programas humorísticos sem a menor graça. Ainda bem que existe o Youtube. Tá cheio de quadros do programa lá.
Se teve um humorista que eu lamentei muito a sua morte, este foi Ronald Golias. Isso porque não houve um preparo emocional para a sua partida. (Como se a morte avisasse). Admiro a arte do improviso e, fazer humor dessa forma, ele sabia muito bem. A Escolinha do Golias foi ao ar de 1990 a 1997 tendo três temporadas e voltaram a reprisá-la em 2007.
Um abraço.
Quem não se lembra desse quarteto? Esta foi uma das aberturas do programa "Os Trapalhões". Inesquecível por sinal. Apesar de todos os problemas internos que os trapalhões passaram como brigas e desentendimentos, eles fizeram sua história na TV, no cinema, no circo. Chega a ser uma maldade não reprisar os programas antigos e forçarem a barra com programas humorísticos sem a menor graça. Ainda bem que existe o Youtube. Tá cheio de quadros do programa lá.
Se teve um humorista que eu lamentei muito a sua morte, este foi Ronald Golias. Isso porque não houve um preparo emocional para a sua partida. (Como se a morte avisasse). Admiro a arte do improviso e, fazer humor dessa forma, ele sabia muito bem. A Escolinha do Golias foi ao ar de 1990 a 1997 tendo três temporadas e voltaram a reprisá-la em 2007.
Um abraço.
domingo, 7 de setembro de 2008
UM DIA A LEITURA CHEGA LÁ
Olá amigo que visita este blog. Como vai? Sabia que você é um privilegiado que se destaca no meio de muitos? Isso mesmo. Se você entrou nesta página é porque certamente faz parte de um pequeno e ilustre percentual dos brasileiros que possuem o hábito da leitura.
Na última grande pesquisa que revelou o hábito da leitura no país, mostrou que o brasileiro lê em média 1,8 livro por ano. Chega a ser um número relativamente muito baixo comparando-se com a França (média de 7) e a nossa vizinha Colômbia (média de 2,4). São diversos os fatores que possibilitam isso como por exemplo: poucas bibliotecas espalhadas no país, baixa renda da população e também o analfabetismo que, apesar de estar dimunuindo, ainda é um grande responsável por essa média tão baixa de leitura.
Porém, quando eu analiso o hábito da leitura das pessoas, não levo em consideração apenas a leitura dos livros. Não parei ainda para analisar qual é a minha média de leitura por ano. Mas, se eu levar em consideração outros impressos, posso ajudar a engordar mais esse percentual no que diz respeito à leitura no Brasil. Falo isso porque certamente há pessoas que se parecem comigo no seguinte aspecto: lê até placa de automóveis. Sou do tipo de pessoa que não pode ver um monte de letra junto que já pára para ler. Não me peça para pintar o rodapé de uma parede, porque certamente levarei o dobro do tempo por estar lendo os jornais que forram o chão para não sujá-lo de tinta.
O hábito de ler, ao meu ver, encontra-se presente e em atuação nas mais diversas plataformas da leitura além dos livros. Refiro-me às revistas (de todos os gêneros), jornais, placas, manuais, cartas, anúncios... Enfim, onde tiver palavra escrita. Isso porque há pessoas que não têm o hábito de ler nem sob essas condições. E o que é pior, muitos jovens fazem parte desse time. Jovens que tem preguiça até de ler tópicos de comunidades do Orkut das quais eles participam.
Nunca é demais dizer que o hábito da leitura desenvolve o indivíduo de diversas formas. Ler desenvolve também uma escrita e um vocabulário enriquecido. Certamente o cidadão que escreveu a placa acima, não lê e não escreve nem lista de compras. Mas ele faz parte da lista dos não-analfabetos. Por mais que o nosso tempo seja escasso, há sempre um horário em que uma boa leitura é bem-vinda. A propósito, costumo dizer que tiro o chapéu para um poeta inglês chamado John Harington. Isso porque ele inventou o que eu considero a melhor sala de leitura do mundo: o vaso sanitário. Isso me faz lembrar de um redator publicitário que certa vez disse que a companhia perfeita dele na hora de ir ao banheiro fazer o nº 02 é o dicionário. Ele entra em apuros e sai com o vocabulário mais rico. O negócio é esse. Ler onde for, nem que sejam algumas míseras páginas por dia. Isso faz uma diferença enorme.
Agora ler o quê? O que você quiser. Apenas leia. Não sou muito fã de livros de ficção, apesar de admirar alguns. Prefiro os didáticos. Mas não abra mão de uma leitura mais leve também como gibis, por exemplo. Estes, por sinal, devo muito a eles, pois foi por meio das obras de Maurício de Sousa que tive meu primeiro contato com a leitura. Até hoje eu os leio. As crianças devem ser apresentadas aos livros ainda cedo, pois elas serão os adultos formadores de opinião (ou não) de amanhã.
Mas será que é de interesse de um governo, uma população formadora de opinião? Prefiro não acreditar na impossibilidade de haver esse interesse.
Parabéns por ter chegado até este último parágrafo mesmo que este texto não acrescente em nada na sua vida. Contudo, fico satisfeito pelo interesse em ler estas modestas linhas e agradeço pela atenção. Até a próxima postagem.
domingo, 31 de agosto de 2008
POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 07
Olá amigos. Trago hoje mais um episódio desta série que relembra antigos comerciais da propaganda brasileira. E neste episódio apresento mais uma vez comerciais de automóveis, que é o meu segmento favorito em se tratando de comerciais antigos. Tratam-se de comerciais de automóveis que ganharam o título de "Carro do Ano". Apesar de eu não ser fanático por automobilismo e o meu carro preferido ser um semi-popular, confesso que sou fascinado por esse tipo de comercial.
Tire a poeira e vamos juntos desfrutar da memória da propaganda brasileira.
Este foi o primeiro comercial do Opala no ano de 1968. Antes deste comercial, houveram alguns teasers com famosos da época que anunciavam a chegada de um novo carro. Quatro anos depois, o Opala foi eleito o carro do ano.
Em 1982, foi a vez do Voyage papar o prêmio. O Voyage foi um sedan do Gol produzido até 1996. Alguns deles se chamam "Fox", mas é que estes foram exportados para os EUA e como já havia um outro Voyage rodando por lá...
E já que é pra falar em carro do ano, não poderia deixar de citar aquele que foi eleito por dois anos consecutivos (1987 e 1988): o Monza. Este carro não é mais produzido e sua apoesentadoria se deu no ano de 1996 com o lançamento da segunda geração do Vectra.
Agora eu volto um pouco mais no tempo:
O que chama a atenção deste comercial do Passat, eleito o carro do ano em 1975, é o fato da simplicidade dele. Não foi necessário uma superprodução, atores com cahês milionários, efeitos especiais... Enfim, nada disso. Essa é uma das diversas provas que temos para mostrar que um comercial às vezes não precisa de uma grande verba. Basta ter uma boa idéia. Ainda pretendo mostrar exemplos de comerciais como estes aqui no blog.
Tenha uma excelente semana e até a próxima postagem. Um abraço.
Tire a poeira e vamos juntos desfrutar da memória da propaganda brasileira.
Este foi o primeiro comercial do Opala no ano de 1968. Antes deste comercial, houveram alguns teasers com famosos da época que anunciavam a chegada de um novo carro. Quatro anos depois, o Opala foi eleito o carro do ano.
Em 1982, foi a vez do Voyage papar o prêmio. O Voyage foi um sedan do Gol produzido até 1996. Alguns deles se chamam "Fox", mas é que estes foram exportados para os EUA e como já havia um outro Voyage rodando por lá...
E já que é pra falar em carro do ano, não poderia deixar de citar aquele que foi eleito por dois anos consecutivos (1987 e 1988): o Monza. Este carro não é mais produzido e sua apoesentadoria se deu no ano de 1996 com o lançamento da segunda geração do Vectra.
Agora eu volto um pouco mais no tempo:
O que chama a atenção deste comercial do Passat, eleito o carro do ano em 1975, é o fato da simplicidade dele. Não foi necessário uma superprodução, atores com cahês milionários, efeitos especiais... Enfim, nada disso. Essa é uma das diversas provas que temos para mostrar que um comercial às vezes não precisa de uma grande verba. Basta ter uma boa idéia. Ainda pretendo mostrar exemplos de comerciais como estes aqui no blog.
Tenha uma excelente semana e até a próxima postagem. Um abraço.
domingo, 24 de agosto de 2008
E LÁ SE FOI A OLIMPÍADA
Olá, amigo(a) leitor(a). Neste domingo terminaram as Olímpiadas sediadas em Pequim, na China. Além de toda a festa do esporte, podemos dizer também que foi uma das olimpíadas mais falsárias no quesito "maquiagem", o que mostra que hoje em dia há muito pouco profissionalismo e muita fachada para esconder as imperfeições internas e caprichar na superficialidade. Isso em qualquer aspecto.
Fatos como a tal menina que foi dublada na festa de abertura e que ganhou fama ao invés da verdadeira dona da voz ou a imagem dos fogos que vimos pela TV ser produzida totalmente por computador são alguns dos exemplos da maquiagem que a China usou para a sua olimpíada ser a melhor de todos os tempos. Em se tratando de estrutura física, não podemos negar que ela deu um show; porém, muita coisa ficou a desejar. Não me refiro às medalhas que o Brasil não ganhou - isso irei citar depois -, mas sim toda uma bola de ferro presa aos pés dos turistas, da imprensa e dos atletas.
Tudo bem, houve a preocupação em educar a população para não cuspir no chão, não fazer perguntas indiscretas aos turistas (se estes entenderem, é claro), não soltar pum na rua, diminuir a poluição, entre outras coisas para se tornarem boas anfitriãs. Mas a tal permissão para estrangeiros utilizarem a internet sem intervenção não aconteceu, muitos eram proibidos de acessar certos lugares e etc. Era um "pode-não-pode" que ilustrava diariamente as páginas dos noticiários e os telejornais.
Falando em telejornais, observei durante o período olímpico o quanto pareceu que o Brasil parou. É como se nada estivesse acontecendo no país. Isso porque mais de 50% do horário do telejornal era dedicado às olimpíadas. O restante era dividido em previsão do tempo, guerra entre Rússia e Georgia e algumas pequenas manchetes sobre assuntos cotidianos, além da agenda do presidente. Em virtude disso, eu recorria para os sites de notícias que dividem as matérias por categorias. Alguma coisa estava acontecendo no país e eu tinha que saber.
Já nossos atletas, segundo algumas das mais diversas piadinhas da internet, aproveitaram o verão chinês para pegar um bronze. Os esportes e os atletas que menos esperávamos e torcíamos foram os que trouxeram o ouro para o Brasil. Quer dizer, para o Brasil não. Alí tinha mais um compromisso pessoal em conquistar a medalha do que qualquer outra coisa. A medalha serviu para esses atletas como um "cale a boca e respeite o meu trabalho" a fim de superar alguma espécie de trauma ou crítica sofrida em outros tempos. O ouro veio coincidentemente de três esportes oriundos da elite, constituído por atletas que foram treinar no exterior. Esportes elitizados são mais propícios a trazerem medalha para o Brasil, em virtude dos mesmos não precisarem de um incentivo por parte de governo, instituições de ensino e etc. Vem de berço e da família que pode financiar um treinamento de primeiro nível. Se os Estados Unidos conquistaram 110 medalhas ao todo nessa olimpíada não foi à toa. O incentivo vem desde a escola, passando pela universidade. Resumindo: não adianta reclamar que os atletas brasileiros trazem poucas medalhas. Inclusive, o 23º lugar no quadro de medalhas até que ficou de bom tamanho.
De qualquer forma, parabéns aos atletas que conquistaram medalhas, principalmente aos de ouro. Estes não foram tanto aborrecidos pela imprensa (exceto o vôlei feminino) e puderam trabalhar sossegados. Certamente a Jade Barbosa adoraria ter conseguido esse sossego para trazer umas medalhas também. Mas, coitada da menina. Não a deixaram trabalhar em paz. Transformaram a guria em estrela sem ao menos ela nos trazer medalha. Tem muita gente que acha que o Pan é igual Olimpíadas. Gente, o Pan é constituído em sua maioria por países cujos incentivos, dos quais citei, não existem. Ou seja, não dá pra comparar.
Um abraço e até a próxima.
Fatos como a tal menina que foi dublada na festa de abertura e que ganhou fama ao invés da verdadeira dona da voz ou a imagem dos fogos que vimos pela TV ser produzida totalmente por computador são alguns dos exemplos da maquiagem que a China usou para a sua olimpíada ser a melhor de todos os tempos. Em se tratando de estrutura física, não podemos negar que ela deu um show; porém, muita coisa ficou a desejar. Não me refiro às medalhas que o Brasil não ganhou - isso irei citar depois -, mas sim toda uma bola de ferro presa aos pés dos turistas, da imprensa e dos atletas.
Tudo bem, houve a preocupação em educar a população para não cuspir no chão, não fazer perguntas indiscretas aos turistas (se estes entenderem, é claro), não soltar pum na rua, diminuir a poluição, entre outras coisas para se tornarem boas anfitriãs. Mas a tal permissão para estrangeiros utilizarem a internet sem intervenção não aconteceu, muitos eram proibidos de acessar certos lugares e etc. Era um "pode-não-pode" que ilustrava diariamente as páginas dos noticiários e os telejornais.
Falando em telejornais, observei durante o período olímpico o quanto pareceu que o Brasil parou. É como se nada estivesse acontecendo no país. Isso porque mais de 50% do horário do telejornal era dedicado às olimpíadas. O restante era dividido em previsão do tempo, guerra entre Rússia e Georgia e algumas pequenas manchetes sobre assuntos cotidianos, além da agenda do presidente. Em virtude disso, eu recorria para os sites de notícias que dividem as matérias por categorias. Alguma coisa estava acontecendo no país e eu tinha que saber.
Já nossos atletas, segundo algumas das mais diversas piadinhas da internet, aproveitaram o verão chinês para pegar um bronze. Os esportes e os atletas que menos esperávamos e torcíamos foram os que trouxeram o ouro para o Brasil. Quer dizer, para o Brasil não. Alí tinha mais um compromisso pessoal em conquistar a medalha do que qualquer outra coisa. A medalha serviu para esses atletas como um "cale a boca e respeite o meu trabalho" a fim de superar alguma espécie de trauma ou crítica sofrida em outros tempos. O ouro veio coincidentemente de três esportes oriundos da elite, constituído por atletas que foram treinar no exterior. Esportes elitizados são mais propícios a trazerem medalha para o Brasil, em virtude dos mesmos não precisarem de um incentivo por parte de governo, instituições de ensino e etc. Vem de berço e da família que pode financiar um treinamento de primeiro nível. Se os Estados Unidos conquistaram 110 medalhas ao todo nessa olimpíada não foi à toa. O incentivo vem desde a escola, passando pela universidade. Resumindo: não adianta reclamar que os atletas brasileiros trazem poucas medalhas. Inclusive, o 23º lugar no quadro de medalhas até que ficou de bom tamanho.
De qualquer forma, parabéns aos atletas que conquistaram medalhas, principalmente aos de ouro. Estes não foram tanto aborrecidos pela imprensa (exceto o vôlei feminino) e puderam trabalhar sossegados. Certamente a Jade Barbosa adoraria ter conseguido esse sossego para trazer umas medalhas também. Mas, coitada da menina. Não a deixaram trabalhar em paz. Transformaram a guria em estrela sem ao menos ela nos trazer medalha. Tem muita gente que acha que o Pan é igual Olimpíadas. Gente, o Pan é constituído em sua maioria por países cujos incentivos, dos quais citei, não existem. Ou seja, não dá pra comparar.
Um abraço e até a próxima.
domingo, 17 de agosto de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 11
Olá amigo(a) leitor. Chegou a hora de despertarmos a nossa infância e adolescência(referindo-me àqueles que tem mais de 20 anos de idade). Estou aqui novamente para relembrar de alguns brinquedos que marcaram essas duas décadas. E como não quero desmerecer as moças que visitam este blog, não irei falar apenas de brinquedos de meninos. Boa lembrança!
A Estrela S/A lançou no Brasil o Comandos em Ação (G.I. Joe) em 1984. O brinquedo, cujos personagens eram bonecos articulados que ilustravam uma situação de batalha, foi a febre da época até o fim de sua produção no Brasil em 1995. Os bonecos possuiam acessórios como arminhas, capacetes e veículos que encantavam a garotada. E não era pra menos, pois as embalagens, o variado número de acessórios, além do slogan "Colecionadores de Aventura" despertavam o interesse nos garotos de tal forma que a marca "Comandos em Ação" foi popularizada em desenhos animados, quadrinhos e jogos. Esses brinquedos sobrevivem até hoje na memória de muitos adultos saudosistas. Os mesmos ainda são fabricados e vendidos nos Estados Unidos.
Essa aí de cima é a Fofolete. Brinquedo lançado pela Trol no fim dos anos 70 e que fez muito sucesso na década seguinte. Tratava-se de uma bonequinha que vinha em uma embalagem que parecia uma caixa de fósforos. Bonequinha mesmo, pois não media mais que 8 centímetros. As meninas adoravam colecionar. Minha mãe tem uma até hoje, que inclusive está pendurada em uma penteadeira da casa. Hoje as Fofoletes são fabricadas pela Estrela S/A, porém são bem diferentes das que foram lançadas pela Trol há 30 anos.
E para encerrar, este fenômeno do início dos anos 90: o "Meu Primeiro Gradiente". Sucesso entre meninos e meninas que gostavam de cantar e gravar suas vozes nas antigas fitas K7. Era o brinquedo que fazia parte da fase que antecedia a pré-adolescência onde as crianças despertavam o prazer em ouvir música. Na época, muitos produtos similares importados disputavam o mercado com o brinquedo da Gradiente. Alguns dos diversos modelos importados que copiaram a idéia possuiam alguns elementos a mais que imitavam o som de instrumentos musicais e também de animais. A criançada ouvia suas músics preferidas e mostrava seus dons artísticos. Era uma verdadeira festa.
Nota: Na edição de nº 03 do Memória 80/90 falei dos bonecos Playmobil. Até aquela postagem eles não eram mais produzidos no Brasil. Contudo, este ano os mesmos passaram a ser produzidos pela Sunny Brinquedos e inclusive há algumas campanhas publicitárias para lançarem as novas linhas.
Espero que tenha gostado da postagem de hoje re relembrado momentos inesquecíveis da sua infância. Um abraço e até a próxima postagem.
domingo, 3 de agosto de 2008
QUE "BONITO" É...
Olá, amigo(a) leitor(a). Falo hoje de um tema que certamente é o mais comentado no país. Mais que política, religião, música ou qualquer outro assunto. Refiro-me ao futebol.
Tenho um time do coração, assisto aos jogos dele (não religiosamente), acompanho a rodada dos principais campeonatos de futebol (nos noticiários), sei de cabeça todos os campeões brasileiros e conheço algumas curiosidades do meio. Sou fanático? Não me considero. Já desliguei a TV, para desfrutar da companhia de alguém, justamente na hora de uma decisão de campeonato nacional onde jogavam o meu time e o seu maior rival; não brigo e nem arrumo confusão com pessoas pelo fato delas torcerem por outros clubes; não penso no meu clube 24 horas por dia e nem faço dele uma razão para o meu viver. Sou um péssimo torcedor por causa disso, então? Creio que não.
Não vou dizer que nunca fiz essas coisas. Já fiz sim. E muito. Mas, isso há muito tempo. Ainda era um pré-adolescente ainda entrando na puberdade. Toda segunda-feira, após a rodada do fim de semana, era aquela confusão: “Meu time é melhor que o seu”, “Seu time não está com nada”, “Roubaram para o seu time ganhar” e o papo ia se desenrolando até que chegava na mãe, nos socos e nos pontapés. Foi quando passei a conviver com outros tipos de amizades, viver em novos ambientes e passar a me importar com outras coisas mais importantes que percebi o quanto eu agia como um verdadeiro retardado. E olha que eu era apenas um moleque naquela época.
O que acontece é que esse fanatismo todo passa a fazer parte da vida da pessoa. Ela se esquece do lado humano e esquece também daquilo que é o principal motivo da sua paixão: o futebol. Antes de escrever aqui no blog, andei visitando as comunidades do Orkut das quais eu participo cujo tema é futebol. Sou ativo, de forma razoável, em algumas delas, principalmente a do clube que torço. Observei o comportamento das pessoas, a forma de como os clubes são debatidos, mas percebi que a atração principal de todo esse “espetáculo” é a ofensa ao time alheio, ao torcedor contrário. Percebe-se que é mais divertido ofender o torcedor contrário do que vibrar com a vitória do seu clube.
A diversão não está em reunir os amigos e prestigiar uma boa partida de futebol. A diversão está em reunir os amigos (que torcem para o mesmo time de preferência) e encontrar um cidadão andando na rua com a camisa do rival para então cercá-lo e espancá-lo. Ou senão, criar uma situação para que a pancadaria se estabeleça. É daí que nascem as chamadas torcidas organizadas que, em minha opinião, possuem o mesmo caráter que uma quadrilha formada por bandidos. Ou seja, não tem utilidade alguma pra sociedade. Há tempos não vou a um estádio. A última vez que fui, lembro-me que cheguei a me divertir bastante. Era o mesmo clássico (porém, outro jogo) onde jogam o meu time o seu maior rival. Meu time ganhou. Mas antes, durante e depois tudo ocorreu na mais perfeita paz, pelo menos próximo de mim. Mas, e se naquele dia acontecesse algo de trágico? Um desses bandidos que se dizem torcedores arrumassem confusão e afetassem pessoas inocentes? Nem sempre a sorte está ao nosso favor. Há um estádio próximo de casa e já tive vontade várias vezes de ir lá prestigiar o time local apenas como lazer e diversão, mas é uma vontade passageira sem muito tesão.
Você pode me julgar, dizendo: “Ah, Alex. É a paixão nacional. Torcedor brasileiro é assim mesmo, fervoroso”. Tudo bem, mas será que nossos jogadores são apaixonados assim também? Hoje os nossos melhores craques vão embora para o exterior ainda de fraldas e quando voltam já estão no fim de carreira. A seleção brasileira não tem um ser vivo que jogue nos gramados brasileiros. Não há mais aquele amor pela bandeira do Brasil por parte dos nossos jogadores. Os que estão lá, não querem mais voltar. Não é pra menos, pois apesar de haver violência e torcedores fanáticos lá também, há a ordem pública e estes indivíduos são severamente punidos.
Se Pelé jogasse nos dias de hoje, ele nunca iria ser o melhor jogador de todos os tempos e talvez não tivesse feito tanta história pelo Santos. Poderia ser sim um craque, mas jogando em algum clube da Europa - como o Chelsea por exemplo - não com o mesmo prestígio e é claro com mais massa muscular. Digo isso porque os craques que hoje se destacam, de uma hora pra outra perdem o prestígio e passam a ser simplesmente mais um. As constantes trocas de clubes, negociações, escândalos e contusões desgastam o atleta.
Moral da história: os melhores jogadores estão no exterior, não se veste mais a camisa amarela com empolgação e o que sobra de “diversão” é a pancadaria nos estádios, nas ruas, e as rixas entre torcidas como se fosse um duelo medieval, onde gladiadores se matam e se ferem por causa de um escudo, um emblema e uma bandeira que não enche a barriga desses infelizes.
Sou torcedor, admiro o futebol-arte, às vezes me pego vendo vídeos sobre futebol no Youtube, não perco os gols da rodada, mas tudo isso porque admiro o esporte. Contudo, sem aquela tal paixão fervorosa que me faz subir a adrenalina a tal ponto de sair arranjando confusão em prol do escudo do meu time. Ganhou, ganhou. Perdeu, perdeu. É campeão ou não é, parabéns ou sinto muito. Essa tal paixão doentia é a maior responsável pelo número de confusões, brigas e mortes nos estádios e também fora deles. O time que torço possui tantos títulos e história quanto seus adversários e por isso acima de tudo deve haver respeito na prática do esporte. O vencedor ou derrotado é definido durante a partida dos dois times dentro das quatro linhas e nas regras do jogo. Disputar o jogo fora disso é outra coisa, além do futebol. Muitas das vezes é vandalismo cometido por gente de cérebro e consciência pouco privilegiada. Que aprendamos a valorizar o esporte, torcer e vibrar, mas com responsabilidade e sem agir como um completo idiota de mente pequena.
Para encerrar este longo desabafo, deixo aqui um vídeo que encontrei no Youtube e que ilustra mais ou menos o que eu disse aqui. Não sei quem é o autor do vídeo, mas achei interessante as imagens e os pontos destacados que é a irracionalidade presente em um grupo de marginais disfarçados de torcedores.
Se você observar na página do vídeo, no Youtube, perceberá os comentários dos animais abaixo dele. Um mais retardado que o outro.
Não repare na forma polêmica de eu me expressar, mas é a minha opinião. Tenha uma ótima semana e até a próxima. Agora irei assistir aos gols do fim de semana e ver o que rolou dentro das quatro linhas na prática do esporte que é o que mais importa.
Um abraço.
domingo, 27 de julho de 2008
POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 06
Olá a todos. Dando continuidade ao meu protesto contra o projeto de lei que proíbe a propaganda voltada para as crianças e a utilização das mesmas em comerciais e anúncios, relembro hoje alguns clássicos da Propaganda Brasileira que marcaram época e que fazem parte da lembrança de muitas pessoas. Claro que os comerciais que apresento hoje tiveram crianças atuando neles. Eis o primeiro:
Em 1973, este VT - com o brilhante Ferreira Martins na locução - deu os primeiros passos para o que chamamos de politicamente correto. Tratava-se de um comercial em que a Seagram do Brasil despertava a atenção do público quanto aos perigos da bebida alcoólica. Isso hoje é comum, ainda mais porque existe a obrigação das empresas desse segmento colocarem avisos em seus anúncios como "Beba com moderação", "Se beber, não dirija", entre outros. Naquela época, não havia essa preocupação e muito menos o interesse em se preocupar. A Seagram, além de dar o alerta, foi além. Parece absurdo usar uma criança em um comercial cujo anunciante é uma empresa de bebidas alcoólicas, mas foi isso mesmo o que aconteceu. E, além do mais, este comercial foi premiado por destacar a relação pais, filhos e bebida alcoólica no Festival de Cannes daquele ano.
Avançado treze anos:
A garotinha ruiva e atrevida foi a sensação da série de comerciais que lançou o calçado infantil da marca Grendene no ano de 1986. O motivo principal da campanha era a oferta de um acessório ao lado do calçado e, é claro também, divulgar a versão infantil dos calçados Melissa, antes exclusiva do público adulto feminino.
E quando a sensibilidade toma conta de um comercial, este se torna inesquecível:
Em 1988, uma campanha teve o desafio de rejuvenescer a Seiva de Alfazema. Como fazer com que o perfume popular entre as mulheres fosse passado de geração em geração por meio de suas filhas? A idéia foi este comercial onde a sensibilidade e a cumplicidade entre mãe e filha não só rendessem resultados para o produto como também muitos prêmios. A preocupação para que o comercial não fosse encarado como erótico, foi fundamental nos cortes das cenas o que destacou ainda mais a edição do VT em sincronia com o movimento das atrizes e da música ao fundo.
Ainda na década de 80, um pouco antes:
É comum ouvirmos por aí a expressão "Não basta ser pai, tem que participar". Este foi o slogan utilizado por esta ação da Gelol em 1983, tornando-o ditado popular até hoje. O comercial proporcionou à pomada a sua fama no Brasil. O tom emocional mostrando que os filhos precisam sempre da ajuda dos pais, principalmente nos momentos de derrota, serviu não somente como a divulgação da marca, mas também como um puxão de orelha em muitos pais.
E para encerrar, não poderia deixar este de fora:
Um fenômeno. É isso que podemos dizer do comercial Mamíferos da Parmalat. Tudo porque tal ação é considerada um dos maiores cases promocionais do Brasil. Entre 1997 e 1999, a ação presenteou os consumidores com bichinhos de pelúcia cuja produção inicial foi de 300 mil unidades. Resultado: faltou bichinho no mercado devido o grande sucesso da campanha. A produção, então, subiu para 15 milhões o que resultou na maior troca de brindes já realizada no Brasil. O comercial encantou consumidores e telespectadores daquela época. Infelizmente, devido um golpe financeiro na matriz italiana, a empresa passou por dificuldades nos anos 2000. Em 2007, a campanha voltou para a mídia com os mamíferos crescidos; porém sem muito sucesso.
Existem outros grandes exemplos de comerciais inesquecíveis com crianças que certamente farão parte do "Poeira Publicitária". Para não me alongar demais na postagem de hoje, deixei apenas estes. Espero que tenha gostado e relembrado desses inesquecíveis clássicos da propaganda. Aqueles que não pertenceram às épocas citadas, vale a pena conferir o acervo publicitário brasileiro.
Um abraço e até a próxima.
Em 1973, este VT - com o brilhante Ferreira Martins na locução - deu os primeiros passos para o que chamamos de politicamente correto. Tratava-se de um comercial em que a Seagram do Brasil despertava a atenção do público quanto aos perigos da bebida alcoólica. Isso hoje é comum, ainda mais porque existe a obrigação das empresas desse segmento colocarem avisos em seus anúncios como "Beba com moderação", "Se beber, não dirija", entre outros. Naquela época, não havia essa preocupação e muito menos o interesse em se preocupar. A Seagram, além de dar o alerta, foi além. Parece absurdo usar uma criança em um comercial cujo anunciante é uma empresa de bebidas alcoólicas, mas foi isso mesmo o que aconteceu. E, além do mais, este comercial foi premiado por destacar a relação pais, filhos e bebida alcoólica no Festival de Cannes daquele ano.
Avançado treze anos:
A garotinha ruiva e atrevida foi a sensação da série de comerciais que lançou o calçado infantil da marca Grendene no ano de 1986. O motivo principal da campanha era a oferta de um acessório ao lado do calçado e, é claro também, divulgar a versão infantil dos calçados Melissa, antes exclusiva do público adulto feminino.
E quando a sensibilidade toma conta de um comercial, este se torna inesquecível:
Em 1988, uma campanha teve o desafio de rejuvenescer a Seiva de Alfazema. Como fazer com que o perfume popular entre as mulheres fosse passado de geração em geração por meio de suas filhas? A idéia foi este comercial onde a sensibilidade e a cumplicidade entre mãe e filha não só rendessem resultados para o produto como também muitos prêmios. A preocupação para que o comercial não fosse encarado como erótico, foi fundamental nos cortes das cenas o que destacou ainda mais a edição do VT em sincronia com o movimento das atrizes e da música ao fundo.
Ainda na década de 80, um pouco antes:
É comum ouvirmos por aí a expressão "Não basta ser pai, tem que participar". Este foi o slogan utilizado por esta ação da Gelol em 1983, tornando-o ditado popular até hoje. O comercial proporcionou à pomada a sua fama no Brasil. O tom emocional mostrando que os filhos precisam sempre da ajuda dos pais, principalmente nos momentos de derrota, serviu não somente como a divulgação da marca, mas também como um puxão de orelha em muitos pais.
E para encerrar, não poderia deixar este de fora:
Um fenômeno. É isso que podemos dizer do comercial Mamíferos da Parmalat. Tudo porque tal ação é considerada um dos maiores cases promocionais do Brasil. Entre 1997 e 1999, a ação presenteou os consumidores com bichinhos de pelúcia cuja produção inicial foi de 300 mil unidades. Resultado: faltou bichinho no mercado devido o grande sucesso da campanha. A produção, então, subiu para 15 milhões o que resultou na maior troca de brindes já realizada no Brasil. O comercial encantou consumidores e telespectadores daquela época. Infelizmente, devido um golpe financeiro na matriz italiana, a empresa passou por dificuldades nos anos 2000. Em 2007, a campanha voltou para a mídia com os mamíferos crescidos; porém sem muito sucesso.
Existem outros grandes exemplos de comerciais inesquecíveis com crianças que certamente farão parte do "Poeira Publicitária". Para não me alongar demais na postagem de hoje, deixei apenas estes. Espero que tenha gostado e relembrado desses inesquecíveis clássicos da propaganda. Aqueles que não pertenceram às épocas citadas, vale a pena conferir o acervo publicitário brasileiro.
Um abraço e até a próxima.
domingo, 20 de julho de 2008
CRIANÇAS: O PROBLEMA MAIOR NEM É A PROPAGANDA
Como vai visitante deste blog? Hoje eu venho falar de algo que está me incomodando nos últimos dias. Trata-se da mais recente notícia envolvendo o meio publicitário: a proibição da propaganda infantil.
A Câmara aprovou, no dia 9 de julho, o substitutivo do projeto de lei (PL) 5921/2001, que restringe a publicidade de produtos para crianças. Ou seja, segundo o texto da deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), fica proibida toda e qualquer peça de propaganda voltada para as crianças em quaisquer meios de comunicação. Além disso, está proibido também a veiculação de comerciais 15 minutos antes, 15 minutos depois e durante um programa infantil. Naturalmente, as crianças também não poderão participar de nenhuma peça publicitária.
Em virtude disso, outras proibições ocorreram esses dias. A outra é no que diz respeito à propaganda de alimentos. Para controlar doenças como obesidade e diabetes, o Ministério da Saúde propôs restringir a propaganda de alimentos como chocolates, salgadinhos, refrigerantes e etc. Agora eu me pergunto: até onde vai a premiada propaganda brasileira com essas proibições?
Tudo bem que a saúde é algo preocupante, mas é necessário analisarmos até onde pode ser considerado precaução e passa a ser considerado censura. A justificativa maior para esta proibição é que as crianças são alvos fáceis para o consumo, pois elas não conseguem diferenciar o conteúdo publicitário e não entendem o caráter persuasivo que a publicidade tem. Já foi provado que as crianças têm influência de 80% no poder de decisão das compras. Inclusive os shopping centers possuem suas estruturas planejadas para esse tipo de nicho consumidor, por mais que as compras sejam feitas por adultos.
Analisando exclusivamente o caso da proibição de propaganda para crianças, algo me preocupa bastante. Não é somente pelo fato do mercado publicitário ter um novo desafio pela frente e perder grandes contas, mas também no que essa proibição pode acarretar. Nem tudo é perfeito. Muitos sairão prejudicados com isso e acredite: as crianças principalmente. Por quê?
O que me preocupa com tudo isso é o futuro da programação infantil. Os meios de comunicação sobrevivem da propaganda. Anúncios e comerciais garantem a sobrevivência do rádio, revista, televisão e outros meios de comunicação. Qual canal de televisão vai querer manter uma programação infantil sendo que não se poderá mais anunciar nela? A programação infantil atual no Brasil já é precária. Nossas crianças não têm mais os velhos costumes das brincadeiras tradicionais, de ter a oportunidade de ouvir grupos musicais infantis entre outras formas de lazer. O refúgio das crianças de hoje se resumem à TV e a internet, uma vez que os pais da era atual são novos formadores de opinião e com escolaridade muito superior aos dos pais da geração antiga. Resumindo: estes passam pouco tempo com seus filhos devido suas ocupações profissionais. Essas crianças passando pouco tempo com seus pais, não encontram o conteúdo que fale a língua delas na TV. A programação infantil da Globo é medíocre. Outros canais possuem total ausência de programas infantis. Com essa lei, o SBT perderá a manhã inteira de publicidade, sendo que neste horário sua programação é exclusiva para as crianças.
A programação da TV e do rádio deixou de lado há algum tempo a atenção voltada para as crianças e agora com esta proibição de publicidade para as mesmas, vejo o fim prematuro da infância. Qual o futuro de canais de TV voltados para o segmento infantil? Qual o futuro de datas comemorativas que arrancam sorrisos das nossas crianças sem a publicidade para dar uma força? Hoje a criança está mais sujeita à sexualidade contidas em novelas, músicas, entre outras formas de entretenimento adulto. O que ela vai assistir ou ouvir, então? Certamente o conteúdo adulto.
Tenho quase a certeza de que é uma ilusão querer que meus filhos (quando eu for pai) tenham a mesma infância que eu tive. Quando eu relembro fatos da infância aqui no blog seja no "Memória 80/90", seja no "Poeira Publicitária"; faço ao mesmo tempo um protesto contra a infância perdida que nossas crianças estão sujeitas. Hoje é necessário uma melhor atenção por parte dos pais. As crianças de hoje não deixarão de ser grandes homens ou grandes mulheres porque elas um dia assistiram a um comercial de ovo de chocolate ou de seu brinquedo preferido na páscoa, no dia das crianças ou no natal. Por falar nisso, como vão ficar essas datas comemorativas? Tudo depende da forma como a criança é educada pelos seus pais, avós, irmãos... Muitas crianças que hoje entram precocemente para o mundo do crime e da prostituição não tiveram, antes de tudo, carinho e atenção voltada por parte da família. Agora culpar a propaganda por tudo isso é no mínimo irresponsabilidade da família e do Estado. O projeto em questão é inconstitucional.
O CONAR (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária) preferiu não se manifestar sobre o assunto e a liberdade de expressão foi o tema mais discutido no IV Congresso Brasileiro de Publicidade que aconteceu semana passada em São Paulo. O projeto passará pela análise da Comissão de Constituição e Justiça e, caso seja aprovado, vai para votação em plenário. Propaganda é sinônimo de desenvolvimento e os hábitos de consumo de uma nação são resultados de uma propaganda eficiente e que, conseqüentemente, alavanca a economia de um país.
Que é necessário um controle maior para anúncios do público infantil, isso eu não tenho dúvida. Agora banir de vez os comerciais para este público e deixar de utilizar as crianças em ações publicitárias é um processo retrógado. Quantos comerciais não ficaram famosos e inesquecíveis porque crianças fizeram parte deles? É lamentável.
Segundo o programa de postagens deste blog, semana que vem é a vez do quadro "Poeira Publicitária" e eu farei questão de postar aqui alguns comerciais que fizeram sucesso com crianças atuando. Tenho que aproveitar enquanto a censura não toma conta de vez deste país e comecem também a tirar blogs como este do ar.
Um abraço e até a próxima.
domingo, 13 de julho de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 10
Olá visitante deste mundo. Hoje é um post especial. Especial porque é a décima edição do MEMÓRIA 80/90, o blog está com novo visual e porque neste domingo foi comemorado o dia mundial do Rock (yeah!!!). E como o propósito desta série é de relembrarmos momentos inesquecíveis que marcaram a infância e a adolescência de muitos leitores deste blog (não excluindo as outras faixas etárias), trago hoje alguns clássicos nacionais e internacionais das duas décadas que marcaram essas épocas e que hoje quando ouvimos exaltamos o tradicional "Putz! Olha essa música!". Fiz questão de escolher bandas que não existem mais. Eis a primeira:
Confesso que há diversos exemplos que eu poderia citar aqui, mas quis chamar a atenção daqueles que viveram a década de 80. E como o Rock Nacional teve o seu auge nesta década - apesar de eu considerar uma moda - ,tive que escolher aleatoriamente uma banda que marcasse bem aquele período. E não tem como deixar de lembrar os anos 80 após ouvir essa música do Metrô. Apesar da banda ter ensaiado uma volta com a gravação de um disco em 2002, foi na primeira metade da década de 80 que ela deixou sua marca. Qualquer coletânea ou festinha anos 80 que se preze tem por obrigação a música "Tudo pode mudar" em seu set list.
Uma internacional agora:
A banda The Smiths, em apenas quatro anos de carreira, foi responsável por aquilo que não ficou somente na década de 60 com os The Beatles: a essência do Rock britânico. O fato da banda não ter continuado nas décadas seguintes fez com eles fossem a cara dos anos 80. Basta simplesmente ouví-los para se chegar a esta conclusão.
Outra internacional, dessa vez dos anos 90:
Se The Smiths são a cara dos anos 80, o que dizer então do Nirvana? Apesar da banda ter sido fundada no fim dos anos 80, foi na década seguinte que ela se tornou um ícone. Nevermind, álbum lançado entre 1991 e 1992, é considerado um dos melhores discos da história do Rock mundial e eu não poderia deixar de fora esse grande clássico acima simbolizando os anos 90. Claro que muitas outras bandas podem ser citadas, mas não posso colocar todas aqui.
E para encerrar, o nosso representante dos anos 90:
Recentemente foi exibido na TV um especial em homenagem a esta banda. Sempre defendi que tirando o lado cômico que os caras demonstravam em suas músicas, eles foram responsáveis pela abertura das portas do Rock Nacional após os anos 80. Entre 1989 e 1995 o Rock no Brasil foi uma verdadeira lacuna representada por guitarras limpas e pouca ousadia Rock'n Roll, onde o que predominava na rádio era tudo menos Rock. Os Mamonas Assassinas podiam ousar e após o trágico fim da banda, em 1996, pudemos presenciar novas bandas de rock com destaque nas rádios e é claro com seus riffs de guitarra mas evidentes. Sem dúvida nenhuma os Mamonas Assassinas conseguiram sozinhos, em menos de um ano, representar toda uma década. Não desmerecendo as bandas que surgiram antes, durante e depois.
Apesar de estar postando quase no fim do dia, parabéns aos apreciadores e ao melhor estilo musical de todos os tempos: o Rock e suas vertentes. Estilo este que faço questão de lembrar todos os anos no dia 13 de julho.
Um abraço e até a próxima.
Confesso que há diversos exemplos que eu poderia citar aqui, mas quis chamar a atenção daqueles que viveram a década de 80. E como o Rock Nacional teve o seu auge nesta década - apesar de eu considerar uma moda - ,tive que escolher aleatoriamente uma banda que marcasse bem aquele período. E não tem como deixar de lembrar os anos 80 após ouvir essa música do Metrô. Apesar da banda ter ensaiado uma volta com a gravação de um disco em 2002, foi na primeira metade da década de 80 que ela deixou sua marca. Qualquer coletânea ou festinha anos 80 que se preze tem por obrigação a música "Tudo pode mudar" em seu set list.
Uma internacional agora:
A banda The Smiths, em apenas quatro anos de carreira, foi responsável por aquilo que não ficou somente na década de 60 com os The Beatles: a essência do Rock britânico. O fato da banda não ter continuado nas décadas seguintes fez com eles fossem a cara dos anos 80. Basta simplesmente ouví-los para se chegar a esta conclusão.
Outra internacional, dessa vez dos anos 90:
Se The Smiths são a cara dos anos 80, o que dizer então do Nirvana? Apesar da banda ter sido fundada no fim dos anos 80, foi na década seguinte que ela se tornou um ícone. Nevermind, álbum lançado entre 1991 e 1992, é considerado um dos melhores discos da história do Rock mundial e eu não poderia deixar de fora esse grande clássico acima simbolizando os anos 90. Claro que muitas outras bandas podem ser citadas, mas não posso colocar todas aqui.
E para encerrar, o nosso representante dos anos 90:
Recentemente foi exibido na TV um especial em homenagem a esta banda. Sempre defendi que tirando o lado cômico que os caras demonstravam em suas músicas, eles foram responsáveis pela abertura das portas do Rock Nacional após os anos 80. Entre 1989 e 1995 o Rock no Brasil foi uma verdadeira lacuna representada por guitarras limpas e pouca ousadia Rock'n Roll, onde o que predominava na rádio era tudo menos Rock. Os Mamonas Assassinas podiam ousar e após o trágico fim da banda, em 1996, pudemos presenciar novas bandas de rock com destaque nas rádios e é claro com seus riffs de guitarra mas evidentes. Sem dúvida nenhuma os Mamonas Assassinas conseguiram sozinhos, em menos de um ano, representar toda uma década. Não desmerecendo as bandas que surgiram antes, durante e depois.
Apesar de estar postando quase no fim do dia, parabéns aos apreciadores e ao melhor estilo musical de todos os tempos: o Rock e suas vertentes. Estilo este que faço questão de lembrar todos os anos no dia 13 de julho.
Um abraço e até a próxima.
domingo, 6 de julho de 2008
CD IN MEMORIAN
Segundo dados da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Disco), a venda de cd entre 2006 e 2007 caiu 32%. Hoje aqueles que compram CDs nas lojas são tão saudosistas quanto os apreciadores do vinil (ah, o bolachão). Depois que a internet passou a ser um fácil e eficiente meio de trocas de músicas, o consumidor percebeu que não vale mais a pena tirar do bolso R$25,00 (isso um valor médio) para adquirir o CD de um artista de sucesso. Posso tirar desse grupo os fãs colecionadores que fazem questão de ter a discografia do seu artista preferido com os encartes bonitos e transados. Sua prateleira não fica mais cheia de CDs, mas garanto que há uma pastinha no seu computador com os mais diversos álbuns dos mais variados artistas e estilos musicais. Inclusive aqueles fãs colecionadores também têm essas pastinhas.
As gravadoras entraram em pânico e prometiam processar quem trocava os arquivos. Alguns artistas, a princípio, foram na onda do drama das gravadoras - o Metallica tem um episódio que merece destaque. Porém, muitos desses artistas hoje não estão mais ligando para isso. A tendência agora é a tal da cena independente. Esta por sinal de primeiríssima qualidade. Depender de gravadora para quê? As músicas são divulgadas na web e dependendo da divulgação do trabalho, ganha-se com shows e vendas de acessórios da banda. Para tudo há uma solução. Já disse em outra ocasião que as gravadoras pisaram no próprio rabo e agora estão sentindo a dor. Do preço absurdo que é cobrado em um CD, muito pouco é repassado ao artista. Pra piorar vêm as senhoras rádios FMs com o tal do Jabá que faz encarecer ainda mais o preço do disco.
Artistas e grupos musicais como O Teatro Mágico, por exexmplo, são provas de que às vezes não é preciso se rastejar para as gravadoras e nem para as rádios para pedir um espaço. Com força de vontade e bom uso da internet se vai longe. Hoje o grupo possui uma legião de fãs somente com músicas baixadas da internet. Com o êxito da divulgação vem o prestígio e de alguma forma por mais que seja erguida a bandeira da independência e da rejeição do mercado fonográfico, há um interesse financeiro de qualquer forma. Assim como dinheiro não é tudo, mas sem ele não somos nada; o mesmo acontece com a arte. Fazer e consumir arte tem seu preço. Foi daí que O Teatro Mágico, entre outros artistas independentes, entraram na nova modalidade de remuneração artística que as gravadoras estão adotando também com o propósito de sairem do vermelho. Refiro-me ao patrocínio.
O artista disponibiliza suas músicas na internet e, em cada clique para baixar, ele é remunerado sendo que este dinheiro passa longe do bolso do consumidor. Isso acontece porque o artista é patrocinado. As gravadoras vêm buscando essa nova forma de negócio, pois divulga o seu artista e adequa o mercado ao seu consumidor. Isso não quer dizer que os CDs irão sumir de uma hora pra outra, mas que as gravadoras pretendem se adequar às mais diversas plataformas musicais ao gosto do consumidor. Se o consumidor quiser ouvir seu artista em CD, DVD, mp3, no celular e etc; ele vai ouvir, pois as gravadoras estão aos poucos aceitando essas diveras maneiras de proliferação da música.
Com os discos patrocinados todos saem ganhando e o consumidor pode baixar a música do seu artista de forma legal e prática. O mais recente álbum dO Teatro Mágico, lançado na internet, teve em 5 dias o número de downloads equivalente à venda de 10.000 discos. O que é importante nesse tipo de negociação é a divulgação do trabalho do artista. É preciso preparar o terreno. Posso dizer que antes dO Teatro Mágico pensar em sucesso e divulgação da arte, foi pensado muito em estratégia de Marketing. Deu certo.
Se a tendência dos downloads tirar mesmo o CD das prateleiras muita coisa vai mudar. Premiar um artista pelo disco de ouro - o equivalente a 100 mil cópias vendidas - pode mudar para - quem sabe - o Clique de Ouro, o que pode representar 2 milhões de downloadas. Se for assim, certamente O Teatro Mágico deve estar bem perto dessa marca, isso se já não alcançou. Mas eu digo aos amantes do CD: o velho objeto circular, de 12cm de diâmetro, ainda tem muita utilidade. Uma delas é fazer backup das tais pastinhas de músicas para o caso do seu computador falhar algum dia.
E que venham as inovações.
Fique à vontade para comentar. Um abraço e até a próxima.
domingo, 22 de junho de 2008
POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 05
Olá amigo(a) leitor(a). Este espaço completou um ano na última semana e uma das grandes criações deste blog é este quadro que relembra grandes clássicos da Propaganda Brasileira. E hoje eu venho aqui falar de jingles. Ah, os jingles. Quando um comercial lança uma musiquinha que não sai da sua cabeça, não tem jeito. É sucesso e retorno da marca na certa. No último episódio, eu apresentei o do Caldo Nobre da Galinha Azul. Trago hoje mais alguns exemplos de jingles que marcaram alguns comerciais e que até hoje são inesquecíveis na lembrança de uma marca. Mas antes, darei uma pequena definição de jingle: Trata-se simplesmente de uma mensagen publicitária cantada, que é bastante utilizada no rádio mas com um recall eficiente na TV.
Eis o primeiro:
O comercial foi ao ar em 1991. Foram lançados dois filmes: este da pipoca e outro da pizza, cada um com o seu respectivo jingle. Mas foi o da pipoca que mais pegou e proporcionou um maior recall. A Coca-Cola já havia feito uma ação na década de 50 nos EUA onde por meio de mensagens subliminares sugeriam que os frequentadores de cinema comessem pipocas acompanhadas do famoso refrigerante. Se foi pensado nisso, eu não sei, mas a estratégia do Guaraná Antarctica foi de tirar o seu concorrente (Guaraná Taí da Coca-Cola) do meio do caminho sugerindo o acompanhamento do guaraná. Resultado: o comercial tornou-se um dos que entraram para a galeria dos inesquecíveis e de quebra ainda ganhou vários prêmios. Confesso que ao ver o comercial, tenho mais vontade de comer pipoca do que beber Guaraná.
Próximo:
O Bamerindus não existe mais. Depois de ter entrado em dificuldades em 1994, o HSBC e o Banco Central assumiram as partes boas e ruins respectivamente. Mas, não podemos negar que o comercial deste banco marcou uma época tudo graças ao seu jingle. Este foi criado ainda no início da década de 70, mas sua revitalização vinte anos depois - na interpretação do grupo "Os Três do Rio" - foi fundamental para a lembrança da marca. A campanha mostrou uma série de filmes onde eram caracterizadas várias situações sempre com o famoso jingle. Agora você pode me perguntar: Alex, se a campanha fez tanto sucesso, por que o banco praticamente faliu? E eu respondo: se não souber administrar o sucesso, ele se tornará um fracasso. A propaganda fez a parte dela.
E para encerrar, um clássico dos anos 70:
O jingle acompanhado da animação foi responsável pelo sucesso das groselhas vitaminadas Milani a partir do ano de 1978 e durou por mais de dez anos na boca da criançada, pois o refresco era voltado para o público infantil. A interjeição "iahu!" representou por muitos anos a sensação de comemorar e vibrar com algo. "Iahu!!! Ganhei o prêmio!" Até que em 1994 nasceu uma poderosa empresa americana de serviços de internet cujo nome soava de forma idêntica à famosa interjeição da Milani, o que acabou de vez com a brincadeira e fez com que "iahu!" se tornasse uma expressão tão ultrapassada quanto chamar uma mulher de broto ou gatinha (sim, esta eu considero do fundo do baú). O nome da empresa eu nem preciso falar, né? A Milani continua suas atividades normais, mas sem estar presente na mídia.
Esse é um assunto com vários exemplos que podem ser expostos, mas deixarei para uma próxima oportunidade.
Um abraço e até a próxima.
Eis o primeiro:
O comercial foi ao ar em 1991. Foram lançados dois filmes: este da pipoca e outro da pizza, cada um com o seu respectivo jingle. Mas foi o da pipoca que mais pegou e proporcionou um maior recall. A Coca-Cola já havia feito uma ação na década de 50 nos EUA onde por meio de mensagens subliminares sugeriam que os frequentadores de cinema comessem pipocas acompanhadas do famoso refrigerante. Se foi pensado nisso, eu não sei, mas a estratégia do Guaraná Antarctica foi de tirar o seu concorrente (Guaraná Taí da Coca-Cola) do meio do caminho sugerindo o acompanhamento do guaraná. Resultado: o comercial tornou-se um dos que entraram para a galeria dos inesquecíveis e de quebra ainda ganhou vários prêmios. Confesso que ao ver o comercial, tenho mais vontade de comer pipoca do que beber Guaraná.
Próximo:
O Bamerindus não existe mais. Depois de ter entrado em dificuldades em 1994, o HSBC e o Banco Central assumiram as partes boas e ruins respectivamente. Mas, não podemos negar que o comercial deste banco marcou uma época tudo graças ao seu jingle. Este foi criado ainda no início da década de 70, mas sua revitalização vinte anos depois - na interpretação do grupo "Os Três do Rio" - foi fundamental para a lembrança da marca. A campanha mostrou uma série de filmes onde eram caracterizadas várias situações sempre com o famoso jingle. Agora você pode me perguntar: Alex, se a campanha fez tanto sucesso, por que o banco praticamente faliu? E eu respondo: se não souber administrar o sucesso, ele se tornará um fracasso. A propaganda fez a parte dela.
E para encerrar, um clássico dos anos 70:
O jingle acompanhado da animação foi responsável pelo sucesso das groselhas vitaminadas Milani a partir do ano de 1978 e durou por mais de dez anos na boca da criançada, pois o refresco era voltado para o público infantil. A interjeição "iahu!" representou por muitos anos a sensação de comemorar e vibrar com algo. "Iahu!!! Ganhei o prêmio!" Até que em 1994 nasceu uma poderosa empresa americana de serviços de internet cujo nome soava de forma idêntica à famosa interjeição da Milani, o que acabou de vez com a brincadeira e fez com que "iahu!" se tornasse uma expressão tão ultrapassada quanto chamar uma mulher de broto ou gatinha (sim, esta eu considero do fundo do baú). O nome da empresa eu nem preciso falar, né? A Milani continua suas atividades normais, mas sem estar presente na mídia.
Esse é um assunto com vários exemplos que podem ser expostos, mas deixarei para uma próxima oportunidade.
Um abraço e até a próxima.
sábado, 14 de junho de 2008
ANIMAIS RACIONAIS? NEM TANTO.
Observando o comportamento humano, percebo o quanto somos irracionais diante dos outros animais. Tudo bem, filósofos de plantão, podem me queimar na fogueira por essa afirmação. Resultados de pesquisas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts dizem que a maioria de nossas ações é guiada pelos instintos e não pela razão. Cerca de 80% de nossas ações são automáticas, instinto puro. Ou seja, apenas 20% delas são guiadas por aquilo que os filósofos chamam de razão. Será mesmo que o homem possui o livre arbítrio resultando em sua realização? Ele realmente escolhe o que quer de forma racional? Esses 20% restantes de consciência são capazes de suprir os 80% de instinto em suas ações?
São perguntas que podem gerar milhares de respostas. Às vezes acho que esses 20% de consciência é que fazem do homem, o animal mais desprovido de inteligência. Talvez se fóssemos 100% instinto como os outros animais, seríamos e viveríamos num mundo bastante melhor. Observem as formigas. O modo como elas conduzem uma comunidade com suas devidas regras (cumpridas à risca), a divisão hierárquica (podemos chamar assim), entre outros fatores que atribuímos a elas. Não somente as formigas, mas também diversas outras espécies de animais. Cada um com um propósito natural e estando sujeitos à cadeia alimentar, esta muito rude por sinal.
Se analisarmos desde o momento em que nascemos, percebemos o quanto somos inferiores perante os outros animais. Um bebê não consegue sobreviver sozinho no mundo. Ele precisa do meio para crescer e viver até alcançar sua independência. Se é que ele alcança. Isso porque o ser humano é eminentemente social. Para o homem, é difícil aceitar a ideia de que um dia poderemos ser inferior. Afinal, desafiar o todo-poderoso ser humano chega ser uma audácia enorme. O homem certamente desenvolveu uma sociedade e a habilidade manual para diversas tarefas em virtude desses 20% de consciência. Esse percentual permite tomar decisões baseando-se em análises e argumentos, mas quem garante que a princípio (o antes de tudo) o homem não toma sua decisão pelo instinto? É claro que sim. A primeira decisão a ser tomada é sempre a impulsiva. É necessário um intervalo de tempo satisfatório para que ele tome outra decisão baseada em situações e ambientes que o favoreçam ou não. É nesta hora que a razão fala mais alto. Agora, se esta é a melhor decisão, aí é outra coisa.
Se fóssemos 100% instinto, provavelmente eu não estaria escrevendo aqui, porque o homem não teria desenvolvido a tecnologia suficiente para criar essa ferramenta chamada blog, entre outras. Começo a desconfiar que de nada vale os 20% de razão que nós temos direito, uma vez que poucas vezes sabemos usá-las. Alguns não se dão o trabalho de usá-la e outros passam praticamente a vida inteira buscando um sentido para essa razão. Enquanto isso, os instintos trabalham o tempo todo. E mais, esses instintos trabalham lado a lado com o funcionamento do organismo e nossas necessidades vitais. Para que serve a razão, então? Para escolhermos a salada ao invés doo pernil assado, sabendo que adoramos carne de porco, mas por algum motivo ela nos faz mal? A vontade de comer o tal pernil é real e ela se faz presente, porque antes de pensar em comer a salada, somos carnívoros. O instinto nos permite a isso.
Casamos com pessoas erradas porque acreditamos que ela nos farão felizes de alguma forma e preencherá um certo vazio ou carência. Mas o nosso instinto às vezes nos dá a vontade de desejarmos outra pessoa, mas que a razão não nos deixar aproximar. Às vezes até deixamos de ficar com a pessoa certa, em virtude dessa tal "razão". Tomamos decisões que às vezes nos fazem fugir da ética e da moral porque elas podem trazer benefícios ou alguma felicidade plena. Posso citar aqui diversas situações em que a razão toma o lugar do instinto, mas este não deixa de prevalecer na ação humana.
Seria então a razão, burra? Por vezes, chego a acreditar que os loucos, desprovidos de juízos, são os verdadeiros normais diante da sociedade. A tal razão é a responsável por esse mundo auto-destrutível que está se formando. O homem vem desenvolvendo suas pesquisas para benefício próprio, deixando de lado aquilo que é o motivo maior de sua sobrevivência: a sociedade. Até mesmo os que se consideram egocêntricos, não conseguem viver sozinhos. É necessário que haja alguém, um meio para o seu bem-estar. Sendo assim, o homem destrói por meio da (ir)racionalidade, a sua sobrevivência. Ou seja, de nada vale pensar, analisar e discutir o sentido das coisas. A razão propriamente dita deveria ser os instintos pelos quais os animais agem. Não desmerecendo a doutrina divina, pois valorizo muito isto, posso dizer que faltou muito pouco para sermos realmente perfeitos. Digamos que apenas 20%.
Um abraço e até a próxima.
domingo, 1 de junho de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 09
Como vai amigo(a) leitor(a)? Vamos relembrar a nossa infância? No episódio de hoje da série MEMÓRIA 80/90 apresento o tema de abertura de alguns desenhos que fizeram parte das nossas manhãs ou tardes na telinha da TV. Eis os primeiros:
He-Man e She-Ra eram dois irmãos gêmeos, heróis, onde cada um tinha sua série animada. O primeiro voltado para o público infantil masculino e o segundo para o feminino. A série do He-Man foi lançada em 1983 e até 1985 foram ao ar 130 episódios divididos en duas temporadas. Em 1985 surge a série da She-Ra com 93 episódios. Ambos tinham o propósito de defender seus planetas dos vilões. O maior vilão do He-Man era o Esqueleto, enquanto o da She-Ra era o Hordak. Os heróis tinham seus aliados na luta contra o mal. Ao lado de He-man estavam a Feiticeira, o Mentor e o Gorpo, além de outros aliados. Ao lado da She-Ra havia a presença da Esperança da Luz, Madame Riso e Corujito. Muitos outros personagens aliados também faziam parte do enredo. Os dois desenhos foram exibidos pela Globo na década de 80 e início dos anos 90.
O próximo:
A Nossa Turma era um desenho com uma grande lição social onde personagens de raças diferentes conviviam em harmonia compartilhando alegrias e tristezas. Montgomery (o alce), Vilma (a ovelhinha), Dotty (a cadelinha), Zipper (o gatinho), Bingo (o castor) e Márcia (a ursinha) viviam em um trailer que era bastante cobiçado pelo vilão Catchum Crocodilo e seu comparsa atrapalhado, Leni. Cada personagem possuía sua característica própra que simpatizava àqueles que assistiam. O desenhO era exibido pelo SBT e a trilha de abertura é um dos mais conhecidos temas de animação mundial.
Continuando:
Este era um dos meus preferidos. O desenho Muppet Babies foi uma adaptação da série homônima de grande sucesso nos Estados Unidos na década de 70. Na série, os personagens eram adultos enquanto a sua adaptação em desenho animado mostrava a infância deles. Eles viviam em um berçário onde aprontavam as mais diversas confusões tudo através da imaginação. Alguns desenhos adotaram a mesma idéia anos depois como O Fantástico Mundo de Bobby e o Doug. Quem não lembra da porquinha Piggy, do sapinho Caco e do atrapalhado Gonzo? Sem contar a babá Nanny que nunca mostrava o rosto. Quantas aventuras não participamos junto deles?
E para encerrar:
Sara e o seu Cavalo de Fogo. Juntos, eles viviam muitas aventuras contra a terrível bruxa Diabolyn (olha o nome). A bruxa queria a todo custo ser a nova rainha do reino Darshan que tinha como trono merecido a jovem Sara. As aventuras realmente prendiam a atenção daqueles que assistiam sempre esperando um fim nada bom para a bruxa.
Certamente os temas de abertura fizeram você lembrar de momentos maravilhosos da sua infância. É isso que sempre procuro quando posto um MEMÓRIA 80/90 aqui no blog. Em breve apresentarei mais temas de desenhos animados. Espero ter arrancado um sorriso do seu rosto, amigo(a) leitor(a). Um abraço e até a próxima.
He-Man e She-Ra eram dois irmãos gêmeos, heróis, onde cada um tinha sua série animada. O primeiro voltado para o público infantil masculino e o segundo para o feminino. A série do He-Man foi lançada em 1983 e até 1985 foram ao ar 130 episódios divididos en duas temporadas. Em 1985 surge a série da She-Ra com 93 episódios. Ambos tinham o propósito de defender seus planetas dos vilões. O maior vilão do He-Man era o Esqueleto, enquanto o da She-Ra era o Hordak. Os heróis tinham seus aliados na luta contra o mal. Ao lado de He-man estavam a Feiticeira, o Mentor e o Gorpo, além de outros aliados. Ao lado da She-Ra havia a presença da Esperança da Luz, Madame Riso e Corujito. Muitos outros personagens aliados também faziam parte do enredo. Os dois desenhos foram exibidos pela Globo na década de 80 e início dos anos 90.
O próximo:
A Nossa Turma era um desenho com uma grande lição social onde personagens de raças diferentes conviviam em harmonia compartilhando alegrias e tristezas. Montgomery (o alce), Vilma (a ovelhinha), Dotty (a cadelinha), Zipper (o gatinho), Bingo (o castor) e Márcia (a ursinha) viviam em um trailer que era bastante cobiçado pelo vilão Catchum Crocodilo e seu comparsa atrapalhado, Leni. Cada personagem possuía sua característica própra que simpatizava àqueles que assistiam. O desenhO era exibido pelo SBT e a trilha de abertura é um dos mais conhecidos temas de animação mundial.
Continuando:
Este era um dos meus preferidos. O desenho Muppet Babies foi uma adaptação da série homônima de grande sucesso nos Estados Unidos na década de 70. Na série, os personagens eram adultos enquanto a sua adaptação em desenho animado mostrava a infância deles. Eles viviam em um berçário onde aprontavam as mais diversas confusões tudo através da imaginação. Alguns desenhos adotaram a mesma idéia anos depois como O Fantástico Mundo de Bobby e o Doug. Quem não lembra da porquinha Piggy, do sapinho Caco e do atrapalhado Gonzo? Sem contar a babá Nanny que nunca mostrava o rosto. Quantas aventuras não participamos junto deles?
E para encerrar:
Sara e o seu Cavalo de Fogo. Juntos, eles viviam muitas aventuras contra a terrível bruxa Diabolyn (olha o nome). A bruxa queria a todo custo ser a nova rainha do reino Darshan que tinha como trono merecido a jovem Sara. As aventuras realmente prendiam a atenção daqueles que assistiam sempre esperando um fim nada bom para a bruxa.
Certamente os temas de abertura fizeram você lembrar de momentos maravilhosos da sua infância. É isso que sempre procuro quando posto um MEMÓRIA 80/90 aqui no blog. Em breve apresentarei mais temas de desenhos animados. Espero ter arrancado um sorriso do seu rosto, amigo(a) leitor(a). Um abraço e até a próxima.
domingo, 25 de maio de 2008
QUEM BLOGA, OS MALES ESPANTA.
Blog é a contração de weblog, que ao pé da letra significa Diário de Bordo na Web. Resumindo: diário. Nunca houve tanta necessidade de expor opiniões na internet como nos últimos anos. O que antes era difícil, publicar nossas ideias em um site particular, agora ficou bem mais fácil através do blog. A ideia principal da ferramenta sempre foi esta; mas a princípio, no Brasil, ela foi muito utilizada para outros fins. Pegamos como exemplo o ano de 2001 até 2004. Adolescentes criavam blogs para contarem como foi o dia; publicarem fotos, letras de músicas e poemas. A vida pessoal era exposta por meio de pequenos textos, fotos, gifs animados, musiquinhas de fundo e etc. Afinal, aqueles jovens queriam ter um espaço para mostrar o seu dia-a-dia, publicar suas preferências musicais e seus anseios.
Depois surgiram outras modalidades de blog, entre elas o fotoblog que se resumiu depois em flog. Era um blog exclusivo para a publicação de fotos, assim como o vlog (outra modalidade) era para vídeos. O flog passou a ser mais popular em virtude da função mais prazerosa que era a de postar fotos: o auge das câmeras digitais. Até que depois surgiu o Orkut e Facebook com página de recados, publicação de fotos e uma maior interação com os outros usuários, o que fez com que as pessoas largassem os blogs aos poucos. Quando esses usuários de blogs passaram a migrar para as redes sociais, a ferramenta voltou a ter a sua utilidade de princípio bastante comum nos Estados Unidos: abordar diversos temas de acordo com o ponto de vista do autor.
O que parecia ter sido o fim do blog, deu lugar à sua função principal. Hoje vemos jornalistas, políticos, artistas, escritores, diversos profissionais e pessoas comuns aderindo ao blog com mais intensidade. Muitos ganham dinheiro com a ferramenta, fizeram do ato de escrever em blogs (blogar) uma profissão e são cobrados por uma atualização periódica. Passou a ser mais prático do que comprar um domínio e criar uma página na internet. Há blogs dos mais diversos assuntos para todos os gostos; populares ou não.
A ferramenta passou a ser muito útil para profissionais e estudantes da área de comunicação, principalmente jornalismo. É uma forma sadia e explícita de dizer "sim, eu sou formador de opinião". Nunca o blog foi tão popular entre os formadores de opinião como tem sido hoje, pelo menos no Brasil.
A navegação de blogs também evoluiu. O blog passou a fazer parte de um novo hábito de internautas. Mesmo aqueles que não possuem blogs, passaram a visitar esse tipo de página com mais frequência. Segundo o Ibope/NetRatings, quase 10 milhões de pessoas acessaram e leram blogs no Brasil, de acordo com dados de dezembro de 2007, o que representa 45% do número de internautas ativos no mês. Certamente esse número equivale a internautas buscando por informações, comportamentos e pontos de vista muitas vezes estas vindas de pessoas comuns.
O que era antes um simples diário pessoal que estava perdendo o seu espaço, o blog passou a ser uma brilhante troca de conteúdo. Encontramos desde blogs de pessoas comuns (como eu) até blogs de celebridades, onde estes interagem com seus ídolos por meio dos comentários. Até onde vai essa tendência, não se sabe; mas que hoje o blog é o paradeiro de pessoas que buscam informações e entretenimento, não há dúvida.
O blog vem ganhando cada vez mais novos adeptos e fãs, seja na escrita ou na leitura. Há casos de blogs que até viraram livros. Por isso, quer desabafar e dizer o que pensa sua sem medo de ser censurado: crie um blog. A tendência dos formadores de opinião.
Um abraço e até a próxima, blogueiro leitor.
sábado, 17 de maio de 2008
POEIRA PUBLICITÁRIA - Nº 04
Cof, cof, cof... Olá amigo(a). Apresento hoje mais um episódio da série Poeira Publicitária onde relembramos clássicos da propaganda diretamente do fundo do baú. Hoje eu venho falar da categoria de alimentos e bebidas. Não somente do alimento e da bebida em si, mas personagens (ou mascotes) que se tornaram inesquecíveis ao divulgar o produto. Na postagem de hoje, reuni personagens de quatro décadas que se destacaram na telinha divulgando produtos e grandes marcas. Vamos ao primeiro:
Início dos anos 70, a turma da Mônica - da qual eu sou um grande fã - conquistava seu espaço nas tirinhas de jornal antes de emplacar seus gibis e ser um ícone das histórias infantis no Brasil. A turma já possuia diversos personagens e muitos deles conhecidos até hoje como o desajeitado elefante verde Jotalhão. Antes disso, na década de 40, a Cica lançou o extrato de tomate Elefante e graças a uma tirinha de jornal que aludia ao nome do produto, o Jotalhão passou a protagonizar os comerciais da Cica com a turminha e ter presença na embalagem do atomatado até os dias de hoje. Vale lembrar que nas tirinhas, o Jotalhão era rosa e Maurício de Sousa adotou o verde para dar o melhor contraste com a cor vermelha da embalagem. Este contrato do Maurício com a Cica é o mais antigo da história da propaganda brasileira e tem duração até 2027, segundo acordo atual. Abaixo a tirinha que deu origem ao comercial acima e a presença do Jotalhão nas embalagens do Extrato de Tomate Elefante:
A próxima mascote que apresento hoje é o Bocão das gelatinas Royal:
"Abre a boca é Royal". Foi com este slogan que a gelatina passou a ser um sucesso não somente nos comerciais, mas em diversas ações de mercandising participando inclusive de filme dos Trapalhões.
A seguir, em dois comerciais em formato de série, uma outra figura que representou um produto, dessa vez para o público adulto consumidor de cerveja:
A tartaruga da Brahma se destacou nas telinhas em 2002 e seu jeito sacana e esperto foi responsável de arrancar grandes risadas do telespectador. Ainda houveram outros comerciais que continuavam a série. A propaganda não deu o mesmo prestígio que a Brahma teve no início da década de 90 com a campanha "Nº 01", mas a tartaruguinha carimbou seu nome na história da propaganda brasileira, em uma época cuja a computação gráfica em 3D passou a tomar de vez o lugar das animações em desenho.
E voltando um pouco mais no tempo, novamente na década de 80, uma mascote mobilizou o país de tal forma que caiu nos braços do povo. Refiro-me à galinha azul do Caldo Maggi:
Quem tem mais de 20 anos certamente deve lembrar do famoso bordão "O caldo nobre da Galinha Azul". Ela permaneceu na mídia durante seis anos e até hoje ilustra a embalagem dos caldos de galinha da marca da Nestlé. A presença da Galinha deu ao produto o primeiro lugar desbancando seu principal concorrente na época, os caldos Knorr que era o líder de vendas durante 26 anos. A Galinha Azul deu origem a uma série de ações promocionais com distribuição de vários prêmios. Ela virou estrela: desfilou no carnaval, atuou com grandes atores brasileiros e posou inclusive para a Playboy em poses eróticas. Imagine. Infelizmente o Youtube me decepcionou hoje e não tenho nenhum comercial para mostrar, mas em compensação mostrarei uma participação dela no programa "Viva a Noite" que lançou Gugu Liberato para a televisão. No programa, o clássico jingle que conquistou o país: "De Leste a Oeste, de Norte a Sul, a onda é a dança da Galinha Azul...".
Espero que tenha gostado do Poeira Publicitária de hoje. Um abraço e até o próximo fim de semana com mais uma postagem aqui neste singelo mundo que me cerca.
Início dos anos 70, a turma da Mônica - da qual eu sou um grande fã - conquistava seu espaço nas tirinhas de jornal antes de emplacar seus gibis e ser um ícone das histórias infantis no Brasil. A turma já possuia diversos personagens e muitos deles conhecidos até hoje como o desajeitado elefante verde Jotalhão. Antes disso, na década de 40, a Cica lançou o extrato de tomate Elefante e graças a uma tirinha de jornal que aludia ao nome do produto, o Jotalhão passou a protagonizar os comerciais da Cica com a turminha e ter presença na embalagem do atomatado até os dias de hoje. Vale lembrar que nas tirinhas, o Jotalhão era rosa e Maurício de Sousa adotou o verde para dar o melhor contraste com a cor vermelha da embalagem. Este contrato do Maurício com a Cica é o mais antigo da história da propaganda brasileira e tem duração até 2027, segundo acordo atual. Abaixo a tirinha que deu origem ao comercial acima e a presença do Jotalhão nas embalagens do Extrato de Tomate Elefante:
A próxima mascote que apresento hoje é o Bocão das gelatinas Royal:
"Abre a boca é Royal". Foi com este slogan que a gelatina passou a ser um sucesso não somente nos comerciais, mas em diversas ações de mercandising participando inclusive de filme dos Trapalhões.
A seguir, em dois comerciais em formato de série, uma outra figura que representou um produto, dessa vez para o público adulto consumidor de cerveja:
A tartaruga da Brahma se destacou nas telinhas em 2002 e seu jeito sacana e esperto foi responsável de arrancar grandes risadas do telespectador. Ainda houveram outros comerciais que continuavam a série. A propaganda não deu o mesmo prestígio que a Brahma teve no início da década de 90 com a campanha "Nº 01", mas a tartaruguinha carimbou seu nome na história da propaganda brasileira, em uma época cuja a computação gráfica em 3D passou a tomar de vez o lugar das animações em desenho.
E voltando um pouco mais no tempo, novamente na década de 80, uma mascote mobilizou o país de tal forma que caiu nos braços do povo. Refiro-me à galinha azul do Caldo Maggi:
Quem tem mais de 20 anos certamente deve lembrar do famoso bordão "O caldo nobre da Galinha Azul". Ela permaneceu na mídia durante seis anos e até hoje ilustra a embalagem dos caldos de galinha da marca da Nestlé. A presença da Galinha deu ao produto o primeiro lugar desbancando seu principal concorrente na época, os caldos Knorr que era o líder de vendas durante 26 anos. A Galinha Azul deu origem a uma série de ações promocionais com distribuição de vários prêmios. Ela virou estrela: desfilou no carnaval, atuou com grandes atores brasileiros e posou inclusive para a Playboy em poses eróticas. Imagine. Infelizmente o Youtube me decepcionou hoje e não tenho nenhum comercial para mostrar, mas em compensação mostrarei uma participação dela no programa "Viva a Noite" que lançou Gugu Liberato para a televisão. No programa, o clássico jingle que conquistou o país: "De Leste a Oeste, de Norte a Sul, a onda é a dança da Galinha Azul...".
Espero que tenha gostado do Poeira Publicitária de hoje. Um abraço e até o próximo fim de semana com mais uma postagem aqui neste singelo mundo que me cerca.
sábado, 10 de maio de 2008
O tecnostress nosso de cada dia.
Olá amigo(a) leitor(a). Você já se irritou porque o seu celular não funcionou quando mais precisou? Ou quando seu computador travou sem o arquivo estar salvo ao ponto de perder tudo? Calma, eu não vou dizer que seus problemas acabaram. Perguntei isso porque se nada disso aconteceu é porque você ainda não é vítima da nova modalidade de stress que vem crescendo proporcionalmente ao avanço tecnológico. Refiro-me ao tecnostress.
A tecnologia, segundo dizem, foi feita para facilitar a vida das pessoas (e como). Hoje as distâncias não são tão maiores; com apenas um clique resolvemos diversos assuntos, marcamos compromissos, compramos, informamo-nos... Mas resolve tudo mesmo? Zeca Martins, um publicitário que eu admiro muito, disse uma vez em uma de suas oficinas de criação, da qual eu participei, que a tecnologia veio para resolver todos os problemas que não tínhamos antes dela. Não é uma frase criada por ele, inclusive é bastante comum ouvirmos por aí, mas foi da boca dele a primeira vez que ouvi essa afirmação, após o aparelho datashow não funcionar durante a oficina. Se formos analisar, a frase faz sentido. Seu celular está sem sinal e você precisa fazer uma ligação urgente. Fica irritado, tem vontade de jogá-lo contra a parede, xinga, faz cara feia, enfim... Há uns 10 anos, quando o celular era coisa de gente fina, você não tinha esse problema. Da mesma forma que seus trabalhos de escola eram todos manuscritos e você não perdia tudo quando dava aquele problema em que o Word fecha e não salva nada. Pior que essas coisas acontecem na maioria das vezes com uma pequena ajuda de Murphy. Sim, aquele da lei.
Quanto mais a tecnologia faz parte da nossa vida, mais estamos sujeitos a essas situações desagradáveis. O pior é que ficamos dependentes dela. Passei oito meses sem ter um computador doméstico, mas isso não significou a minha separação do aparelho e de suas inúmeras funções. Porém, meu contato com a máquina é maior que com qualquer outra pessoa em virtude dele ser a minha ferramenta de trabalho e meio de comunicação com muitas pessoas que moram longe, mas que tenho uma grande afinidade. Resumindo: ficar hoje sem computador significa isolar-me do mundo e não conseguir exercer as minhas principais atividades. O que acontece é que devido ao intenso contato com a máquina, tentamos agir na mesma velocidade da mesma. Segundo o psicólogo americano Larry Rosen, a velocidade da tecnologia está alterando nosso relógio biológico. Ou seja, queremos fazer tudo na velocidade do computador. Essa correria nos causa irritação quando nos deparamos com a lentidão de um programa que não abre, uma página da internet que demora para carregar, uma chamada no celular que custa a chamar, um elevador que não chega, entre tantos outros exemplos. Queremos tudo pra já. Temos pressa porque a tecnologia nos permite fazer outras coisas em menos tempo.
A tecnologia aumentou o tempo de trabalho, pois por mais que não estejamos dentro do expediente, há um celular que toca chamando por você e há um e-mail que independente do dia e da hora tem algum assunto referente ao escritório. Até nos momentos que podem ser considerados de lazer, como ficar no parque ouvindo música em seu player portátil, você está sujeito ao stress quando na hora da melhor música, a pilha acaba e você esqueceu de comprar uma nova. Parece que este pequeno incidente é o fim do mundo. E se você considera que realmente seja o fim do mundo, certamente o tecnostress faz parte da sua vida.
Pra acrescentar a tensão, ainda tem os problemas ergonômicos em virtude de uma cadeira desconfortável e uma postura inadequada diante do computador que resultam em dores nas costas, nas mãos, nos ombros. Junta tudo isso e mais a tensão por aquele arquivo não abrir (dar o famoso pau) e a falta de memória que deixa o seu computador lento. Fúria e palavrões na certa. O motivo principal do tecnostress é justamente querermos ser tão veloz ou mais que o computador, a câmera digital, o microondas e etc. Não conseguimos mais imaginar nossa vida sem eles e achamos um absurdo como foi que conseguimos sobreviver sem eles em um passado não muito distante. Segundo Rosen, queremos ser multifuncionais também. Rwesultado: nosso organismo não aguenta e com toda essa incapacidade de tentarmos realizar múltiplas tarefas, estamos sujeitos à doenças, desgastes físicos e mentais, entre outros danos à nossa saúde.
Resolvi comentar sobre isso em virtude d'eu ter sentido, nos últimos dias, alguns sintomas dessa nova modalidade de stress. Respiração acelerada, nervosismo, tensão, palavrões constantes, vontade de dar um soco na parede... Por que tudo isso? Porque simplesmente queria as coisas mais rápidas do que elas são. O que fazer? Há várias soluções, mas as obrigações vêm primeiro. Sinto que isso está me fazendo mal para a saúde e percebo que preciso mudar alguns hábitos, entre eles voltar a ter mais contato com a natureza, ter um momento zen fazer nada (que trocadilho horrível), ver pessoas, olhar nos olhos delas... É por causa disso que no fim do dia, costumo acionar minha pasta de músicas clássicas para tranquilizar os nervos. Enquanto publico este texto, apesar de não ter acontecido nada de conturbado em minha volta, sinto ainda os sintomas do tecnostress. Algo ainda me aflige. Mas o momento em que me sinto em perfeita paz e harmonia é quando estou dormindo e, por isso, tenho muita dificuldade em levantar da cama independente de ser cedo ou tarde. Quem me conhece sabe disso.
Portanto, leitor(a), não se preocupe comigo. Prometo que mesmo não saindo da rotina, buscarei caminhos para que o tecnostress não afete a minha vida em escalas maiores. E você que está sofrendo do mesmo mal, lembre-se (junto comigo, é claro) que somos seres humanos e não máquinas. Não somos multifuncionais.
Antes de me despedir, quero mostrar este vídeo engraçado sobre o que o tecnostress é capaz de fazer quando se encontra em um estágio avançado:
Ainda bem que eu não sou assim e nem pretendo alcançar este nível.
Um abraço e até a próxima.
A tecnologia, segundo dizem, foi feita para facilitar a vida das pessoas (e como). Hoje as distâncias não são tão maiores; com apenas um clique resolvemos diversos assuntos, marcamos compromissos, compramos, informamo-nos... Mas resolve tudo mesmo? Zeca Martins, um publicitário que eu admiro muito, disse uma vez em uma de suas oficinas de criação, da qual eu participei, que a tecnologia veio para resolver todos os problemas que não tínhamos antes dela. Não é uma frase criada por ele, inclusive é bastante comum ouvirmos por aí, mas foi da boca dele a primeira vez que ouvi essa afirmação, após o aparelho datashow não funcionar durante a oficina. Se formos analisar, a frase faz sentido. Seu celular está sem sinal e você precisa fazer uma ligação urgente. Fica irritado, tem vontade de jogá-lo contra a parede, xinga, faz cara feia, enfim... Há uns 10 anos, quando o celular era coisa de gente fina, você não tinha esse problema. Da mesma forma que seus trabalhos de escola eram todos manuscritos e você não perdia tudo quando dava aquele problema em que o Word fecha e não salva nada. Pior que essas coisas acontecem na maioria das vezes com uma pequena ajuda de Murphy. Sim, aquele da lei.
Quanto mais a tecnologia faz parte da nossa vida, mais estamos sujeitos a essas situações desagradáveis. O pior é que ficamos dependentes dela. Passei oito meses sem ter um computador doméstico, mas isso não significou a minha separação do aparelho e de suas inúmeras funções. Porém, meu contato com a máquina é maior que com qualquer outra pessoa em virtude dele ser a minha ferramenta de trabalho e meio de comunicação com muitas pessoas que moram longe, mas que tenho uma grande afinidade. Resumindo: ficar hoje sem computador significa isolar-me do mundo e não conseguir exercer as minhas principais atividades. O que acontece é que devido ao intenso contato com a máquina, tentamos agir na mesma velocidade da mesma. Segundo o psicólogo americano Larry Rosen, a velocidade da tecnologia está alterando nosso relógio biológico. Ou seja, queremos fazer tudo na velocidade do computador. Essa correria nos causa irritação quando nos deparamos com a lentidão de um programa que não abre, uma página da internet que demora para carregar, uma chamada no celular que custa a chamar, um elevador que não chega, entre tantos outros exemplos. Queremos tudo pra já. Temos pressa porque a tecnologia nos permite fazer outras coisas em menos tempo.
A tecnologia aumentou o tempo de trabalho, pois por mais que não estejamos dentro do expediente, há um celular que toca chamando por você e há um e-mail que independente do dia e da hora tem algum assunto referente ao escritório. Até nos momentos que podem ser considerados de lazer, como ficar no parque ouvindo música em seu player portátil, você está sujeito ao stress quando na hora da melhor música, a pilha acaba e você esqueceu de comprar uma nova. Parece que este pequeno incidente é o fim do mundo. E se você considera que realmente seja o fim do mundo, certamente o tecnostress faz parte da sua vida.
Pra acrescentar a tensão, ainda tem os problemas ergonômicos em virtude de uma cadeira desconfortável e uma postura inadequada diante do computador que resultam em dores nas costas, nas mãos, nos ombros. Junta tudo isso e mais a tensão por aquele arquivo não abrir (dar o famoso pau) e a falta de memória que deixa o seu computador lento. Fúria e palavrões na certa. O motivo principal do tecnostress é justamente querermos ser tão veloz ou mais que o computador, a câmera digital, o microondas e etc. Não conseguimos mais imaginar nossa vida sem eles e achamos um absurdo como foi que conseguimos sobreviver sem eles em um passado não muito distante. Segundo Rosen, queremos ser multifuncionais também. Rwesultado: nosso organismo não aguenta e com toda essa incapacidade de tentarmos realizar múltiplas tarefas, estamos sujeitos à doenças, desgastes físicos e mentais, entre outros danos à nossa saúde.
Resolvi comentar sobre isso em virtude d'eu ter sentido, nos últimos dias, alguns sintomas dessa nova modalidade de stress. Respiração acelerada, nervosismo, tensão, palavrões constantes, vontade de dar um soco na parede... Por que tudo isso? Porque simplesmente queria as coisas mais rápidas do que elas são. O que fazer? Há várias soluções, mas as obrigações vêm primeiro. Sinto que isso está me fazendo mal para a saúde e percebo que preciso mudar alguns hábitos, entre eles voltar a ter mais contato com a natureza, ter um momento zen fazer nada (que trocadilho horrível), ver pessoas, olhar nos olhos delas... É por causa disso que no fim do dia, costumo acionar minha pasta de músicas clássicas para tranquilizar os nervos. Enquanto publico este texto, apesar de não ter acontecido nada de conturbado em minha volta, sinto ainda os sintomas do tecnostress. Algo ainda me aflige. Mas o momento em que me sinto em perfeita paz e harmonia é quando estou dormindo e, por isso, tenho muita dificuldade em levantar da cama independente de ser cedo ou tarde. Quem me conhece sabe disso.
Portanto, leitor(a), não se preocupe comigo. Prometo que mesmo não saindo da rotina, buscarei caminhos para que o tecnostress não afete a minha vida em escalas maiores. E você que está sofrendo do mesmo mal, lembre-se (junto comigo, é claro) que somos seres humanos e não máquinas. Não somos multifuncionais.
Antes de me despedir, quero mostrar este vídeo engraçado sobre o que o tecnostress é capaz de fazer quando se encontra em um estágio avançado:
Ainda bem que eu não sou assim e nem pretendo alcançar este nível.
Um abraço e até a próxima.
sábado, 3 de maio de 2008
MEMÓRIA 80/90 - Nº 08
Olá, amigo(a) leitor(a) deste blog. Trago hoje mais um episódio da série Memória 80/90, espaço este onde você relembra a sua infância e juventude. No epísódio de hoje relembrarei alguns brinquedos que fizeram sucesso na época. Certa vez citei aqui o Playmobil, que foi meu companheiro de inúmeras tardes. Desta vez trago alguns exemplos de brinquedos que nunca brinquei e tive pouco acesso a eles.
Começo por este:
O Pense Bem era uma espécie de computador produzido pela Tec Toy. Sua função era estimular o aprendizado. O brinquedo acompanhava alguns livros que depois podiam ser vendidos separadamente conforme fossem lançadas novas edições. Confesso que fiquei sabendo disso enquanto pesquisava para publicar aqui. Com o funcionamento a base de pilhas, a criançada aprendia diversos temas, tabuada, brincava com joguinhos, enfim, divertiam-se aprendendo e brincando. O Pense Bem foi considerado o melhor brinquedo do ano de 1988. Porém, seu valor era alto, o que impediu algumas crianças de o terem. Inclusive eu. O meu único contato com o brinquedo era de longe nas lojas e pela tv sendo sorteado nos programas infantis do SBT e seus respectivos quadros como a "Porta dos Desesperados" do Sérgio Malandro. Mas isso fica para outro Memória 80/90.
O próximo eu tive:
O Papa Ficha da Estrela era nada mais, nada menos que um caça-níqueis de brinquedo. O proósito era terminar com o maior número de fichas possíveis. Porém, quando ele "papava" suas fichas, era um decepção. Brinquei por muito tempo com ele, até que meu irmão nasceu e criança pequena não perde a oportunidade de destruir. Começaram a sumir as fichas até que o brinquedo se transformou em uma velha carcaça jogada no lixo.
E para encerrar, mais um brinquedo de sucesso, mas que eu também não tive:
O Pogobol foi lançado pela estrela no natal de 1987 e vendeu 800.000 unidades. Foi relançado entre 1995 e 1996 mas depois disso não foi mais fabricado no Brasil. E para que servia? Simplesmente para pular. As crianças iam para vários lugares pulando no brinquedo. Pular de Pogobol chegou a ser até modalidade em olimpíadas escolares.
Bom, em breve postarei mais brinquedos inesquecíveis dos anos 80 e 90. Você teve um Pense Bem, Papa Ficha ou Pogobol? Seu comentário e sua lembrança serão bem-vindos.
Um abraço.
Começo por este:
O Pense Bem era uma espécie de computador produzido pela Tec Toy. Sua função era estimular o aprendizado. O brinquedo acompanhava alguns livros que depois podiam ser vendidos separadamente conforme fossem lançadas novas edições. Confesso que fiquei sabendo disso enquanto pesquisava para publicar aqui. Com o funcionamento a base de pilhas, a criançada aprendia diversos temas, tabuada, brincava com joguinhos, enfim, divertiam-se aprendendo e brincando. O Pense Bem foi considerado o melhor brinquedo do ano de 1988. Porém, seu valor era alto, o que impediu algumas crianças de o terem. Inclusive eu. O meu único contato com o brinquedo era de longe nas lojas e pela tv sendo sorteado nos programas infantis do SBT e seus respectivos quadros como a "Porta dos Desesperados" do Sérgio Malandro. Mas isso fica para outro Memória 80/90.
O próximo eu tive:
O Papa Ficha da Estrela era nada mais, nada menos que um caça-níqueis de brinquedo. O proósito era terminar com o maior número de fichas possíveis. Porém, quando ele "papava" suas fichas, era um decepção. Brinquei por muito tempo com ele, até que meu irmão nasceu e criança pequena não perde a oportunidade de destruir. Começaram a sumir as fichas até que o brinquedo se transformou em uma velha carcaça jogada no lixo.
E para encerrar, mais um brinquedo de sucesso, mas que eu também não tive:
O Pogobol foi lançado pela estrela no natal de 1987 e vendeu 800.000 unidades. Foi relançado entre 1995 e 1996 mas depois disso não foi mais fabricado no Brasil. E para que servia? Simplesmente para pular. As crianças iam para vários lugares pulando no brinquedo. Pular de Pogobol chegou a ser até modalidade em olimpíadas escolares.
Bom, em breve postarei mais brinquedos inesquecíveis dos anos 80 e 90. Você teve um Pense Bem, Papa Ficha ou Pogobol? Seu comentário e sua lembrança serão bem-vindos.
Um abraço.
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